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A CELEBRAÇÃO DO NATAL

No natal é pertinente lembrar que o primeiro milagre realizado por Cristo foi em uma celebração de casamento. A presença dEle fez diferença naquela festa (Jo 2:1-12). Quando você for celebrar o natal busque a presença dEle, pois Ele traz vida a quem crê nEle. Certifique-se que haverá um momento de celebração pelo nascimento de Cristo. Louvores, orações, reflexão da Palavra e o amor fraternal são características importantes que não devem faltar. Talvez haja em sua celebração ausências sentidas por você, mas se você tem Jesus como Senhor é certo que Ele estará presente com você na celebração do natal (Mt 28:20 b). 

Milagre traduz uma palavra grega, que literalmente, significa sinal. O milagre na boda foi um sinal que apontou para Jesus e quem de fato Ele é. No natal também se comemora milagres como a encarnação de Cristo (1 Jo 1:1-4) e o seu nascimento de uma virgem (Mt 1:18-25). Eles mostram a natureza Divina de Cristo e que apesar disto decidiu viver entre nós para redimir aqueles que creem nEle. Os sinais registrados nas Escrituras segundo João foram para testificar que de fato Jesus é o Messias e para quem crer em seu nome recebesse a vida eterna e abundante de Deus (Jo 20: 30-31).

Na celebração que Jesus participou em Caná houve a escassez de um elemento que era importante numa festa, o vinho, mas porque Jesus estava presente houve a provisão. No natal que você está celebrando pode acontecer de você enfrentar dificuldades e até crises em sua realização, mas se Jesus está presente em Espírito, a maior das provisões (Jo 6:35), que é a espiritual, não faltará no seu lar. Tenha certeza também que se Ele supre com o espiritual pode também suprir com o material (Fp 4:19).

Quando Maria comunicou a Jesus que estava faltando vinho Ele respondeu que havia um tempo determinado para que Ele manifestasse seus sinais. Sobre o natalício de Cristo, Paulo fala que jesus veio na Plenitude dos tempos, ou seja, no momento exato que Deus havia determinado (Gl 4:4-7). O ambiente histórico da época como o helenismo, a cultura romana e judaica propiciou que a mensagem de Cristo atingisse todo o mundo e por todas gerações seguintes. O nascimento de Cristo aconteceu no momento exato que tinha para acontecer.

Como escrevi a presença de Jesus na boda fez toda diferença, mas algo importante a ressaltar é que Jesus deixou de ser apenas um convidado do casamento para manifestar seu senhorio. Maria orientou aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse e por isso Jesus operou o milagre. Temos que confiar na Soberania de Deus. O natal também demonstra que Deus é O Senhor da história e que Ele realiza as coisas segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1 e 2). O nascimento de Jesus não foi um nascimento de mais um menino, mas o momento do maior evento da humanidade que foi Deus ter tomado a forma humana.

O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade nascendo numa estrebaria, deitado numa manjedoura entre os animais (Lc 2:6 e 7), visitado por pastores, mas o poder de Deus foi manifestado em meio a esse ambiente, como a estrela guiando os magos (Mt 2:1 e 2), o anúncio dos anjos aos pastores (Lc 2:8-20) etc. No casamento em Caná da Galileia Jesus usou seis potes de pedras e pediu que os enchessem de água e assim transformou água em vinho. As vasilhas eram usadas para a cerimônia de purificação, mas Jesus transformou a água no melhor vinho experimentado. A glória de Deus se manifestou e assim os discípulos creram nele. A mensagem que o natal mostra é que Deus habitou entre nós e em meio as coisas simples da vida Ele transforma vidas de forma semelhante a água que se transformou em vinho. Aleluia!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VIVENDO NO REINO DE DEUS

Desejar o avanço do Reino de Deus aqui na terra é desejar que a Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo estejam acima dos valores terrenos em nossa vida (Rm 14:17). Os interesses espirituais devem ser maiores que os terrenos. Paulo escreveu que as questões periféricas, não essenciais, não deveriam dominar a nossa vida cotidiana, a ponto de prejudicar a presença da Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo. É um bom termômetro espiritual para nossa vida espiritual, observar se essas características estão prevalecendo em nossa vida, ou se estamos envolvidos com questões menores que prejudicam a nossa vida espiritual e a comunidade. O capítulo 14 de Romanos trata da questão da intolerância de crentes, mais experimentados, para com aqueles que eram mais suscetíveis ao escândalo, no tocante a observância da lei como as restrições alimentares, a guarda do sábado e de outros dias especiais.

