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DUPLA CIDADANIA

O cristão é considerado um cidadão de duas Pátrias: a terrena e a celestial (At 16:35-39; Fp 3:20). A Pátria terrena é transitória, porém importante, temos compromissos com as leis que regem nosso sistema político e social. Exercício do voto, o direito de ir e vir, liberdade religiosa são algumas leis que compõem direitos e deveres do cidadão terreno. A cidadania celestial é definitiva, e mais importante, tendo como referência a Bíblia Sagrada. O crente a adquire porque tornou-se filho de Deus por adoção a partir do momento que creu e recebeu Jesus como Senhor. Ao recebe-lo a pessoa adentra no reino de Deus e torna-se cidadão dele.

Quando houver choque entre as duas cidadanias, deve prevalecer a celestial. Porém, num País democrático, tal choque não acontece com frequência, como num sistema ditatorial. Sendo bons cidadãos influenciaremos e usaremos os meios estabelecidos pela Lei do País, para que o nosso País não venha contrariar os valores estabelecidos na Palavra de Deus. Jesus comparou o seu povo como sal e luz (Mt 5: 13-16) mostrando a diferença e salutar característica dos cidadãos celestiais na terra onde vivem. As principais características do sal é dar sabor e preservar o alimento, a da luz vencer a escuridão e trazer uma visão aclarada das coisas. Assim o povo de Deus dá sabor, preserva e ilumina a sociedade onde está inserido.

Uma passagem bíblica esclarecedora do tema é Mateus 22: 15-22 onde os fariseus e os herodianos se juntam para fazer perguntas capiciosas a Jesus para pegarem ele em alguma falha. Eles perguntam a Ele se era lícito pagar impostos a César. Jesus pede a eles para mostrar a moeda do tributo e pergunta a eles de quem era a efígie e a inscrição. Eles respondem que é de César e Jesus brilhantemente afirma – “dai pois a César o que é de César. E a Deus o que é de Deus”. Com esta resposta Jesus mostra como o cidadão celestial deve lidar com a cidadania terrena. O imposto de César, para Jesus era lícito, mas não se deve conferir a César o que é divino como faziam os romanos considerando-o como uma divindade. A Deus o que é de Deus. Não se pode idolatrar o estado e nem considerar o seu governante um deus.

Infelizmente, vemos muitas pessoas que afirmam servir a Deus não cumprir seus deveres como cidadão terreno e nem usam bem os direitos que possuem como tal. São infiéis, mentirosos, desleixados enquanto Jesus ensinou que a palavra do cristão deve ser sim ou não, ou seja, não mentir, ser verdadeiro em tudo o que falar e prometer (Mt 5:37). Paulo, por sua vez, alertou que o servo do Senhor não deve dever nada a ninguém, só o amor, porque amando cumprirá a lei (Rm 13:8). O cidadão do céu deve levar a cidadania terrena a sério e só não obedecer como cidadão quando ordenarem a desobediência a Deus (At 4:19 e 20). A obediência as autoridades é um dever do servo de Deus, pois elas são instituídas por Deus. Suas vidas precisam ser irrepreensíveis para que o nome de Cristo seja glorificado (1 Pe 2:11-25). O exemplo de Cristo deve ser seguido. Ele sofreu o agravo, mas não pecou, deixando para nós suas pisadas para que possamos fazer o mesmo. A palavra cristão traz a ideia da pessoa ser um pequeno Cristo. O termo foi diluído, mas devemos honrá-lo porque não há maior glória do que ser servo e seguidor de Cristo. O Espírito Santo confere virtude para que os servos do Deus sejam testemunhas de Jesus aonde que possam ir até mesmo pagando com a vida por amor a Jesus (At 1:8).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).






A PALAVRA FINAL

Durante a existência recebemos sentenças, veredictos, que podem paralisar ou findar sonhos, projetos e idealizações de uma vida. São palavras que carregam um poder de parecer à palavra final de nossas vidas. São muitas circunstâncias que parecem muitas vezes carregar o poder da sentença final. Entretanto, como servo de Deus, creia sempre que a Palavra Final é de Jesus e não do homem, e nem da circunstância. Confie nEle e apazigue seu coração.

A história da cura da filha de Jairo (Mc 5:21-43) mostra essa tensão entre as circunstâncias que parecem ser definitivas e a palavra final que vem de Jesus. Encontraremos na vida muitos sabe-tudo que declaram saber todos rumos da nossa vida sem considerar à vontade e poder de Deus, que pode mudar vidas e histórias. Vejamos na história de Jairo quem realmente tem a palavra final.

