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DUPLA CIDADANIA

O cristão é considerado um cidadão de duas Pátrias: a terrena e a celestial (At 16:35-39; Fp 3:20). A Pátria terrena é transitória, porém importante, temos compromissos com as leis que regem nosso sistema político e social. Exercício do voto, o direito de ir e vir, liberdade religiosa são algumas leis que compõem direitos e deveres do cidadão terreno. A cidadania celestial é definitiva, e mais importante, tendo como referência a Bíblia Sagrada. O crente a adquire porque tornou-se filho de Deus por adoção a partir do momento que creu e recebeu Jesus como Senhor. Ao recebe-lo a pessoa adentra no reino de Deus e torna-se cidadão dele.

Quando houver choque entre as duas cidadanias, deve prevalecer a celestial. Porém, num País democrático, tal choque não acontece com frequência, como num sistema ditatorial. Sendo bons cidadãos influenciaremos e usaremos os meios estabelecidos pela Lei do País, para que o nosso País não venha contrariar os valores estabelecidos na Palavra de Deus. Jesus comparou o seu povo como sal e luz (Mt 5: 13-16) mostrando a diferença e salutar característica dos cidadãos celestiais na terra onde vivem. As principais características do sal é dar sabor e preservar o alimento, a da luz vencer a escuridão e trazer uma visão aclarada das coisas. Assim o povo de Deus dá sabor, preserva e ilumina a sociedade onde está inserido.

Uma passagem bíblica esclarecedora do tema é Mateus 22: 15-22 onde os fariseus e os herodianos se juntam para fazer perguntas capiciosas a Jesus para pegarem ele em alguma falha. Eles perguntam a Ele se era lícito pagar impostos a César. Jesus pede a eles para mostrar a moeda do tributo e pergunta a eles de quem era a efígie e a inscrição. Eles respondem que é de César e Jesus brilhantemente afirma – “dai pois a César o que é de César. E a Deus o que é de Deus”. Com esta resposta Jesus mostra como o cidadão celestial deve lidar com a cidadania terrena. O imposto de César, para Jesus era lícito, mas não se deve conferir a César o que é divino como faziam os romanos considerando-o como uma divindade. A Deus o que é de Deus. Não se pode idolatrar o estado e nem considerar o seu governante um deus.

Infelizmente, vemos muitas pessoas que afirmam servir a Deus não cumprir seus deveres como cidadão terreno e nem usam bem os direitos que possuem como tal. São infiéis, mentirosos, desleixados enquanto Jesus ensinou que a palavra do cristão deve ser sim ou não, ou seja, não mentir, ser verdadeiro em tudo o que falar e prometer (Mt 5:37). Paulo, por sua vez, alertou que o servo do Senhor não deve dever nada a ninguém, só o amor, porque amando cumprirá a lei (Rm 13:8). O cidadão do céu deve levar a cidadania terrena a sério e só não obedecer como cidadão quando ordenarem a desobediência a Deus (At 4:19 e 20). A obediência as autoridades é um dever do servo de Deus, pois elas são instituídas por Deus. Suas vidas precisam ser irrepreensíveis para que o nome de Cristo seja glorificado (1 Pe 2:11-25). O exemplo de Cristo deve ser seguido. Ele sofreu o agravo, mas não pecou, deixando para nós suas pisadas para que possamos fazer o mesmo. A palavra cristão traz a ideia da pessoa ser um pequeno Cristo. O termo foi diluído, mas devemos honrá-lo porque não há maior glória do que ser servo e seguidor de Cristo. O Espírito Santo confere virtude para que os servos do Deus sejam testemunhas de Jesus aonde que possam ir até mesmo pagando com a vida por amor a Jesus (At 1:8).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).