Vejamos a característica da justiça. Sem dúvida tal justiça não é a proveniente dos homens, que tem o seu papel na sociedade, mas sim, aquela que provém da justificação por Cristo recebida pela fé (Rm 1:17).  A ética cristã tem como essencial a justiça de Deus. Sem a justificação permanece a condenação eterna, que impede o acesso ao reino de Deus (Jo 3:17-21). No reino o servo de Deus não tem balança enganosa (Pv 11:1). O crente em Jesus está aliançado com O Senhor e assim a justiça se evidenciará em suas relações. Os relacionamentos são lugares onde os servos de Deus são testados para que possam praticar a justiça semeando as virtudes do reino de Deus na terra.

Vejamos agora a paz proveniente do Espírito Santo. A paz é uma das características do fruto do Espírito no crente (Gl 5:22). Ela independe das circunstâncias, mas influencia o ambiente e as pessoas que tem o contato com o crente pacificador. Jesus ressaltou que a Paz que Ele dá não é a paz que o mundo conhece, mas é sobrenatural vinda de Deus para quem crê em Jesus (Jo 13:27). O crente em Jesus deve buscar sempre a paz com todos os homens fazendo o que for possível para alcança-la (Rm 12:18). O autor de Hebreus coloca a paz juntamente com a santificação como característica daqueles que um dia verão o Senhor (Hb 12:15). Fica entendido, que a paz de Deus é aliançada com a verdade, com a justiça. O pacificador segundo Deus não transige com o pecado. Não é porque ele seja pacífico, que ele abrirá mão da santificação para ter paz, pelo contrário, a paz que ele tem será aliançada com a justiça e verdade presente na santificação.

Também algo marcante no reino de Deus é a alegria proveniente do Espírito Santo. Uma vida, que entende que o reino de Deus consiste em regras e preceitos, sem a Graça de Deus viverá uma vida legalista sem desfrutar da alegria. Paulo ressalta, que o reino de Deus tem como uma das características a alegria, que independe das circunstâncias (Hc 3:17-19). Ela é possível de ser vivenciada até em momentos adversos como a escassez. A carta aos Filipenses escrita por Paulo, quando ele estava preso deixou o imperativo: alegrai-vos no Senhor (Fp 4:4). A palavra foi dirigida a uma Igreja mostrando que uma das marcas da vida em comunidade com irmãos de fé é alegria.  

Os crentes mais experimentados precisam agir com fraternidade com aqueles que se escandalizam com mais facilidade sem os desprezarem. Paulo esclarece: “sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Rm 14:19). No capítulo posterior, Paulo esclarece: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação” (Rm 15:1 e 2). Quando acontecer pontos divergentes em coisas não essenciais lembremos que a justiça, paz e alegria no Espírito devem prevalecer.

(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A NECESSIDADE DO DISCIPULADO

Jesus não teve uma visão imediatista no estabelecimento do Seu ministério. Ele tinha o objetivo de preparar homens que depois as multidões seguissem e assim dedicou mais tempo aos discípulos do que as multidões. Seja qual for o seu ministério não tenha apenas uma visão do aqui e agora. Pense também no prosseguimento depois de você. Por isto a ordem de Jesus é fazer discípulos, que façam outros discípulos, pois a obra precisa prosseguir, e não parar em você (Mt 28:18-20). O princípio da multiplicação dos que creem em Jesus é alcançado através do discipulado. Tal propósito foi dado por Cristo e delegado a todos seguidores dEle até que venha o fim (Mt 24:14). Os apóstolos também fizeram discípulos (II Tm 2:2) e deve ser assim para todas as gerações que seguem a Jesus.

A questão é tão séria que O Senhor deixou este propósito estabelecido para Sua Igreja. Não o fazer é errar o alvo estabelecido por Ele. Tal propósito não caduca e não pode ser substituído por um ativismo desenfreado cujo o fim é si mesmo. A grande comissão de Mateus 28 não pode se tornar uma grande omissão. Em todo o planejamento que a Igreja estipula é preciso ter o discipulado como prioridade.

Uma questão importante é que o princípio do discipulado não deve ser restringido aos de fora, mas o de dentro também, ou seja os filhos, netos, sobrinhos etc devem receber a nossa influência discipuladora. A criança que é educada na admoestação do Senhor carregará essas sementes uma boa parte de suas vidas, que farão diferença na vida adulta (Pv 22:6). Quantos trabalham com afinco com os de fora, mas deixam suas famílias como um campo ainda não alcançado pelo evangelho. Certamente na prestação de contas diante do Senhor a forma como lidamos com os nossos familiares será cobrada por Deus.