I – A ENFERMIDADE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:21-23 – Jairo procurou Jesus porque a filha dele estava nas últimas, moribunda. Há certas enfermidades, diagnósticos que carregam o peso de algo definitivo. Quando isto acontece façamos como Jairo e busquemos ao Senhor que é O Senhor que cura (Ex 15:26). Muitas vidas sofrem com enfermidades que parecem definitivas e não podem ser mudadas, mas não são elas que tem a palavra final em nossas vidas. Jairo pediu que Jesus fosse a casa dele para impor as mãos sobre ela para que fosse curada. Jesus se propôs a ir e foi com ele.

II – O TEMPO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:23-34 – Jairo estava certamente com pressa. Ele desejava que Jesus chegasse o mais rápido possível em sua casa. Sua filha estava à beira da morte. Mas, Jesus estava comprimido por uma multidão que fazia com que Jesus somente andasse em passos curtos. Ainda aconteceu de Jesus parar a caminhada porque alguém tinha tocado nele e de Jesus havia saído poder. Jesus perguntou quem o havia tocado. A multidão achou estranho a pergunta de Jesus, pois ele estava comprimido pela multidão. A mulher que tocou se manifestou e Jesus conversou com ela. Tudo isto fez com que Jesus se demorasse até a casa de Jairo. Mas, o tempo não teve a palavra final para a filha de Jairo e também não tem para nós servos de Deus.

III – O REALISMO DESESPERANÇOSO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:35 – Assim, que terminou a conversa de Jesus com a mulher, que foi curada de hemorragia, alguém importante da sinagoga procurou Jairo e disse para ele não incomodar mais a Jesus porque a sua filha já estava morta. A notícia deste homem foi verdadeira, a filha de Jairo havia falecido, Ele foi realista, mas não considerou o poder de Jesus que podia mudar e como mudou aquela situação; Ele foi pragmático, realista, mas não havia esperança mais nenhuma em suas palavras. Quantas vezes em situações difíceis pessoas nos apresentam todos os fatos nus e crus sem ter esperança nenhuma abalando nossas expectativas. Mas, como nessa história a palavra final não está com o realismo desesperançoso,

IV – A PALAVRA FINAL NÃO ESTÁ COM O ALVOROÇO – Mc 5:38 – Jesus ao chegar à casa de Jairo com ele e seus discípulos Pedro, Tiago e João encontrou a casa toda agitada. Havia muito choro e desorganização. Muitos ambientes são afetados pelo luto, angústia e desesperança. Mas, o alvoroço não tem a palavra final. O desespero é vencido pelo poder de Jesus, pois é Ele que tem a palavra final. Ele é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1).

V – A MORTE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:39-43 – Aprendemos com a experiência da filha de Jairo que nem mesmo a morte tem a palavra final. Na ocasião da morte e ressurreição de Lázaro, Jesus disse a respeito de si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11:25). Aquele que crê em Jesus ainda que venha a morrer, estará imediatamente na presença de Deus desfrutando de uma vida plena.  A morte não é o fim daquele que crê em Jesus, porque a morte não tem a palavra final na vida do crente. Quando o luto vier, tenhamos confiança acerca da vida que partiu no Senhor, que ele está desfrutando das bênçãos incontáveis de Deus. A filha de Jairo foi ressuscitada por Jesus, que morreu a nossa morte para que tenhamos sua vida, que é eterna.

VI – AS MANIFESTAÇÕES DA INCREDULIDADE NÃO TÊM A PALAVRA FINAL – Mc 5:38-42 – Na caminhada de fé lidamos diretamente com manifestações da incredulidade. Jesus ao afirmar que a menina não estava morta, mas dormia, fez com que os incrédulos debochassem de Jesus rindo. Jesus disse que ela dormia, pois queria dizer, que ela não ficaria permanentemente morta, pois Ele a ressuscitaria. A casa de Jairo estava em turbulência, portanto Jesus fez que entrasse com Ele no quarto os discípulos Pedro, Tiago e João e os pais da menina. Os incrédulos não puderam ver a ressuscitação. Só viram depois a menina viva. A incredulidade é como um balde de água fria no corpo quente. Ela tende atacar diretamente a fé do crente, mas é Jesus que tem a Palavra final e Ele disse para Jairo e diz o mesmo para nós – “Não temas, mas crê somente” (Mc 5:36).

