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A VERDADEIRA LIBERDADE

Ser livre é fazer tudo o que se quer? Mas quem quer? O que se quer? O ato aprisiona ou liberta? O que muitos pensam ser liberdade na verdade é libertinagem. Muitos estão escravizados aos seus desejos e por isso fazem o que fazem. Para não encararem a sua escravidão dizem que assim fazem porque são livres. Mas esta liberdade, chamada por eles, é uma verdadeira prisão porque estão presos a essas atitudes pecaminosas.
Na verdade, nesta questão só existem dois lados: ou se é escravo do pecado ou se é servo de Cristo. Não existe um meio-termo. Ou é um, ou é outro. O escravo do pecado não é livre porque é um rendido a natureza pecaminosa que o domina. Ele é um preso (Jo 8:34).Mas, ser servo de Cristo é ser livre, porque foi liberto da escravidão do pecado, e do domínio da natureza pecaminosa (Gl 5:1). Agora, ele quer a Vontade de Deus de forma voluntária, pois tem O Espírito de Deus. E como diz a Palavra: onde o Espírito está aí à liberdade (2 Co 3:17).
Um exemplo de liberdade cristã são Paulo e Silas na ocasião em que foram presos em Filipos (At 16:16-40). Apesar da prisão injusta, dos açoites imerecidos, eles a meia-noite louvaram ao Senhor cantando hinos e de repente houve um grande terremoto que quebrou todos os grilhões. O carcereiro tomado de pavor com receio que todos fugissem tentou dar cabo da própria vida e foi justamente Paulo e Silas que impediram o suicídio daquele que os aprisionava. Paulo e Silvas estavam presos, mas eram verdadeiramente livres. Tanto que pregaram o evangelho ao carcereiro que se converteu com toda sua família. Eles mesmo estando numa situação limitante mostraram que os servos de Cristo são verdadeiramente livre mesmo numa prisão.
A verdadeira liberdade vem de Deus. O homem por si só não alcança esta liberdade. Os céus são abertos para quem crê em Jesus e a pessoa passa a viver na perspectiva celeste (Jo 1:51). A dimensão da concupiscência carnal não domina mais, pois o crente é um ser espiritual, nascido de novo pelo Espírito Santo. O velho homem foi sepultado com Cristo e ressuscitou com Jesus para uma nova vida. Não significa que não pecará mais, mas que o pecado não domina mais o seu ser que foi liberto (1 Jo 5:18),
A Palavra de Deus revela acerca da vida de liberdade em Cristo. Ela é a verdade e quem a crê e pratica viverá em liberdade (Jo 17:17. Jo 8:32). A cegueira espiritual não domina mais a vida daquele que compreende as coisas espirituais. As escamas caíram, e agora a pessoa que crê adentra no conhecimento profundo das coisas espirituais. Gerações e gerações têm experimentado a libertação que a Palavra de Deus traz. O pecado parece ser uma atitude libertária, mas é uma prisão. A Palavra de Deus, sim, quando compreendida os grilhões se quebram e a vida caminha em liberdade.
Algo que também aprisiona é a concepção de que a vida liberta é uma vida que desfruta de poucos limites ou até nenhum. Para eles a liberdade não traz frustrações ou limites, por essa visão, a liberdade é associada a riqueza, prosperidade e sucesso, Mas, na prática vemos que o índice de suicídio entre pessoas ricas e abastadas é grande. Pois, pensando elas que tendo alcançado o auge perceberam que o vazio continuava. A verdadeira liberdade não necessariamente é desfrutada por ricos e pessoas de sucesso. Ela começa dentro e se exterioriza nas atitudes e pensamentos. O amor ao dinheiro e ao sucesso são também prisões e o amor a eles são as raízes de todos os males (1 Tm 6:9 e 10).
A verdadeira liberdade vem de Deus por meio de Cristo. Aquele que crê no Jesus que a Bíblia revela é libertado das cadeias interiores e passa a viver na liberdade do Espírito Santo. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

RELACIONAMENTO COM DEUS

É necessário que tenhamos um relacionamento pessoal com Deus, sejam quais forem as circunstâncias: boas ou más. A intimidade com Deus nos ajudará a vencer os desafios que as circunstâncias trazem. A vida com seus desafios e complexidades precisa ser vivenciada com sabedoria. As atitudes, reações e escolhas vão cooperar muito para que tenhamos uma vida sábia ou não.  O pedido a Deus de Moisés no Salmo 90, versículo 12, faz todo sentido nesta vida desafiadora: “Ensina-nos a contar os dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”