VENCENDO AS OPOSIÇÕES

Creio que seja difícil enfrentar uma situação, onde os inimigos sejam multiplicados, como Davi descreve no salmo 3, dentre os inimigos, o principal foi seu próprio filho Absalão. Entretanto, Davi afirmou que Deus era seu Escudo e que o sustentava durante o sono. Quando os problemas se multiplicarem, que a nossa confiança em Deus seja maior. Ele é o nosso General, a nossa Salvação em todas as épocas incluindo as épocas adversas que os inimigos se multiplicam.

Como no caso do salmo 3, o conflito pode ser com o da própria casa. Aquele que comia no prato contigo (Sl 41:9). Deus não é um expectador de inimizades, mas aquele que trabalha em favor dos que creem. As situações adversas são usadas por Ele para o aperfeiçoamento e preparo do crente em Jesus, para cumprir os propósitos dEle (Rm 8:28). Nada na vida do servo de Deus acontece por acaso, O Deus da providência atua cumprindo Sua vontade.

O crente em Jesus não deve estranhar o fato de ser desconsiderado, perseguido. Antes de Cristo ele pertencia ao reino das trevas. Ao se converter foi transportado para o reino do Senhor. Portanto, ele passa a ser confrontado pelo reino que deixou, mas ele recebe em Cristo a certeza da vitória sobre satanás e o sistema mundano deste mundo. É digno de destaque que Jesus inclui a perseguição por causa dEle como bem-aventurança (Mt 5:10-12). A identificação do crente com Jesus faz com que sofra com perseguição, mas isto deve ser motivo de alegria porque é pela causa de Cristo, que ele é perseguido (Jo 15:18-25). A carta de Paulo aos Filipenses foi escrito quando ele estava preso, mas apesar disto a sua ênfase e principal temática foi a alegria (Fp 4:4).

Algo digno de destaque é que as inimizades, perseguições não se resumem aos seus aspectos humanos, materiais, sociais e políticos. Enquanto há a inimizade aqui, algo acontece no mundo espiritual e por isto Paulo destacou que a nossa luta não é contra a carne e nem contra o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6:12). Não se deve alimentar o sentimento de antagonismo contra as pessoas, mas discernir os aspectos espirituais dos conflitos. Portanto, ore pelos seus relacionamentos e abençoe aqueles que não te querem bem.

As armas de combate do cristão são diferentes das armas que seus opositores usam. O mal não se combate com o mal, pois se assim for o crente seria derrotado. O cristão deve fazer de tudo o que é possível para ter paz. Não a alcançando, suas reações devem ser com o bem (Rm 12:17-21). Ao agir assim, o opositor poderá cair em si, pois sua consciência falará diante da reação positiva e propositiva do cristão. Ao combater com o bem estará agindo com graça, a mesma graça que recebeu de Deus na salvação de sua alma.

O amor de Deus pela humanidade revelado por Jesus (Jo 3:16; Rm 5:8) deve ser evidenciado pelo crente que recebeu de Jesus o mandamento de amar ao próximo como Deus lhe amou (Jo 15:12). Os discípulos são reconhecidos pela forma como amam (Jo 13:35). O amor é uma marca distintiva do cristão. Antigamente, igrejas davam aos seus membros uma carteirinha de identificação, os servos de Deus amando serão identificados como tais, Que não seja o temperamento explosivo, que não seja reconhecido pelas palavras duras, mas seja o amor na prática que se destaque em você. As habilidades, os dons são necessários, mas soarão desafinados se na sua vida todos os relacionamentos estão quebrados pela ausência do amor na prática. Vença pelo amor. Assim, aquele que hoje é seu adversário poderá ser transformado pelo seu exemplo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VIVENDO NO REINO DE DEUS

Desejar o avanço do Reino de Deus aqui na terra é desejar que a Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo estejam acima dos valores terrenos em nossa vida (Rm 14:17). Os interesses espirituais devem ser maiores que os terrenos. Paulo escreveu que as questões periféricas, não essenciais, não deveriam dominar a nossa vida cotidiana, a ponto de prejudicar a presença da Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo. É um bom termômetro espiritual para nossa vida espiritual, observar se essas características estão prevalecendo em nossa vida, ou se estamos envolvidos com questões menores que prejudicam a nossa vida espiritual e a comunidade. O capítulo 14 de Romanos trata da questão da intolerância de crentes, mais experimentados, para com aqueles que eram mais suscetíveis ao escândalo, no tocante a observância da lei como as restrições alimentares, a guarda do sábado e de outros dias especiais.