Eu já recebi sentenças, veredictos em minha vida. Uma que me marcou muito e que foi para mim como uma punhalada no estomago, eu senti um punhal em mim, foi quando a pessoa disse que desse jeito você nunca será pastor. Pouco dias depois meu nome foi levado a assembleia da igreja e eu fui aprovado. A história de Jairo nos ensina que devemos ficar com a Palavra de Deus – “Não temas, mas crê somente”. Diante de sentenças fique com a Palavra de Deus. “O justo viverá pela fé” (Rm 1:17). Ã justificação diante de Deus é por meio da fé e toda caminhada deve ser por fé. Não estou ensinando a irresponsabilidade, mas que a Palavra Final é de Jesus, e se Ele disse algo para você, fique com esta Palavra e não retroceda quando alguém vier com uma palavra que parece ser a última, mas não é. Apesar de estar enfatizando a palavra final verifique se você começou a caminhada com Jesus, pois Ele disse que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas (Ap 1:8). O que Jesus começa não deixa pela metade, mas conclui. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele em que vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1:6). Se você começou algo em Cristo tem a certeza que a Palavra Final também pertence a Ele.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

A CELEBRAÇÃO DO NATAL

No natal é pertinente lembrar que o primeiro milagre realizado por Cristo foi em uma celebração de casamento. A presença dEle fez diferença naquela festa (Jo 2:1-12). Quando você for celebrar o natal busque a presença dEle, pois Ele traz vida a quem crê nEle. Certifique-se que haverá um momento de celebração pelo nascimento de Cristo. Louvores, orações, reflexão da Palavra e o amor fraternal são características importantes que não devem faltar. Talvez haja em sua celebração ausências sentidas por você, mas se você tem Jesus como Senhor é certo que Ele estará presente com você na celebração do natal (Mt 28:20 b). 

Milagre traduz uma palavra grega, que literalmente, significa sinal. O milagre na boda foi um sinal que apontou para Jesus e quem de fato Ele é. No natal também se comemora milagres como a encarnação de Cristo (1 Jo 1:1-4) e o seu nascimento de uma virgem (Mt 1:18-25). Eles mostram a natureza Divina de Cristo e que apesar disto decidiu viver entre nós para redimir aqueles que creem nEle. Os sinais registrados nas Escrituras segundo João foram para testificar que de fato Jesus é o Messias e para quem crer em seu nome recebesse a vida eterna e abundante de Deus (Jo 20: 30-31).

Na celebração que Jesus participou em Caná houve a escassez de um elemento que era importante numa festa, o vinho, mas porque Jesus estava presente houve a provisão. No natal que você está celebrando pode acontecer de você enfrentar dificuldades e até crises em sua realização, mas se Jesus está presente em Espírito, a maior das provisões (Jo 6:35), que é a espiritual, não faltará no seu lar. Tenha certeza também que se Ele supre com o espiritual pode também suprir com o material (Fp 4:19).

Quando Maria comunicou a Jesus que estava faltando vinho Ele respondeu que havia um tempo determinado para que Ele manifestasse seus sinais. Sobre o natalício de Cristo, Paulo fala que jesus veio na Plenitude dos tempos, ou seja, no momento exato que Deus havia determinado (Gl 4:4-7). O ambiente histórico da época como o helenismo, a cultura romana e judaica propiciou que a mensagem de Cristo atingisse todo o mundo e por todas gerações seguintes. O nascimento de Cristo aconteceu no momento exato que tinha para acontecer.

Como escrevi a presença de Jesus na boda fez toda diferença, mas algo importante a ressaltar é que Jesus deixou de ser apenas um convidado do casamento para manifestar seu senhorio. Maria orientou aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse e por isso Jesus operou o milagre. Temos que confiar na Soberania de Deus. O natal também demonstra que Deus é O Senhor da história e que Ele realiza as coisas segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1 e 2). O nascimento de Jesus não foi um nascimento de mais um menino, mas o momento do maior evento da humanidade que foi Deus ter tomado a forma humana.

O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade nascendo numa estrebaria, deitado numa manjedoura entre os animais (Lc 2:6 e 7), visitado por pastores, mas o poder de Deus foi manifestado em meio a esse ambiente, como a estrela guiando os magos (Mt 2:1 e 2), o anúncio dos anjos aos pastores (Lc 2:8-20) etc. No casamento em Caná da Galileia Jesus usou seis potes de pedras e pediu que os enchessem de água e assim transformou água em vinho. As vasilhas eram usadas para a cerimônia de purificação, mas Jesus transformou a água no melhor vinho experimentado. A glória de Deus se manifestou e assim os discípulos creram nele. A mensagem que o natal mostra é que Deus habitou entre nós e em meio as coisas simples da vida Ele transforma vidas de forma semelhante a água que se transformou em vinho. Aleluia!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