Muita gente se acostuma se relacionar com Deus através de terceiros, usando a fé do outro como uma espécie de muleta. Entretanto, Deus deseja que cada um tenha um relacionamento pessoal com Ele. Deus precisa ser o Nosso Deus e não apenas o Deus do outro. A vida não é um ensaio. Ela é a vera, real. Uma atitude pode mudar toda uma trajetória. Ter Deus como guia e Senhor fará toda diferença como é a diferença entre a vida e morte (Ef 2:1-10). Sem Cristo a morte espiritual permanece. Com Cristo há vida espiritual.

A questão é que se precisa tomar uma posição em relação a vida espiritual. Aquele que busca uma neutralidade na vida está do lado oposto de Deus. Não tomar uma posição ao lado de Cristo é permanecer na morte espiritual (Jo 3:36). A separação de Deus é a realidade da humanidade. Só aqueles que creem em Cristo são aproximados de Deus por meio do Espírito Santo que convence (Jo 16:8-11) da obra expiatória de Cristo na cruz. Jesus pagou o preço com a Sua própria vida para reconciliar o homem a Cristo (2 Co 5:18-21). A Igreja dEle recebeu a mensagem da reconciliação que uma vez crida aproxima o homem de Deus.

Cada pessoa prestará conta de si mesma a Deus (Rm 14:12). Mas, aquele que alcançar a salvação deve pregar as boas-novas a outros para que tenham um relacionamento com Deus. Compartilhar a fé é a marca de que a pessoa foi transformada por Deus e passou ter um relacionamento com Ele. A ação do Espírito naquele que crê são os rios de águas vivas que fluem no interior fazendo com que a mensagem de salvação seja vivenciada e compartilhada nos relacionamentos do crente (Jo 7:37 e 38). Não se pode calar acerca do que se vê e se experimenta no relacionamento com Deus, pois importa mais obedecer a direção do Espírito do que ceder as pressões dos homens (At 5:29). É importante ressaltar que relacionar-se com Deus não tem apenas o sentido vertical, ou seja, com Ele, mas também tem o sentido horizontal, com o próximo. Quem conhece a Deus por meio de Jesus quer fazê-lo conhecido.

Outro aspecto importante é, que o relacionamento com Deus só é possível por causa dEle, pois a iniciativa de redenção foi do próprio Deus. A Graça de Deus é a causa da vida espiritual em Cristo porque nada há no homem de mérito ou ação para alcança-lo. Mas, como afirmou Billy Graham a salvação é pela Graça, mas o discipulado custa tudo. O crente como discípulo tem que viver com as prioridades acertadas e ser disciplinado em cultivar uma vida devocional com Deus. O “a sós com Deus”, que é um momento que se dedica para oração e leitura da Palavra, precisa ser cultivado. A vida precisa ser consagrada a Deus e a reserva de um tempo com Deus é essencial. Priorize um tempo adequado, verdadeiro e exclusivo para que você desfrute da intimidade com Deus e assim cresças e prossiga neste crescimento de Deus em tua vida.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

SENDO OBREIRO ÚTIL

O que fazemos com os que vacilam? O que fazemos com os que titubeiam? A Igreja é lugar de infalíveis? É lugar de super-heróis? Aprendamos com o filho da consolação, Barnabé, que investiu no jovem Marcos, e o resultado foi que o jovem se tornou reconhecidamente um obreiro útil (2 Tm 4:11) pelo próprio apóstolo Paulo que havia tido uma dissenção com Barnabé por causa de Marcos (At 15:36-41).


Não pensemos que na Igreja todas as coisas fluem sem tensões e dificuldades. Seus membros se desenvolvem fazendo a obra de Deus, aprendendo a crescer no conhecimento de Deus e amadurecendo nas relações uns com os outros. Marcos, de fato, é um exemplo de alguém que foi amadurecendo no processo dos relacionamentos e tornou-se útil a ponto de ter escrito o Evangelho que leva seu nome que serviu de base para os outros evangelhos sinóticos. Ele conviveu de forma muito próxima ao apóstolo Pedro e isto possibilitou um maior conhecimento da vida de Jesus escrevendo assim o evangelho.