Enquanto a faixa etária o discipulado deve incluir a todas podendo ter um trabalho específico com alguma faixa, mas que outros membros da igreja local trabalhem com outras faixas etárias. Trabalhos com crianças, adolescentes, jovens, adultos, homens, mulheres, terceira idade etc. devem ser feitos. Não há limite de idade para se formar um discípulo. Há trabalhos até com crianças do berçário que são muitos frutíferos. Na Igreja do Senhor as gerações se unem e cooperam umas com as outras.

Algo importante é destacar que os discípulos são ensinados e educados a se tornarem discípulos do Senhor. É natural que o discípulo tenha uma gratidão ao seu discipulador, mas ninguém deve discipular um discípulo de Cristo para si. O discipulado ocorre quando um discípulo do Senhor mais maduro discipula outros discípulo do Senhor que está iniciando a jornada de fé. Infelizmente há muitos abusos que pessoas chamam de discipulado, mas não é. Manipulações, explorações e outras atitudes são praticadas por certos discipuladores. Algumas seitas usam também o princípio do discipulado para divulgar suas crenças. É importante que o ministério de discipulado seja levado a sério com muita oração, humidade, sabedoria e amor porque na babel deste mundo secular a orientação na Palavra é fundamental para que haja o nascimento espiritual, a integração, o acompanhamento e a multiplicação de discípulos de Cristo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

As experiências têm sua importância na vida cristã, mas elas precisam passar pelo filtro da Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e prática. Se tem alguma doutrina onde as experiências para alguns se tornam uma Bíblia paralela é a doutrina do Espírito Santo. É urgente que nos voltemos para a Palavra e assim vejamos com seus óculos nossas práticas.

No Antigo Testamento O Espírito Santo não habitava em cada um do povo de Deus, mas permanecia no meio do povo, atuando em pessoas específicas. No Novo Testamento houve a inauguração de um novo período de atuação do Espírito na história. No Antigo, o Espírito Santo era citado de uma forma discreta comparado ao Novo. Porém, no Antigo foi profetizado que na nova aliança O Espírito seria derramado nos últimos dias (Jl 2:28 e 29). O Novo testamento retrata o início desses últimos dias.

Logo no início do Novo Testamento, vemos que João Batista, primo de Jesus, era cheio do Espírito já no ventre de sua mãe (Lc 1:15-17) e que O Espírito esteve sempre associado a Jesus, o Messias, na concepção e em todo o tempo. No batismo das águas de Jesus desceu como pomba e repousou em Jesus (Lc 1:32 e 33). No ministério de Jesus Ele atuou desde o início levando Jesus para ser tentado pelo diabo (Mt 4:1). Jesus em Nazaré pregando afirmou ser o Messias, Ungido pelo Espírito em todas suas obras (Lc 4:16-21). A Bíblia mostra Jesus expulsando demônios pelo Poder do Espírito (Mt 12:28) mostrando que era chegado o reino de Deus. O autor de Hebreus escreve que Jesus ao se oferecer como sacrifício se ofereceu pelo Espírito (Hb 9:14). Na ressurreição de Jesus o poder que ressuscitou Jesus foi do Espírito Santo (Rm 8:11). A associação com Cristo ainda se mostra sobre o fato que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo (Mt 3:11).

A obra de evangelização que a igreja realiza está intimamente ligada ao trabalho do Espírito no mundo. Sem Ele não haveria conversões e nem haveria vigor na Igreja para a evangelização. O Espírito Santo é a Pessoa de Deus que habita naquele que crê em Jesus. Foi através do Espírito que o crente nasceu de novo e é O Espírito que reveste o crente de Poder para testemunhar (At 1:8). O Espírito é convencedor do mundo (Jo 16: 8-11), do pecado (Rm 3:23), da justiça (Rm 8:1 e II Co 5:21) e do juízo (Hb 9:27). Ele que impede o crescimento do pecado no mundo (II Ts 2:5-8) usando a Igreja como elemento preservador da sociedade. Jesus chamou a Igreja de sal e luz (Mt 5:13-16).