Vejamos a característica da justiça. Sem dúvida tal justiça não é a proveniente dos homens, que tem o seu papel na sociedade, mas sim, aquela que provém da justificação por Cristo recebida pela fé (Rm 1:17).  A ética cristã tem como essencial a justiça de Deus. Sem a justificação permanece a condenação eterna, que impede o acesso ao reino de Deus (Jo 3:17-21). No reino o servo de Deus não tem balança enganosa (Pv 11:1). O crente em Jesus está aliançado com O Senhor e assim a justiça se evidenciará em suas relações. Os relacionamentos são lugares onde os servos de Deus são testados para que possam praticar a justiça semeando as virtudes do reino de Deus na terra.

Vejamos agora a paz proveniente do Espírito Santo. A paz é uma das características do fruto do Espírito no crente (Gl 5:22). Ela independe das circunstâncias, mas influencia o ambiente e as pessoas que tem o contato com o crente pacificador. Jesus ressaltou que a Paz que Ele dá não é a paz que o mundo conhece, mas é sobrenatural vinda de Deus para quem crê em Jesus (Jo 13:27). O crente em Jesus deve buscar sempre a paz com todos os homens fazendo o que for possível para alcança-la (Rm 12:18). O autor de Hebreus coloca a paz juntamente com a santificação como característica daqueles que um dia verão o Senhor (Hb 12:15). Fica entendido, que a paz de Deus é aliançada com a verdade, com a justiça. O pacificador segundo Deus não transige com o pecado. Não é porque ele seja pacífico, que ele abrirá mão da santificação para ter paz, pelo contrário, a paz que ele tem será aliançada com a justiça e verdade presente na santificação.

Também algo marcante no reino de Deus é a alegria proveniente do Espírito Santo. Uma vida, que entende que o reino de Deus consiste em regras e preceitos, sem a Graça de Deus viverá uma vida legalista sem desfrutar da alegria. Paulo ressalta, que o reino de Deus tem como uma das características a alegria, que independe das circunstâncias (Hc 3:17-19). Ela é possível de ser vivenciada até em momentos adversos como a escassez. A carta aos Filipenses escrita por Paulo, quando ele estava preso deixou o imperativo: alegrai-vos no Senhor (Fp 4:4). A palavra foi dirigida a uma Igreja mostrando que uma das marcas da vida em comunidade com irmãos de fé é alegria.  

Os crentes mais experimentados precisam agir com fraternidade com aqueles que se escandalizam com mais facilidade sem os desprezarem. Paulo esclarece: “sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Rm 14:19). No capítulo posterior, Paulo esclarece: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação” (Rm 15:1 e 2). Quando acontecer pontos divergentes em coisas não essenciais lembremos que a justiça, paz e alegria no Espírito devem prevalecer.

(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VENCENDO O MEDO

O medo pode acontecer por várias razões. Algumas, dessas podem ser por razões reais, distorcidas ou imaginárias. As reais se dão quando de fato o perigo é iminente. As distorcidas quando interpretamos situações não agravantes, mas segundo as nossas percepções há perigos. E as imaginárias, quando pode ter até de forma tênue algo real, mas é somente imaginação que parte de algo.

Certa ocasião os discípulos que remavam, navegando com ventos contrários, viram que Jesus se aproximou deles, e eles pensaram que era um fantasma. Jesus disse: Sou eu, não temais. Ao ouvir a voz de Jesus reconheceram Ele, o receberam no barco de bom grado e assim eles conseguiram atravessar o mar chegando para onde o destino desejado (Jo 6:16 – 21).