É característica do servo de Deus ser útil, pois é vaso de honra (2 Tm 2:21). A utilidade será destaque para quem vive uma vida piedosa na fé e aliançada com a santificação. Sem dúvida, o pecado é um desvio e quem vive nEle não se apartando da iniquidade será pedra de tropeço. Aquele foi preparado por Deus para toda boa obra é conhecido pelo Senhor e apartar-se da iniquidade (2 Tm 2:19). Quem quer seguir a Jesus, nega a si mesmo e toma a sua cruz (Mt 16:24). Não é cheio de si, mas cheio do Espírito Santo. O caráter do servo de Deus precisa ser adequado a obra de Deus. Não basta ter habilidade, mas viver em santidade e assim será útil e profícuo na obra do Senhor. A adequação e conformação a vontade de Deus é obra do Espírito Santo e o crente precisa apresentar a Deus seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12:1 e 2) não se conformando ao mundo e sendo transformado pela vontade de Deus.


O obreiro útil também precisa conhecer a Palavra de Deus, manejá-la bem e a praticá-la como manual para sua vida e prática do ministério. Paulo afirmou que a Palavra é proveitosa para ensinar e preparar o homem de Deus para toda boa obra (II Tm 3:16 e 17). Ele ainda afirmou também que o obreiro precisa ser aprovado, não ter de que se envergonhar e manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2:15). Jesus termina o seu célebre sermão do monte com a parábola das duas edificações. Uma edificação foi construída na areia, veio a tempestade e ela desabou. A outra edificação foi edificada na rocha, veio a tempestade e ela permaneceu de pé porque tinha um bom fundamento. Jesus falou que todo aquele que ouve a Palavra e a edifica constrói sua casa na rocha, pois assim estará preparado para as intempéries da vida. Assim é com o obreiro útil. Ao praticar a Palavra ele edifica a sua vida num bom fundamento, que resiste as dificuldades. Quem ouve e não pratica constrói na areia e por isto cai quando vem as tempestades existenciais (Mt 7:24-27).


É preciso sempre lembrar que o obreiro se torna útil à medida que ele convive com Senhor em comunhão, Servir é imprescindível, mas estar aos pés de Jesus aprendendo é essencial (Lc 10:38-42). Jesus chamou de melhor parte, porque se não houver relacionamento com Deus, aquele que é útil perde a utilidade. O sal se torna insípido (Mt 5:13). A luz é escondida (Mt 5:14-16). Sigamos a Jesus de perto e Ele nos fará pescadores de homens (Mt 4:19). O primeiro chamado do discípulo é estar com Jesus (Mc 3:13) e depois disto ele é enviado. Sem estar com Jesus, não sendo transformado, não seremos úteis. Poderemos até sermos usados porque Deus é Soberano, mas sem a nossa parte sendo feita.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VIVENDO NO REINO DE DEUS

Desejar o avanço do Reino de Deus aqui na terra é desejar que a Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo estejam acima dos valores terrenos em nossa vida (Rm 14:17). Os interesses espirituais devem ser maiores que os terrenos. Paulo escreveu que as questões periféricas, não essenciais, não deveriam dominar a nossa vida cotidiana, a ponto de prejudicar a presença da Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo. É um bom termômetro espiritual para nossa vida espiritual, observar se essas características estão prevalecendo em nossa vida, ou se estamos envolvidos com questões menores que prejudicam a nossa vida espiritual e a comunidade. O capítulo 14 de Romanos trata da questão da intolerância de crentes, mais experimentados, para com aqueles que eram mais suscetíveis ao escândalo, no tocante a observância da lei como as restrições alimentares, a guarda do sábado e de outros dias especiais.

Vejamos a característica da justiça. Sem dúvida tal justiça não é a proveniente dos homens, que tem o seu papel na sociedade, mas sim, aquela que provém da justificação por Cristo recebida pela fé (Rm 1:17).  A ética cristã tem como essencial a justiça de Deus. Sem a justificação permanece a condenação eterna, que impede o acesso ao reino de Deus (Jo 3:17-21). No reino o servo de Deus não tem balança enganosa (Pv 11:1). O crente em Jesus está aliançado com O Senhor e assim a justiça se evidenciará em suas relações. Os relacionamentos são lugares onde os servos de Deus são testados para que possam praticar a justiça semeando as virtudes do reino de Deus na terra.