Na Igreja o Espírito foi que uniu os membros no corpo de Cristo (1 Co 12: 13 e 14). Pelo Espírito, Deus Pai e Jesus Cristo vive na Igreja e no crente (Ef 2:22; Mt 28:20; 1 Co 6:15-20) concedendo dons (I Co 12: 6 e 7). O Espírito Santo também na vida do crente é O Guia que conduz de acordo com a Palavra de Deus. Precisas de direção? Ore ao Senhor e peça que O Espírito te guie e Ele fará sempre de acordo com a Palavra. Há uma promessa (Rm 8:14). É o Espírito que transforma o crente cada vez mais parecido com Cristo (II Co 3:18) produzindo nele o Seu fruto (Gl 5:22).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O VAZIO DO SER HUMANO

O ser humano tem dentro de si um anseio por Deus. O salmista escreveu sobre isto: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus” (Sl 42:1). Tal anseio é uma das provas da existência de Deus. Como o homem sente falta do alimento porque de fato o alimento existe, assim o homem sente falta de Deus porque Ele é. Nas diversas culturas existentes e que já existiram, sempre foram presentes manifestações religiosas ao transcendental, ao além da esfera visível e terrena. Muitas vezes essa sede é inconsciente, mas lateja dentro da alma.

 Muitos pensam que quando alcançarem uma “vida melhor” essa ânsia será satisfeita, mas se enganam. Muitos idealizam o amor romântico e pensam que ao encontrar a cara-metade o vazio cessará. Muitos dedicam-se ao trabalho de forma contundente e assim imaginam que a realização pessoal dará sossego a alma. A busca da satisfação, do contentamento no lugar errado no início pode trazer uma certa ilusão de ter alcançado, mas depois de certo tempo se percebe que ainda falta uma coisa e assim a frustração aumenta, a decepção se aloja e o vazio lateja.

Somente Deus pode preencher a sede dEle mesmo. Só Jesus é o caminho para se chegar a Deus (Jo 14:6). Não são as distrações, prazeres, amores e trabalhos que trarão a satisfação da sede de Deus. “O vazio do homem é do tamanho de Deus” como escreveu o escritor russo Dostoiévski.  Jesus ao conversar com uma mulher samaritana disse a ela: “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (Jo 4;14). Em outra ocasião Jesus falou a uma multidão: “Eu sou o pão da vida (…) Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu lhe der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo 6:48 e 51). Ao crer em Jesus à saciedade acerca de Deus é suprida. É bom que se ressalte que Deus em Jesus não apenas preenche o vazio de Deus, mas enche a pessoa dEle também.

Ao se crer em Jesus como Salvador, a pessoa também o recebe como Senhor da vida toda, o coração passa a ser cheio de Deus, pois Ele se torna o primeiro lugar no coração (Rm 10:9). Ele não se torna um hóspede de luxo no coração, mas Senhor (Pv 3:5). O Espírito Santo que habita em quem crê em Jesus passa a guiar o crente segundo os propósitos de Deus (Rm 8:14) e na Bíblia tem o imperativo – Enchei-vos do Espírito (Ef 5:18). Dai o crente não só tem o coração preenchido e cheio de Deus, mas também ganha sentido na vida, ganha propósito. A Glória de Deus passa ser buscada e pautar as ações (1 Co 10:31). A vida que tem o propósito da Glória de Deus ganha esperança de um dia ser revestido da incorruptibilidade (1 Co 15:54), e assim será.

O ser humano só ganha sentido na vida quando encontra O Seu Criador, que preenche o vazio, enchendo de Sua presença e dando propósito e missão, que é a busca pela Glória dele. Está prometido aos que creem em Jesus que um dia serão glorificados e verão Jesus face a face (1 Jo 3:2 e 3).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VIDA ETERNA PELA GRAÇA, JÁ!

Jesus deu sua vida para que possamos, após cremos nEle, viver com Deus por toda a eternidade, sem necessidade de acrescentar algo ao seu sacrifício perfeito. As pessoas morrem apenas uma vez e a opção por Cristo deve ser nesta vida. Não há mais chance de salvação além da vida física (Hb 9:27) e é enquanto vivemos que podemos manifestar a nossa fé em Cristo, como redescobriu Lutero, a justificação é por meio da fé (Rm 1:17).

Muitos dão desculpas para postergarem as suas decisões por Cristo. Dizem que seguirão Jesus mais tarde. Na verdade, estão presas ao estilo de vida mundano, e assim não querem abrir mão da falsa liberdade de viver assim, o que na verdade é uma escravidão espiritual. Vivendo na cegueira espiritual não discernem suas reais situações espirituais.

Jesus pode libertar qualquer pessoa de todo tipo de pacto que tenha feito com o mal ou de qualquer tipo de vida que tenha levado que desagradou a Deus. Seu poder regenerador não há igual. Quem crê nEle nasce de novo. A vida com Deus nasce e permanecerá por toda a eternidade. Dos milagres que o Senhor realiza o Novo Nascimento é o maior. Nem mesmo um grande milagre físico é superior, pois quem é curado de um mal pode morrer de outro, mas quem recebe a salvação recebe a vida eterna.