AS BOAS OBRAS DE DEUS

Muitas pessoas foram trazidas a Jesus e voltavam de outro jeito. Jesus superava as expectativas. Certa ocasião em que Jesus curou um surdo e gago a multidão exclamou: Tudo Ele faz bem (Mc 7:31-37). A nossa confiança deve estar nisto: Tudo que Jesus faz, faz bem feito, faz o melhor. Os pensamentos do Senhor superam nossos pensamentos (Ef 3:20 e 21) e por isto devemos crer que ele sempre faz tudo cooperar para o bem (Rm 8:28). A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2).

A nossa visão imediatista não enxerga além do fato ocorrido. Nossas percepções focalizam o momento e não o quadro geral. É preciso não sentenciar e não fazer afirmações peremptórias, pois o que é hoje, pode não ser mais amanhã. Confiar no trabalho de Deus e na Soberania dEle é a melhor resposta para o aqui e agora. O que não entendemos neste momento, entenderemos mais tarde (Jo 13:7). José quando sonhou era ainda jovem, mas sofreu muitos reveses na vida, que pareceram o seu fim, mas não foi. Ao chegar à maturidade a promessa de Deus se cumpriu e ele se tornou governador do Egito.

É preciso ter uma mentalidade bíblica da vida. A visão de Deus acerca de tudo está nela. Está transformação de entendimento é o que se chama de santificação, que é um processo onde a salvação que ocorreu por meio de Cristo se desenvolve em todas as áreas do convertido. O crente em Jesus não vive do que vê, mas do que não vê (2 Co 5:7), que é a fé em Jesus. Na obra do Pequeno Príncipe tem uma frase que afirma, que o essencial é invisível aos olhos, e de fato é assim. Mas, isto não significa que o crente fique às escuras, pelo contrário, ele pela fé enxerga o espiritual e caminha para o alvo, que é Cristo.

Ao afirmar, que Deus faz tudo bem feito, precisamos lembrar que as obras de Deus demonstram quem Ele é. Ele faz tudo bem porque é perfeito, suas obras são boas, porque Ele é bom (Tg 1:17). Ele faz maravilhas, porque é Maravilhoso (Is 9:6). Como diz um cântico: “não há Deus maior, não há Deus melhor”. Nem sempre o maior é o melhor, mas com Deus não é assim. Ele é o maior e é o melhor. Não há ninguém semelhante a Ele. Podemos nos agarrar ao caráter de Deus, que é imutável. Em salmos muitas vezes Deus é comparado a uma rocha, devido a Sua Imutabilidade e Eternidade.

As boas obras de Deus na vida dos Seus servos têm o propósito de tornar o crente mais e mais parecido com Jesus. Este é o supremo propósito de Deus. Todo o Seu trabalho coopera para que Sua boa vontade se cumpra. Então, mesmo quando não parecer, o propósito está em execução. Nada, é por acaso. Não existe para o crente sorte ou azar, mas sim a Providência Divina em ação. Quando pedirmos bênçãos a Deus peçamos para que o Pai seja glorificado no Filho, pois quando parecermos mais semelhantes a Cristo, Ele será glorificado em nós (Jo 13;13 e 14).

A paz advirá da certeza que Deus faz tudo bem. A convicção da Soberania de um Deus bom trará a certeza que tudo que virá dEle será bom. Nem sempre as circunstâncias demonstram isso, mas que a convicção seja maior do que a dúvida. Que a fé na Palavra de Deus suplante as circunstâncias e assim a paz de Deus guardará os pensamentos e os sentimentos do crente (Fp 4: 7). Aquele que dúvida é semelhante as ondas que são levadas pelos ventos, mas o que crer ficará firme agarrando-se as promessas do Deus, que faz tudo bem (Tg 1:6 e 7). Como é bom viver nas mãos de Deus cuja paz independe das circunstâncias. A segurança que advém dEle é real e exequível na vida de quem crê porque ela é miraculosa.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VENCENDO AS OPOSIÇÕES

Creio que seja difícil enfrentar uma situação, onde os inimigos sejam multiplicados, como Davi descreve no salmo 3, dentre os inimigos, o principal foi seu próprio filho Absalão. Entretanto, Davi afirmou que Deus era seu Escudo e que o sustentava durante o sono. Quando os problemas se multiplicarem, que a nossa confiança em Deus seja maior. Ele é o nosso General, a nossa Salvação em todas as épocas incluindo as épocas adversas que os inimigos se multiplicam.