Vejamos agora a paz proveniente do Espírito Santo. A paz é uma das características do fruto do Espírito no crente (Gl 5:22). Ela independe das circunstâncias, mas influencia o ambiente e as pessoas que tem o contato com o crente pacificador. Jesus ressaltou que a Paz que Ele dá não é a paz que o mundo conhece, mas é sobrenatural vinda de Deus para quem crê em Jesus (Jo 13:27). O crente em Jesus deve buscar sempre a paz com todos os homens fazendo o que for possível para alcança-la (Rm 12:18). O autor de Hebreus coloca a paz juntamente com a santificação como característica daqueles que um dia verão o Senhor (Hb 12:15). Fica entendido, que a paz de Deus é aliançada com a verdade, com a justiça. O pacificador segundo Deus não transige com o pecado. Não é porque ele seja pacífico, que ele abrirá mão da santificação para ter paz, pelo contrário, a paz que ele tem será aliançada com a justiça e verdade presente na santificação.

Também algo marcante no reino de Deus é a alegria proveniente do Espírito Santo. Uma vida, que entende que o reino de Deus consiste em regras e preceitos, sem a Graça de Deus viverá uma vida legalista sem desfrutar da alegria. Paulo ressalta, que o reino de Deus tem como uma das características a alegria, que independe das circunstâncias (Hc 3:17-19). Ela é possível de ser vivenciada até em momentos adversos como a escassez. A carta aos Filipenses escrita por Paulo, quando ele estava preso deixou o imperativo: alegrai-vos no Senhor (Fp 4:4). A palavra foi dirigida a uma Igreja mostrando que uma das marcas da vida em comunidade com irmãos de fé é alegria.  

Os crentes mais experimentados precisam agir com fraternidade com aqueles que se escandalizam com mais facilidade sem os desprezarem. Paulo esclarece: “sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Rm 14:19). No capítulo posterior, Paulo esclarece: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação” (Rm 15:1 e 2). Quando acontecer pontos divergentes em coisas não essenciais lembremos que a justiça, paz e alegria no Espírito devem prevalecer.

(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A ORAÇÃO, A VERDADE E A GRAÇA DE DEUS.

Davi é lembrado como um Grande Rei, Guerreiro, Músico e Profeta, mas devíamos lembra-lo também como um homem de oração. Muitos salmos foram compostos por ele, que são verdadeiras orações. Como Eugene Peterson escreveu nos livros de primeiro e segundo Samuel conhecemos a história de Davi, mas em Salmos conhecemos o coração de Davi. A oração é um desnudamento da alma. Onde colocamos todo nosso interior em nossas petições e louvor.


Quando você orar não use máscaras, ou não fique em algum esconderijo da alma, coloque-se inteiramente para o Senhor. Não pense, que qualquer tentativa de se esconder a verdade. ou ocultar algo. logrará êxito quando se ora. Jesus ensinou a mulher samaritana que a verdadeira adoração a Deus precisa ser em espírito e em verdade (Jo 4:24). Aquela mulher identificou em Jesus a capacidade de prescrutar o seu interior, quando Ele mostrou saber a situação conjugal irregular dela (Jo 4:16-19).


É importante ressaltar que a razão para Deus atender uma oração passa pela mediação de Cristo e a fé nEle. Muitas vezes, se atribui a oração respondida ao suplicante, mas sem Jesus não conseguimos nos achegar a Deus (At 4:12). Oramos em nome dEle não por mera formalidade, mas sim porque Ele é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5). Jesus afirmou claramente que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5).


A oração é mais do que proferir palavras, mas envolve o coração, porque o coração quebrantado Deus não despreza. Não se apresente a Deus confiando nas suas peripécias, nas suas habilidades, nos seus esforços, mas se aproxime diante dEle reconhecendo a Graça de Deus, como razão para Ele aceitar as nossas petições através de Jesus Cristo. Davi pecou gravemente, mas arrependeu-se verdadeiramente, e compôs os salmos 51 e 32, onde mostrou que se arrependeu e assim foi restaurado pelo poder de Deus. Ao se aproximar diante de Deus, esteja cônscio da misericórdia dEle e que não há nada em você, que o credencie a não ser o sangue de Jesus, Deus ouvirá sua oração por causa do caminho aberto por Cristo na cruz.