Creia em Jesus e serás salvo! Em Cristo você obtém a libertação do domínio do pecado e é livre do domínio de satanás. Não é a educação formal, nem a prática religiosa que tira alguém das trevas e leva para a luz do senhor, mas sim a fé na obra redentora e mediadora de Cristo Jesus na cruz, que levou os pecados cancelando as dívidas que haviam em suas ordenanças (Cl 2:14). Muitos rejeitam a salvação por não quererem reconhecer a total incapacidade do homem de alcançar a salvação por seu esforço e méritos. Eles creem que a salvação é conquistada pelas obras, mas não é, é por Graça e Obra de Jesus (Ef 2: 8-19). As obras que realizamos são consequências de uma fé genuína e da obra do Espírito Santo naquele que crê.

A Graça de Deus é incompreensível ao homem natural. Só pelo convencimento do Espírito Santo que a pessoa crê no escândalo da Graça. O orgulho é um impedimento para aceitação da Graça. A pessoa pensa que ela por si só pode alcançar o favor de Deus se praticar rituais e boas obras. A conversão de Saulo de Tarso (At 9) é um exemplo de como a Graça desbanca toda dura cerviz e obstinação. Saulo estava com firme resolução de perseguir cristãos quando o próprio Cristo apareceu a ele e assim creu Saulo em Jesus e tornou-se perseguido por causa de Cristo. Saulo era um religioso de primeira monta, zeloso e cheio do conhecimento, mas nada disso lhe salvou. Somente o encontro com Cristo fez ele mudar de perseguidor para perseguido por causa de Cristo. Graça maravilhosa.

Não perca mais tempo. Creia e se posicione como seguidor de Jesus. A vida é curta, mas a situação da alma será para sempre. Alguns na eternidade desfrutarão do céu e outros do lago de fogo e enxofre. A vida eterna é para hoje! O momento é hoje. Receba pela fé a salvação por graça. Jesus teve que tomar a forma humana, viver entre nós, ser crucificado como malfeitor e ressuscitar ao terceiro dia. Creia nEle e a tua vida ganhará sentido e missão. Como é importante encontrar O Seu criador e viver a vida dEle. Se você crer, viverás já!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

EMBAIXADOR DE CRISTO

Uma das mensagens centrais do cristianismo é a reconciliação. Reconciliação, quer dizer, conformar-se com um modelo, ou ainda, voltar-se a reunir. Reconciliar com Deus é sair da inimizade com Ele e a partir da fé em Jesus ter restabelecido a comunhão com Deus. Quem se reconcilia com Deus através de Cristo terá vida pacificada com relação a si mesmo e ao próximo. Porque a reconciliação com Deus que ocorre no espírito da pessoa influência positivamente toda a vida do reconciliado.

Paulo escrevendo sobre o assunto afirmou que uma vez reconciliado com Deus, o crente recebe o ministério da reconciliação de sorte, que se torna embaixador da parte de Cristo, pois Deus roga através da igreja ao mundo para que se reconcilie com Ele (2 Co 5:18-21). A Igreja é chamada para pregar a reconciliação com Deus. Tal mensagem é a mais importante e urgente que o servo de Deus pode levar ao ser humano. Muito pode ser dito aos homens, mas a mensagem salvadora é da reconciliação a Deus.

 A raça humana se afastou de Deus desde o primeiro homem e para resolver Deus enviou Jesus, Seu filho, para dar a vida aos homens reconciliando-os com Deus com sua expiação (Rm 5:12-21). Como embaixadores de Cristo com a mensagem da reconciliação, os servos de Deus agraciados por Ele, precisam agir com graça e misericórdia em seus relacionamentos. Não é desejo de Deus que aquele que se reconciliou com Ele viva em guerra. A Paz com Deus é a fonte de uma vida pacificada onde o amor é a marca distintiva (Jo 13:35). A reconciliação com Deus é mais do que uma mensagem a ser levada, mas uma vida em comunhão com Deus onde se deve amar o próximo como Deus lhe amou (Jo 13:34). Jesus deixou bem claro que não é o amor que o mundo conhece, mas o amor com que Deus nos amou.