Como no caso do salmo 3, o conflito pode ser com o da própria casa. Aquele que comia no prato contigo (Sl 41:9). Deus não é um expectador de inimizades, mas aquele que trabalha em favor dos que creem. As situações adversas são usadas por Ele para o aperfeiçoamento e preparo do crente em Jesus, para cumprir os propósitos dEle (Rm 8:28). Nada na vida do servo de Deus acontece por acaso, O Deus da providência atua cumprindo Sua vontade.

O crente em Jesus não deve estranhar o fato de ser desconsiderado, perseguido. Antes de Cristo ele pertencia ao reino das trevas. Ao se converter foi transportado para o reino do Senhor. Portanto, ele passa a ser confrontado pelo reino que deixou, mas ele recebe em Cristo a certeza da vitória sobre satanás e o sistema mundano deste mundo. É digno de destaque que Jesus inclui a perseguição por causa dEle como bem-aventurança (Mt 5:10-12). A identificação do crente com Jesus faz com que sofra com perseguição, mas isto deve ser motivo de alegria porque é pela causa de Cristo, que ele é perseguido (Jo 15:18-25). A carta de Paulo aos Filipenses foi escrito quando ele estava preso, mas apesar disto a sua ênfase e principal temática foi a alegria (Fp 4:4).

Algo digno de destaque é que as inimizades, perseguições não se resumem aos seus aspectos humanos, materiais, sociais e políticos. Enquanto há a inimizade aqui, algo acontece no mundo espiritual e por isto Paulo destacou que a nossa luta não é contra a carne e nem contra o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6:12). Não se deve alimentar o sentimento de antagonismo contra as pessoas, mas discernir os aspectos espirituais dos conflitos. Portanto, ore pelos seus relacionamentos e abençoe aqueles que não te querem bem.

As armas de combate do cristão são diferentes das armas que seus opositores usam. O mal não se combate com o mal, pois se assim for o crente seria derrotado. O cristão deve fazer de tudo o que é possível para ter paz. Não a alcançando, suas reações devem ser com o bem (Rm 12:17-21). Ao agir assim, o opositor poderá cair em si, pois sua consciência falará diante da reação positiva e propositiva do cristão. Ao combater com o bem estará agindo com graça, a mesma graça que recebeu de Deus na salvação de sua alma.

O amor de Deus pela humanidade revelado por Jesus (Jo 3:16; Rm 5:8) deve ser evidenciado pelo crente que recebeu de Jesus o mandamento de amar ao próximo como Deus lhe amou (Jo 15:12). Os discípulos são reconhecidos pela forma como amam (Jo 13:35). O amor é uma marca distintiva do cristão. Antigamente, igrejas davam aos seus membros uma carteirinha de identificação, os servos de Deus amando serão identificados como tais, Que não seja o temperamento explosivo, que não seja reconhecido pelas palavras duras, mas seja o amor na prática que se destaque em você. As habilidades, os dons são necessários, mas soarão desafinados se na sua vida todos os relacionamentos estão quebrados pela ausência do amor na prática. Vença pelo amor. Assim, aquele que hoje é seu adversário poderá ser transformado pelo seu exemplo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

A CONSOLAÇÃO DA RESSURREIÇÃO

As mensagens centrais do cristianismo são o sacrifício vicário de Cristo (1 Co 2:2) e sua ressurreição (1 Co 15:22). São elementos diferenciadores do cristianismo comparado com as outras religiões. A crucificação foi o modo de Jesus redimir a todo aquele que crê nEle. O Túmulo vazio é um grande brado para a humanidade (Jo 20:6-10)! Jesus ressuscitou! A morte não derrotou Jesus. Consolado por Deus é aquele que crê e fundamenta a sua vida no perdão dos pecados ocorridos na cruz e na ressureição que outorga poder para uma nova vida a todo aquele que crê em Jesus.

Os grandes líderes que a humanidade conheceu, morreram, mas Jesus morreu e ressuscitou! Paulo viu Cristo ressurreto e afirmou que vã seria nossa fé se Jesus não ressuscitasse (1 Co 15:14). A ressurreição de Cristo deve sempre nos animar, pois nos dá a certeza que o nosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co 15:58), e que também nós ressuscitaremos no dia que Cristo voltar, ou seremos arrebatados se estivermos vivos. A morte não tem a palavra final para o crente, porque aquele que crê em Cristo também ressuscitará e estará para sempre com Deus (Jo 11:25). A partir do momento que creu o crente recebeu a vida eterna, que o fará permanecer em Cristo para sempre.