Tiago esclarece muito sobre o assunto afirmando que a súplica do justo pode muito em seus feitos (Tg 5:16), mas esclarece que o justo é humano e sujeito as paixões. Tiago cita o exemplo do profeta Elias, que orando fez com que não chovesse por três anos e seis meses e passando o tempo orou novamente e a chuva voltou. Tiago afirmou que o profeta era humano como os outros, mas orando realizou um grande sinal (Tg 5:17 e 18). Fica claro, que é por causa de Deus, o justificador daqueles que creem em Jesus, as orações são respondidas. As orações respondidas não são somente para pessoas especiais, mas para todos que creem em Jesus, cuja a mediação é responsável por tornar audível e aceitável a oração dos que creem. A oração é um meio de Graça. Os fracos e pequenos podem por meio dela acessar a força e o poder do Senhor. Grandes coisas acontecem quando o povo de Deus ora. Cultive sua vida de oração e assim experimentarás a abundância da vida em Jesus.


(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VENCENDO O MEDO

O medo pode acontecer por várias razões. Algumas, dessas podem ser por razões reais, distorcidas ou imaginárias. As reais se dão quando de fato o perigo é iminente. As distorcidas quando interpretamos situações não agravantes, mas segundo as nossas percepções há perigos. E as imaginárias, quando pode ter até de forma tênue algo real, mas é somente imaginação que parte de algo.

Certa ocasião os discípulos que remavam, navegando com ventos contrários, viram que Jesus se aproximou deles, e eles pensaram que era um fantasma. Jesus disse: Sou eu, não temais. Ao ouvir a voz de Jesus reconheceram Ele, o receberam no barco de bom grado e assim eles conseguiram atravessar o mar chegando para onde o destino desejado (Jo 6:16 – 21).

Reconheçamos Jesus em todos os nossos caminhos e o medo será superado pela confiança na Presença Maravilhosa de Jesus (Pv 3:6). Qualquer jornada da vida é sujeita a tempestades. Jesus ensinou que no mundo “teremos aflições” (Jo 16:33). É imprescindível que creiamos em Jesus, recebendo como Senhor e Salvador, assim Ele estará conosco até a consumação dos séculos (Mt 28:20).

Duas virtudes cristãs são necessárias e importantes para que se vença o medo: a fé e o amor. Ambas vêm de Deus para quem crê. A fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17). Quando Jesus acalmou a tempestade exortou aos discípulos por causa da pequena fé (Mt 8:23-27). Mostrando que os discípulos temeram sobremaneira porque tinham pouca fé. Já, o amor é derramado no coração quando O Espírito é dado quando a pessoa crê (Rm 5:5). João na sua primeira epístola afirmou que o perfeito amor lança fora todo medo (1 Jo 4:18). Precisamos confiar no amor perfeito de Deus para que o medo não nos domine.

Tanto a fé e o amor, como virtudes que vencem o medo, mostram que é necessário ao crente se relacionar com Deus de tal forma, que a confiança cresça, mesmo que enfrentando circunstâncias adversas. Os discípulos sobressaltados com Jesus por Ele ter acalmado a tempestade perguntaram: “quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mostrando, que eles ainda não entendiam plenamente quem era Jesus, causando neles grande medo na hora da tempestade. A fé é necessária para que se ande com Jesus. Sem fé é impossível agradar a Ele (Hb 11:6).

À medida que nos alimentarmos da Palavra e nos relacionarmos com Jesus pela oração e prática, a nossa fé e amor crescerão e o medo perderá espaço em nossas vidas. O medo quando se agrava desenvolve fobias, que pregam peças recorrentes naqueles que adoecem. O mundo é cheio de violência. Mentes maquinam o mal. É necessário aprofundarmos nosso relacionamento com Deus e nutrirmos o nosso espírito para vencermos as circunstâncias tão adversas neste mundo, que jaz no maligno, e assim vivermos de uma maneira abundante e saudável.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

APRENDENDO A VENCER AS TENTAÇÕES COM CRISTO

Mt 4:1-11

Jesus é o maior exemplo. Ao tomar a forma humana podemos ter acesso a Deus por meio dEle e sermos seus imitadores, pois foi homem perfeito. Ele é o nosso grande Sumo Sacerdote, que se compadece dos seus servos, pois em tudo foi tentado e venceu as tentações (Hb 4;15). Separamos o texto de Mateus 4, que mostra as tentações sofridas no início do ministério de Jesus, onde Ele venceu, não sucumbindo as artimanhas satânicas. Extrairemos as lições do ocorrido para aplicarmos em nossa vida espiritual.