Ser embaixador de Cristo implica que o povo de Deus representa no mundo O Rei, que é Jesus. Billy Graham afirmou que a Bíblia que o mundo vê é povo de Deus. Cada membro deste povo é um representante do Reino de Deus e como tal deve ter atitudes que mostrem suas vidas transformadas. As igrejas batistas promovem organizações como os Embaixadores e Mensageiras do Rei onde crianças e adolescentes são ensinados a respeito de missões desde cedo. Eu participei dos Embaixadores do Rei em duas igrejas diferentes e guardo no coração boas lembranças das instruções recebidas.

É importante lembrar, que o povo de Deus não está só na missão do ministério da reconciliação, o Espírito Santo está com cada cristão nascido novo. Ele confere ao poder para que haja testemunho de Cristo de forma eficiente. A obra do Espírito na vida do que crê prepara para a execução do ministério da reconciliação. Foi o Espírito que convenceu os servos de Deus dos pecados, passou a habitar, trabalha no caráter até o fim e age durante a proclamação do Evangelho. Tendo estas convicções seremos corajosos e intrépidos. Deus não deu o espírito de medo, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação (2 Tm 1:7). Uma das marcas da Igreja logo após o derramamento do Espírito Santo foi a ousadia. A convicção com que se prega é uma característica importante para que pessoas ouçam a mensagem do Evangelho.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O SENHOR PRECISA DE VOCÊ.

entrada triunfal

Jesus estava se dirigindo a Jerusalém para celebração da Páscoa, quando se aproximava de Betfagé, enviou dois dos seus discípulos para trazer um jumentinho que estaria preso. Esse jumentinho não havia sido montado por ninguém. Cristo recomendou: “soltai-o, trazei-mo e se o dono perguntar por que vocês estão fazendo isto? Dizei-lhe que O SENHOR PRECISA DELE”. Ele queria entrar em Jerusalém montando naquele animal e para isto precisava dele. Esta frase é muito interessante, pois sendo Jesus, o Filho de Deus, dono de tudo, disse que precisava de algo. Tal fato foi o cumprimento da profecia de Zacarias 9:9. Onde está escrito que O Messias entraria em Jerusalém montando num jumentinho. Muitos estenderam suas vestes pelo caminho, e outros cortaram ramos das árvores para que Jesus passasse e clamaram em alta voz: “hosana, bendito o que vem em nome do Senhor”!

A primeira lição que destaco é que O senhor é dono de tudo. Ele pode dispor do que deseja. Ao encontrar um jumentinho amarrado os discípulos deveriam desamarrá-lo e trazê-lo para Cristo. Será que estamos disponíveis a Deus a ponto de atendermos aquilo que Ele deseja? Será que vivemos sobre está ótica que Jesus é dono de tudo e que na verdade somos administradores (1 Co 4:1 e 2) do que temos? O que se requer dos mordomos é a fidelidade, que inclui a disponibilidade para o uso de Jesus tudo o que nós temos. A resposta de Isaías ao chamado de Deus deve ser a nossa: Eis-me-aqui, envia-me a mim (Isaías 6:8). Se respondermos assim devemos estar dispostos a abrir mão do que O Senhor quiser em nossas vidas.

A segunda lição é que O Senhor dono de tudo precisou do jumentinho conforme Ele disse. Colocaram as vestes de Jesus sobre ele e Jesus assentou-se sobre o animal. Já vi em algumas situações líderes que queriam ensinar aos seus liderados a obediência usarem a expressão: ninguém é insubstituível, o que é uma verdade, mas devemos considerar algumas coisas sobre isto. A nossa posição pode ser ocupada por outro, mas ninguém será como nós. Somos ímpares. O fato de Jesus dizer precisar daquele jumentinho mostra o quanto O Senhor precisa de cada um de nós. Quem somos, somente nós seremos.

Quando pensamos nesta passagem pensamos somente no jumentinho, mas a jumenta mãe do jumentinho também foi trazida (Mt 21: 2 e 3). Jesus precisou dela também. Nela foi colocada parte das vestes de Jesus também. Em geral, a jumenta seguia de perto o filhote. Ela também foi necessária como são necessários aquele que apoiam e auxiliam os pregadores e professores da mensagem do Evangelho. Todos os membros do corpo de Cristo são úteis e todos precisam estar envolvidos com a missão da Igreja. A Igreja não é composta só daqueles que divulgam diretamente o Evangelho, mas também daqueles que apoiam, contribuem, oram, e assim como um corpo a Igreja cumpre o ide de Jesus.