O consolo que a ressurreição traz é impar. Entender que a morte não tem a palavra final faz com que a vida tenha propósito, pois há um além em Jesus onde todas as dificuldades e lutas desaparecerão e os que estão nEle terão alegria e paz incomparáveis com as terrenas. O pó voltará ao pó, mas o espírito a Deus, que o deu (Ec 12:7). Os salvos desfrutarão dos céus, os perdidos da condenação eterna. Deus ao enviar Jesus foi o deu a todos, mas somente aqueles que recebem Jesus como Senhor será salvo (Rm 10:9).

A esperança em Cristo é viva (1 Pe 1:3) porque Ele está vivo e quem o recebe ganha vida eterna abundante (Jo 10:10). Como entoa o cântico “porque Ele vive posso crer no amanhã”. A vida eterna flui para sempre. Nada a interrompe. A morte não a extingue. Pelo contrário, a morte quando acontece em Cristo há um desfrute da vida plena imediatamente. É fechar os olhos na terra e imediatamente abrir na presença de Deus. Na vida enfrentamos muitas dificuldades, mas todas elas serão vivenciadas com esperança para aqueles que creem em Cristo. Porque as tribulações neste mundo não podem ser comparadas com a glória que terão os que creem nEle (Rm 8:18).

Uma questão fundamental que a ressurreição traz é a certeza da presença de Jesus com a Sua Igreja e com cada crente que participa dela. Jesus está presente por meio do Espírito Santo que habita naquele que crê em Jesus (1 Co 6:19 e 20; Rm 8:14-16). Esta presença é garantia que a Igreja, e por sua vez o crente, terá poder para cumprir a obra de Deus na terra. Na proclamação, na missão de fazer discípulos e na prática da vida de Deus no crente há a presença poderosa e confortadora de Jesus. (Mt 28:18-20). A ressurreição de Cristo traz a certeza inabalável que todo crente que descansa no Senhor também ressuscitará e será semelhante a Cristo, pois só assim poderá vê-lo (1 Jo 3:2). Quem crê em Jesus pode estruturar toda a sua vida nesta esperança, pois é fiel e verdadeira. Creia na obra de Jesus realizada na crucificação, na ressurreição e receba a consolação.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A VERDADEIRA LIBERDADE

Ser livre é fazer tudo o que se quer? Mas quem quer? O que se quer? O ato aprisiona ou liberta? O que muitos pensam ser liberdade na verdade é libertinagem. Muitos estão escravizados aos seus desejos e por isso fazem o que fazem. Para não encararem a sua escravidão dizem que assim fazem porque são livres. Mas esta liberdade, chamada por eles, é uma verdadeira prisão porque estão presos a essas atitudes pecaminosas.
Na verdade, nesta questão só existem dois lados: ou se é escravo do pecado ou se é servo de Cristo. Não existe um meio-termo. Ou é um, ou é outro. O escravo do pecado não é livre porque é um rendido a natureza pecaminosa que o domina. Ele é um preso (Jo 8:34).Mas, ser servo de Cristo é ser livre, porque foi liberto da escravidão do pecado, e do domínio da natureza pecaminosa (Gl 5:1). Agora, ele quer a Vontade de Deus de forma voluntária, pois tem O Espírito de Deus. E como diz a Palavra: onde o Espírito está aí à liberdade (2 Co 3:17).
Um exemplo de liberdade cristã são Paulo e Silas na ocasião em que foram presos em Filipos (At 16:16-40). Apesar da prisão injusta, dos açoites imerecidos, eles a meia-noite louvaram ao Senhor cantando hinos e de repente houve um grande terremoto que quebrou todos os grilhões. O carcereiro tomado de pavor com receio que todos fugissem tentou dar cabo da própria vida e foi justamente Paulo e Silas que impediram o suicídio daquele que os aprisionava. Paulo e Silvas estavam presos, mas eram verdadeiramente livres. Tanto que pregaram o evangelho ao carcereiro que se converteu com toda sua família. Eles mesmo estando numa situação limitante mostraram que os servos de Cristo são verdadeiramente livre mesmo numa prisão.
A verdadeira liberdade vem de Deus. O homem por si só não alcança esta liberdade. Os céus são abertos para quem crê em Jesus e a pessoa passa a viver na perspectiva celeste (Jo 1:51). A dimensão da concupiscência carnal não domina mais, pois o crente é um ser espiritual, nascido de novo pelo Espírito Santo. O velho homem foi sepultado com Cristo e ressuscitou com Jesus para uma nova vida. Não significa que não pecará mais, mas que o pecado não domina mais o seu ser que foi liberto (1 Jo 5:18),
A Palavra de Deus revela acerca da vida de liberdade em Cristo. Ela é a verdade e quem a crê e pratica viverá em liberdade (Jo 17:17. Jo 8:32). A cegueira espiritual não domina mais a vida daquele que compreende as coisas espirituais. As escamas caíram, e agora a pessoa que crê adentra no conhecimento profundo das coisas espirituais. Gerações e gerações têm experimentado a libertação que a Palavra de Deus traz. O pecado parece ser uma atitude libertária, mas é uma prisão. A Palavra de Deus, sim, quando compreendida os grilhões se quebram e a vida caminha em liberdade.
Algo que também aprisiona é a concepção de que a vida liberta é uma vida que desfruta de poucos limites ou até nenhum. Para eles a liberdade não traz frustrações ou limites, por essa visão, a liberdade é associada a riqueza, prosperidade e sucesso, Mas, na prática vemos que o índice de suicídio entre pessoas ricas e abastadas é grande. Pois, pensando elas que tendo alcançado o auge perceberam que o vazio continuava. A verdadeira liberdade não necessariamente é desfrutada por ricos e pessoas de sucesso. Ela começa dentro e se exterioriza nas atitudes e pensamentos. O amor ao dinheiro e ao sucesso são também prisões e o amor a eles são as raízes de todos os males (1 Tm 6:9 e 10).
A verdadeira liberdade vem de Deus por meio de Cristo. Aquele que crê no Jesus que a Bíblia revela é libertado das cadeias interiores e passa a viver na liberdade do Espírito Santo. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