I – SER GUIADO PELO ESPÍRITO SANTO v.1 – Jesus foi ao deserto guiado pelo Espírito e foi tentado por satanás a agir de forma independente do Espírito. Mas, Ele priorizou a vontade de Deus e continuou a ser guiado pelo Espírito, sem pecar. Paulo escrevendo aos servos de Deus ensinou que a maneira dos crentes vencerem as concupiscências da carne é andando em Espírito (Gl 5:16). Os filhos de Deus por adoção têm como característica ser guiado pelo Espírito (Rm 8:14). Agora, observamos por este trecho bíblico e para a Bíblia como um todo, que ser guiado pelo Espírito de Deus não significa que não terá dificuldades e nem provas. Jesus foi guiado e foi tentado, mas continuou sendo guiado e venceu as tentações.

II – PRIORIZE O ESPIRITUAL, MAS AJA COM RESPONSABILIDADE E ZELO AS COISAS MATERIAIS v.4-7 – Jesus afirmou que o homem é um ser espiritual cujas necessidades não são apenas físicas, mas também espirituais. As palavras que saíram da boca de Deus e foram registradas na Bíblia são alimento para o homem. Antes, nas escolas se ensinavam que o homem é um animal racional, porém o homem é um espirito que possui uma alma e habita num corpo. É bom que se diga que nesta tentação Jesus trata de forma responsável as questões físicas e materiais envolvidas. Ele não caiu na armadilha de se colocar em perigo e assim mesmo pedir ajuda de Deus. Mas, agiu com prudência e afirmou que O Espiritual tem prevalência. Porém, não tentou a Deus agindo irresponsavelmente se precipitando do pináculo do templo.

III – TENHA CONSCIÊNCIA DE QUEM VOCÊ É EM DEUS v, 3 e 6 – Por duas vezes o diabo provocou Cristo no sentido dele se autoafirmar, mas Jesus sabendo quem era, não caiu na armadilha. O inimigo é astuto e muitas vezes ele age assim. A pessoa querendo mostrar quem é e se auto justificar age destemperadamente pecando. O importante é ter consciência de quem a pessoa é em Deus. Sendo filho de Deus por adoção (Jo 1:12) mesmo que não seja reconhecido como tal a situação espiritual não muda diante de Deus. Mesmo quando se afastou do Pai o filho pródigo não deixou de ser filho e foi recebido de volta pelo Pai com festa (Lc 15:11 -32). Tão bom saber que a segurança da nossa identidade em Deus por meio de Cristo é eterna.

IV – ALIMENTE-SE DA PALAVRA TODOS OS DIAS E GUARDE A PALAVRA NO CORAÇÃO v. 4, 7 e 10 – Fica patente no trecho escolhido que a Palavra de Deus é arma contra as astutas ciladas do inimigo. Jesus por três vezes citou as Escrituras falando: Está escrito. Já aos doze anos de idade Jesus discutia sobre as Escrituras com os doutores da lei (Lc 2:41-52). João afirma que Jesus é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:1-5, 14). Ele é a própria Palavra. É necessário para o crente o alimento diário da Palavra (Js 1:8; Sl 1:2 e 3). A Palavra também deve ser guardada no coração para que o servo de Deus não venha pecar (Sl 119:11). É do interior do homem que surgem os maus desígnios se ele tiver a Palavra no coração o pecado não encontrará espaço (Mt 15:17-20).

V – APLIQUE A PALAVRA NO COTIDIANO, OBEDEÇA A SEUS PRINCÍPIOS E DISCIRNA A PALAVRA COM A PRÓPRIA PALAVRA v. 4, 7 e 10 – Jesus se utilizou das Escrituras para enfrentar as tentações. Mostrando que a Palavra não é só para ser conhecida, mas posta em prática. O Senhor Jesus aplicou-a no seu dia a dia resolvendo questões e situações (Sl 119:105). A aplicação das Escrituras de dá com a obediência aos princípios da Palavra (2 Tm 3:16 e 17). Algo bem elucidativo neste trecho de Mateus 4 é que na segunda tentação o diabo usou a Palavra de forma distorcida e Jesus respondeu com a própria Palavra. Mostrando que a Bíblia deve ser comparada com a própria Bíblia, Jesus ensinou em outros trechos que as Escrituras devem ser examinadas como um todo e não usarmos versículos isolados sem considerar o restante das Escrituras (Jo 5:39).