Ele escolheu precisar de nós. Ele escolheu precisar dos seus servos aqui na terra para pregar o evangelho, e alcançar o mundo inteiro com a Sua Palavra. A missão que temos não foi dada aos anjos, ou aos animais, mas a nós como parte do corpo de Cristo.  Na maioria das vezes os chamados por Deus diante de tal sublime missão se acham indignos e incapazes, mas a escolha de Deus é baseada na Graça que também nos capacita. Moisés ao ser chamado apresentou cinco desculpas para não aceitar, mas diante da persistência Divina entendeu e aceitou o seu chamado (Ex 3 e 4). Gideão era de família pobre e se considerava o menor da família, mas foi usado por Deus para vencer os amalequitas (Jz 6:15). Isaías reconheceu que era um homem de lábios impuros, mas o Senhor o purificou e ele aceitou o chamado (Is 6:5). Jeremias alegou que não sabia falar e que era muito Jovem, mas O Senhor usou-o poderosamente (Jr 1:6). Como O Senhor precisou destes homens também precisa de você mesmo você se achando inadequado ao chamado. Ele capacita.

Outro aspecto que observamos neste trecho é que Deus faz escolhas humildes para que a Glória não seja dada aos homens, mas a Ele. Jesus não escolheu um corcel negro, ou um cavalo romano, mas um jumentinho, que era um símbolo de humildade (Zc 9:9). Paulo esclarece bem aos coríntios o critério diferenciado de Deus que deixa os homens boquiabertos. “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele” ( 1 Coríntios 1:27 -29).

Vemos que O Senhor é dono de tudo. Porém, Ele escolheu precisar de nós. A sua escolha foge dos padrões humanos. Ele escolheu os humildes e mesmo você se sentindo incapaz Ele pode te usar para entrar na vida de alguém, na vida de uma família, cidade ou nação.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

CONVERSÃO.

 

mulher samaritana

A mulher samaritana é o retrato do homem moderno que possuído pelo vazio sorve da vida todas suas possibilidades, mas apesar disso continua vazio. No caso dela, ela usufruiu dos relacionamentos que não lhe trouxeram satisfação. Ela teve cinco casamentos e estava com alguém que não era seu marido e o vazio continuava. Suas prioridades giravam em torno da busca pela satisfação, mas não conseguia obtê-la. Ela tinha um posicionamento religioso, era samaritana, mas sua visão de deus era territorial, que lhe intrigava e não a completava.

João narra o encontro dela com Jesus depois que narrou anteriormente a conversa de Jesus com um dos líderes dos judeus, o que faz um contraste e mostra como Jesus apesar em primeira instância procurar alcançar os judeus desejava também pessoas de outras origens, neste caso, antagônica aos judeus. Os samaritanos não se davam bem com os judeus e vice-versa. Para os judeus os samaritanos eram sincréticos e tinham um contexto histórico com eles bem tumultuado.

Creio que a inimizade entre judeus e samaritanos nos tempos bíblicos seja, em boa parte, o reflexo do pecado de Israel. Os samaritanos de certa forma mostravam o fracasso do povo. Os samaritanos foram fruto da divisão ocorrida no reino de Israel. Foi o produto duma mistura de raças, levado a efeito pelo rei da Assíria, Sargão II, que ao conquistar o Reino do Norte (chamado de Israel) em 722 a.C. levou o povo de Israel para o cativeiro. Os demais que ficaram na terra foram misturados com outros povos, pois o Rei estrategicamente enviou-os para a região a fim de enfraquecer a identidade do povo de Israel (2 Rs 17:24). Esses povos de descendência mistas acabaram sendo chamados de Samaritanos. O preconceito e a inimizade ficaram latentes entre esses povos. Quando Neemias retornou a Jerusalém para reconstruir os muros da cidade, os samaritanos tentaram de diversas formas impedir a sua reconstrução. Flávio Josefo conta que no período interbíblico (entre os dois Testamentos), os samaritanos invadiram o templo de Jerusalém e jogaram ossos, cometendo um tremendo ato de sacrilégio na perspectiva dos judeus. Como vingança, os judeus passaram proferir maldições com as mãos direcionadas à região dos samaritanos.

Este contexto era conhecido por Jesus, mas era necessário Ele passar por Samaria. Sentou-se perto do poço de Jacó onde a mulher samaritana foi buscar água e pediu água a mulher vencendo o contexto de preconceito e animosidade que havia entre os povos causando estranheza a samaritana por ser ele judeu e homem. Entre tantas diferenças Jesus puxa a conversa com ela por algo em comum naquele momento – a água. Aquela mulher solitária, devido a sua má reputação, deixou para tirar água numa hora mais inóspita para não encontrar com ninguém, mas Jesus viu naquela mulher o vazio e sede de algo que Ele poderia suprir e lhe falou da Água Viva referindo-se ao espiritual que era na verdade a maior necessidade daquela mulher acostumada a beber água daquele poço. A Água Viva é Jesus, Ela é a fonte, que faz fluir águas do interior de quem crê que é a presença do Espírito Santo (Jo 7:37 – 39). Jesus falou que quem bebesse da água do poço tornaria a ter sede, mas aquele que bebesse da Água que ele tinha não teria mais sede. O que Jesus ofereceu foi saciedade do vazio de Deus que aquela mulher tinha e que todos tem e que só pode ser saciada através dEle.