RELACIONAMENTO COM DEUS

É necessário que tenhamos um relacionamento pessoal com Deus, sejam quais forem as circunstâncias: boas ou más. A intimidade com Deus nos ajudará a vencer os desafios que as circunstâncias trazem. A vida com seus desafios e complexidades precisa ser vivenciada com sabedoria. As atitudes, reações e escolhas vão cooperar muito para que tenhamos uma vida sábia ou não.  O pedido a Deus de Moisés no Salmo 90, versículo 12, faz todo sentido nesta vida desafiadora: “Ensina-nos a contar os dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”

Muita gente se acostuma se relacionar com Deus através de terceiros, usando a fé do outro como uma espécie de muleta. Entretanto, Deus deseja que cada um tenha um relacionamento pessoal com Ele. Deus precisa ser o Nosso Deus e não apenas o Deus do outro. A vida não é um ensaio. Ela é a vera, real. Uma atitude pode mudar toda uma trajetória. Ter Deus como guia e Senhor fará toda diferença como é a diferença entre a vida e morte (Ef 2:1-10). Sem Cristo a morte espiritual permanece. Com Cristo há vida espiritual.

A questão é que se precisa tomar uma posição em relação a vida espiritual. Aquele que busca uma neutralidade na vida está do lado oposto de Deus. Não tomar uma posição ao lado de Cristo é permanecer na morte espiritual (Jo 3:36). A separação de Deus é a realidade da humanidade. Só aqueles que creem em Cristo são aproximados de Deus por meio do Espírito Santo que convence (Jo 16:8-11) da obra expiatória de Cristo na cruz. Jesus pagou o preço com a Sua própria vida para reconciliar o homem a Cristo (2 Co 5:18-21). A Igreja dEle recebeu a mensagem da reconciliação que uma vez crida aproxima o homem de Deus.

Cada pessoa prestará conta de si mesma a Deus (Rm 14:12). Mas, aquele que alcançar a salvação deve pregar as boas-novas a outros para que tenham um relacionamento com Deus. Compartilhar a fé é a marca de que a pessoa foi transformada por Deus e passou ter um relacionamento com Ele. A ação do Espírito naquele que crê são os rios de águas vivas que fluem no interior fazendo com que a mensagem de salvação seja vivenciada e compartilhada nos relacionamentos do crente (Jo 7:37 e 38). Não se pode calar acerca do que se vê e se experimenta no relacionamento com Deus, pois importa mais obedecer a direção do Espírito do que ceder as pressões dos homens (At 5:29). É importante ressaltar que relacionar-se com Deus não tem apenas o sentido vertical, ou seja, com Ele, mas também tem o sentido horizontal, com o próximo. Quem conhece a Deus por meio de Jesus quer fazê-lo conhecido.