VI – VIGIE EM ORAÇÃO SEUS PASSOS v,2, 6 e 7 – Jesus passou quarenta dias orando, jejuando e mesmo quando a fome apertou Ele agiu com destreza diante das tentações satânicas. Ele aplicou o princípio que depois ensinaria aos seus discípulos – “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41). Paulo escrevendo sobre a volta de Cristo escreveu: “Não durmamos, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5:6). Ele no contexto diz que os servos de Deus são filhos do dia e por isso deviam viver de forma sóbria e segura em Cristo. Pedro alertou em sua primeira carta: “Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão bramando, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5:8). Como costumo dizer: “quem não quer cair na tentação não fica perto dela”. É importante a vigilância, prudência e as orações para que possamos dirigidos pelo Espírito agir com poder e graça diante das tentações.

VII – VIVA UM ESTILO DE VIDA DE ADORADOR A DEUS, SIRVA-O E NÃO ACEITE AS BARGANHAS DO MUNDO E DO DIABO v.8-10. Fica claro que o crente em Jesus não pode sucumbir a idolatria da cobiça as coisas deste mundo. Adoração deve ser exclusiva à Deus. Sou daqueles que pensa que a palavra adorar deve ser somente usada em relação a Deus. O diabo usa as coisas deste mundo para que o crente deixe de ter um estilo de vida de adorador para que deseje avaramente usufruir as coisas deste mundo (Cl 3:5). O trono do nosso coração deve pertencer a Deus. Se as outras coisas predominarem em nossas vidas nunca chegaremos ao contentamento. Os reinos deste mundo passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2:17). Quanto deixam de adorar para servirem aos seus próprios desejos, mas que o crente não aceite nenhuma barganha porque só Jesus satisfaz.

Jesus seja nossa fonte de inspiração, sempre. Sigamos seus passos. Sejamos adoradores do Senhor em Espírito e em Verdade (Jo 4;23). “Sujeita-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). Use a oração, a vigilância e a Palavra de Deus para a cada dia obedecer a Deus e não ceder as concupiscências da carne. Pelo poder e ação do Espírito Santo em ti, tu serás aperfeiçoado nas provas e tentações. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10:13).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A SEGUNDA TENTAÇÃO DE CRISTO NO DESERTO

A segunda tentação de satanás a Cristo foi do exibicionismo, do sofisma e da precipitação (Mt 4:5-7). Nessa tentação o diabo transporta Jesus até a Jerusalém e o coloca no pináculo do templo. Então o diabo desafia a Cristo – “Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra”. Satanás usou a Palavra de Deus de forma distorcida citando Salmos 91:12.

Satanás tentou a Cristo no sentindo de Jesus optar por exibir-se com uma grande manifestação do poder de Deus. Foi uma proposta de exibicionismo. Os religiosos nos tempos de Jesus faziam de tudo para serem vistos pelos homens. Orações, jejuns, ofertas, esmolas, tudo eles faziam para se exibir (Mt 6:1-18). A busca pelo reconhecimento do povo era prioritário para eles (Mt 23:1-12). Satanás fez uma proposta para que Jesus se adequasse a esse estilo de exibicionismo, mas Jesus não caiu em busca de popularidade. O objetivo dEle era humilhar-se obedecendo ao Pai até a morte de cruz (Fp 2:8). Ele andou contra o fluxo da religião vigente. Satanás tentou a Jesus para que ele fosse mais do mesmo. Se Jesus tivesse aceitado Ele estaria se desviando do propósito de ser cordeiro de Deus (Jo 1:29) para um perfil mais baseado em sinais estrondeantes e assim desviaria de ser o servo de Deus que veio para servir (Mc 10:45)

O diabo lançou um sofisma para Cristo. Usando a verdade da Palavra de Deus, mas com um propósito enganoso e deturpado. O sofisma é um argumento lógico com o objetivo de usar a verdade e produzir uma verdade ilusória e enganadora. Certamente O Senhor protege os seus, mas isso não significa que a pessoa não deve ser prudente colocando-se em perigo. O inimigo é astuto e aproveitou a fome e o cansaço de Jesus para que Ele se autoafirmar-se agindo de forma irresponsável. Jesus usou as armas de Deus para desbaratar argumentos distorcidos que o levariam para longe da cruz.  (II Co 10:4).