A mulher samaritana diante do oferecimento pediu a água que Jesus tinha para oferecer. Mas, Jesus lhe pediu para chamar o marido e ela disse que não tinha. Jesus ciente disto por ser Deus disse que ela falou a verdade porque ela tinha sido casada cinco vezes e agora vivia com alguém que não era seu marido. Diante da ciência de Jesus ela entendeu que Jesus era profeta. Para de fato receber Jesus como a fonte da Àgua viva a mulher tinha que entender a sua pecaminosidade e Jesus fê-la ao afirmar que ela vivia com alguém que não era seu marido. O pecado faz separação entre o homem e Deus (Rm 3:23) e aquela mulher estava vivendo até aquele momento com um vazio dentro de si por causa do seu afastamento de Deus, da sua vida de pecado. Para o vazio e o pecado ser resolvido é preciso como primeiro passo reconhecer que é pecador e que necessita de um Salvador. O pecado é o principal problema do homem. Até o vazio é decorrência dEle. Sendo o pecado só resolvido na vida da pessoa por meio da fé em Jesus (Ef 2:8 e 9).

A mulher samaritana depois de Jesus ter abordado a questão do pecado dela começa a tocar na questão polêmica para os samaritanos que era o lugar de adoração. Para os samaritanos o local era o monte Gerizim, mas para os judeus era Jerusalém. Percebemos que esta mulher além do pecado, do vazio tinha também uma visão acerca de Deus equivocada como um deus territorial e não um Deus Onipresente. Para verdadeiramente adorar a Deus é preciso conhece-lo. Jesus esclarece a mulher que Deus é Espírito, portanto, não estava restrito a um lugar e o que importava é que se adorasse a Deus em Espírito e em verdade. Sendo em Espírito entende-se que Deus não é limitado nem confinado pelo material. Sendo em verdade é que a adoração precisa ser sincera e conforme a orientação das Sagradas Escrituras e não no erro.

Diante do esclarecimento de Jesus a samaritana fala acerca da sua esperança messiânica e como Messias ensinaria acerca de todas as coisas. Então, Jesus apresenta-se como o Messias e ela crê em Jesus. Neste momento a mulher experimentou pela fé da Água Viva e teve o vazio do seu coração preenchido. Sabemos que Aqueles que se aproximam de Deus devem se aproximar com fé como foi o caso da samaritana quando Jesus se revelou a ela (Hb 11:6).A mulher samaritana teve seu vazio preenchido. Você também pode ser preenchido por Jesus, se você crer nEle.

Tendo o esclarecimento acerca de Jesus a Mulher deixou o cântaro e foi falar para os seus conterrâneos que tinha conhecido o Messias. Esta atitude mostra que houve uma conversão de valores nela que priorizava as suas necessidades emocionais e materiais demonstrada pelo seu interesse na água do poço e no seu relacionamento extraconjugal. Ao conhecer Jesus ela abandona o cântaro e considera como prioritário falar aos seus conterrâneos, que ela evitava por causa da sua condição, mas deixou de teme-los e mostrou priorizar o espiritual apresentando o Messias a eles. Seus valores foram convertidos e o cântaro abandonado mostrou isto. Muitos creram em Jesus por causa da mulher e depois de conhecerem a Jesus creram por conhecerem Ele.

Tendo havido fé a pessoa frutifica obras que demonstram ser ela existente. A mulher samaritana teve entendimento da sua pecaminosidade, do seu vazio, da sua concepção equivocada acerca de Deus e da sua prioridade as coisas materiais e afetivas e ao crer em Jesus teve uma conversão que envolveu todos estes aspectos. A conversão é um giro de 180 graus que acontece quando entregamos a nossa vida a Jesus e muda de forma contundente o sentido de nossa vida. Como aconteceu com a mulher samaritana também pode acontecer com você. Creia em Jesus e seus pecados serão perdoados, terá seu coração preenchido, conhecerá mais a Deus e priorizará o espiritual.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).