Outro aspecto importante é, que o relacionamento com Deus só é possível por causa dEle, pois a iniciativa de redenção foi do próprio Deus. A Graça de Deus é a causa da vida espiritual em Cristo porque nada há no homem de mérito ou ação para alcança-lo. Mas, como afirmou Billy Graham a salvação é pela Graça, mas o discipulado custa tudo. O crente como discípulo tem que viver com as prioridades acertadas e ser disciplinado em cultivar uma vida devocional com Deus. O “a sós com Deus”, que é um momento que se dedica para oração e leitura da Palavra, precisa ser cultivado. A vida precisa ser consagrada a Deus e a reserva de um tempo com Deus é essencial. Priorize um tempo adequado, verdadeiro e exclusivo para que você desfrute da intimidade com Deus e assim cresças e prossiga neste crescimento de Deus em tua vida.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

PERDÃO : RESPONDENDO A GRAÇA DE DEUS COM GRAÇA.

Qual é a maior referência que temos de perdão? Vem do homem? Não, vem de Deus. O padrão do perdão não é humano, mas Divino. Como Deus nos perdoou em Jesus devemos perdoar. Para obtermos o perdão de Deus, Ele enviou Seu Filho Jesus. Deus, que nunca pecou, poderia ter destruído a humanidade ou a largado a própria sorte, mas pelo Seu caráter amoroso providenciou a remissão através de Jesus. Só com Deus está o perdão e por isto devemos teme-lo (Sl 130:4).

Diante da ofensa não se baseie em raciocínio e lógica humana, aja pela fé, perdoe, depois o sentimento acompanhará. Se tentares perdoar baseando no que você sente não conseguirá. Nossas emoções são inconstantes e variam de acordo com o momento. O perdão é uma questão de fé (Lc 17:1-6) na obra sacrificial de Cristo, que perdoa os que creem e se arrependem.

Por mais que a pessoa seja de índole tranquila e mansa ela por si não tem a natureza perdoadora. A natureza humana é vingativa e tende a guardar mágoa e rancor. Muitas vezes situações, que evocam a mágoa ocorrida, faz com que se reviva as situações mal resolvidas fazendo com que o ofendido lance acusações acerca da mágoa. A ausência de perdão impede que nossas orações sejam atendidas por Deus (Mt 6:14 e 15). Deus deixa de perdoar porque o suplicante não perdoa. A questão é não nos concentrarmos nas ofensas, mas no amor de Deus pelos homens que foi provado na cruz (Jo 3:16). Não é questão de merecer ou não o perdão. O perdão é por graça. Graça que foi manifestada por Cristo.

As doenças causadas pela falta de perdão é uma realidade. A amargura adoece e contamina as pessoas ligadas diretamente e até indiretamente as situações mal resolvidas (Hb 12:15). Uma família inteira, uma igreja, uma cidade, um País, um continente e até a história mundial pode sofrer consequências da falta de perdão. Na Bíblia, vemos isto acontecer. Por exemplo, as questões entre Esaú e Jacó perduraram nas nações decorrentes deles por gerações. O conflito entre Isaque e Ismael perduram até os dias de hoje. Jesus contou a parábola do credor incompassivo em Mateus 18: 23 a 35 que ilustra o efeito do não perdão. O credor devia ao Rei uma dívida impagável. O Rei misericordioso o perdoou. O credor depois encontrou alguém que lhe devia muito menos e não agiu de misericórdia com ele lançando-o na prisão. Quando o Rei soube disto, chamou o credor e o repreendeu duramente, recobrando a dívida, que lhe foi perdoada e o lançou na prisão para sofrer nas mãos dos carcereiros. Quem tem consciência do perdão Divino deve perdoar seus ofensores, que o devem muito menos que ele devia a Deus. É agir com Graça, como ele recebeu de Deus. O contrário disto é ingratidão. As orações daquele que não perdoa não serão atendidas por Deus enquanto a falta de perdão permanecer.

A graça de Deus não só se manifesta na salvação de alguém, mas também no desenvolvimento da salvação da pessoa. É preciso crescer na graça e vivenciar a graça de Deus em seus relacionamentos. Se assim não for cairá no erro do credor incompassivo. A vida de Deus não pode ser vivida usando um conta-gotas, mas sim de forma transbordante como é a Graça na vida de quem crê.

Faça uma autoavaliação sobre sua vida e encare o problema do perdão nos relacionamentos que você vivenciou. Jesus afirmou que bem-aventurados são os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mt 5:7). Portanto, nada de combater o mal a ferro e fogo, mas aja com as armas do bem. Quem combate o mal com mal é derrotado pelo mesmo (Rm 12:17-21).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).