Essa tentação também foi a tentação da precipitação. Jesus estava sendo guiado em todo o tempo pelo Espírito Santo e o diabo o tentou para que agisse precipitadamente e se lançasse do pináculo do templo realizando um sinal despropositado, pois Ele estava em todo o tempo sendo dirigido pelo Espírito, e isso seria uma atitude independente do Espírito. A tentação também foi um estímulo de um atentado contra si mesmo. O argumento do diabo é que Deus protegeria a Jesus sendo filho de Deus mesmo que Ele intentasse contra si mesmo. O que é uma mentira. Jesus não se precipitou e disse a satanás: também está escrito – Não tentarás o Senhor teu Deus, citando Deuteronômio 6:16.

Aprendemos que quando alguém distorcer a Palavra de Deus para nos enlaçar devemos da mesma maneira usar a Palavra com verdade e em verdade para refutar o sofisma. A Palavra de Deus é a verdade e por ela devemos nos santificar (Jo 17:17). Como servos de Deus devemos ser prudentes e não colocar Deus em prova por tomadas de decisões precipitadas e descabidas. Não se pode com as atitudes se colocar em risco e depois pedir proteção a Deus. Muitos agem de uma forma contrária e depois pedem para O Senhor abençoar. Essa tentação nos mostra que precisa haver uma sintonia fina entre nossas atitudes e nossas orações. Do contrário, será colocar Deus em prova em algo que cooperamos para o mal com nossas atitudes.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A NECESSIDADE DO DISCIPULADO

Jesus não teve uma visão imediatista no estabelecimento do Seu ministério. Ele tinha o objetivo de preparar homens que depois as multidões seguissem e assim dedicou mais tempo aos discípulos do que as multidões. Seja qual for o seu ministério não tenha apenas uma visão do aqui e agora. Pense também no prosseguimento depois de você. Por isto a ordem de Jesus é fazer discípulos, que façam outros discípulos, pois a obra precisa prosseguir, e não parar em você (Mt 28:18-20). O princípio da multiplicação dos que creem em Jesus é alcançado através do discipulado. Tal propósito foi dado por Cristo e delegado a todos seguidores dEle até que venha o fim (Mt 24:14). Os apóstolos também fizeram discípulos (II Tm 2:2) e deve ser assim para todas as gerações que seguem a Jesus.

A questão é tão séria que O Senhor deixou este propósito estabelecido para Sua Igreja. Não o fazer é errar o alvo estabelecido por Ele. Tal propósito não caduca e não pode ser substituído por um ativismo desenfreado cujo o fim é si mesmo. A grande comissão de Mateus 28 não pode se tornar uma grande omissão. Em todo o planejamento que a Igreja estipula é preciso ter o discipulado como prioridade.

Uma questão importante é que o princípio do discipulado não deve ser restringido aos de fora, mas o de dentro também, ou seja os filhos, netos, sobrinhos etc devem receber a nossa influência discipuladora. A criança que é educada na admoestação do Senhor carregará essas sementes uma boa parte de suas vidas, que farão diferença na vida adulta (Pv 22:6). Quantos trabalham com afinco com os de fora, mas deixam suas famílias como um campo ainda não alcançado pelo evangelho. Certamente na prestação de contas diante do Senhor a forma como lidamos com os nossos familiares será cobrada por Deus.

Enquanto a faixa etária o discipulado deve incluir a todas podendo ter um trabalho específico com alguma faixa, mas que outros membros da igreja local trabalhem com outras faixas etárias. Trabalhos com crianças, adolescentes, jovens, adultos, homens, mulheres, terceira idade etc. devem ser feitos. Não há limite de idade para se formar um discípulo. Há trabalhos até com crianças do berçário que são muitos frutíferos. Na Igreja do Senhor as gerações se unem e cooperam umas com as outras.

Algo importante é destacar que os discípulos são ensinados e educados a se tornarem discípulos do Senhor. É natural que o discípulo tenha uma gratidão ao seu discipulador, mas ninguém deve discipular um discípulo de Cristo para si. O discipulado ocorre quando um discípulo do Senhor mais maduro discipula outros discípulo do Senhor que está iniciando a jornada de fé. Infelizmente há muitos abusos que pessoas chamam de discipulado, mas não é. Manipulações, explorações e outras atitudes são praticadas por certos discipuladores. Algumas seitas usam também o princípio do discipulado para divulgar suas crenças. É importante que o ministério de discipulado seja levado a sério com muita oração, humidade, sabedoria e amor porque na babel deste mundo secular a orientação na Palavra é fundamental para que haja o nascimento espiritual, a integração, o acompanhamento e a multiplicação de discípulos de Cristo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).