Reconheçamos Jesus em todos os nossos caminhos e o medo será superado pela confiança na Presença Maravilhosa de Jesus (Pv 3:6). Qualquer jornada da vida é sujeita a tempestades. Jesus ensinou que no mundo “teremos aflições” (Jo 16:33). É imprescindível que creiamos em Jesus, recebendo como Senhor e Salvador, assim Ele estará conosco até a consumação dos séculos (Mt 28:20).

Duas virtudes cristãs são necessárias e importantes para que se vença o medo: a fé e o amor. Ambas vêm de Deus para quem crê. A fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17). Quando Jesus acalmou a tempestade exortou aos discípulos por causa da pequena fé (Mt 8:23-27). Mostrando que os discípulos temeram sobremaneira porque tinham pouca fé. Já, o amor é derramado no coração quando O Espírito é dado quando a pessoa crê (Rm 5:5). João na sua primeira epístola afirmou que o perfeito amor lança fora todo medo (1 Jo 4:18). Precisamos confiar no amor perfeito de Deus para que o medo não nos domine.

Tanto a fé e o amor, como virtudes que vencem o medo, mostram que é necessário ao crente se relacionar com Deus de tal forma, que a confiança cresça, mesmo que enfrentando circunstâncias adversas. Os discípulos sobressaltados com Jesus por Ele ter acalmado a tempestade perguntaram: “quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mostrando, que eles ainda não entendiam plenamente quem era Jesus, causando neles grande medo na hora da tempestade. A fé é necessária para que se ande com Jesus. Sem fé é impossível agradar a Ele (Hb 11:6).

À medida que nos alimentarmos da Palavra e nos relacionarmos com Jesus pela oração e prática, a nossa fé e amor crescerão e o medo perderá espaço em nossas vidas. O medo quando se agrava desenvolve fobias, que pregam peças recorrentes naqueles que adoecem. O mundo é cheio de violência. Mentes maquinam o mal. É necessário aprofundarmos nosso relacionamento com Deus e nutrirmos o nosso espírito para vencermos as circunstâncias tão adversas neste mundo, que jaz no maligno, e assim vivermos de uma maneira abundante e saudável.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

RECONHECENDO A MORDOMIA CRISTÃ

Deus nos deu tudo. Deu vida, deu família, deu talentos, deu tempo, deu bens. Tiago escreveu que “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em que não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1:17). Certamente há muito esforço e luta da nossa parte para ganharmos o sustento, mas “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam…” (Sl 127:1). Somos mordomos, administradores, das dádivas divinas. Temos que ser gratos, consagrarmos toda a vida que temos com tudo que nela contém para Deus e multiplicarmos os dons e talentos. Um dia todos servos de Deus estarão no tribunal de Cristo onde suas obras serão postas a prova para recebimento dos galardões ou não (2 Co 5:10).
A nossa vida precisa estar no altar. Não parte dela, mas ela em sua totalidade. Paulo em Romanos 12: 1 roga pela compaixão de Deus para que o servo de Deus apresente o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, e afirmou isto ser um culto racional. Jesus rebateu a satanás, que o tentava, afirmando que somente Deus deve ser adorado e só a Ele prestemos culto (Mt 4:10). Ele espera que reconheçamos que Tudo veio dEle Ele espera que nos consagremos como mordomos e sejamos achados fiéis (1 Co 4:1 e 2). O inimigo pressiona a que todos amem o mundo e a sua concupiscência, mas somente aquele que faz a vontade de Deus permanecerá para sempre (1 Jo 2:15-17). Não sejamos daqueles que retrocedem para destruição, mas daqueles que creem para a conservação da alma (Hb 10:39).
A perspectiva acerca da vida muda quando nos reconhecemos como mordomos de Deus. A visão do sagrado se expande a tudo o que temos, o que fazemos, torna-se tudo consagrado ao Senhor. “Porque dEle e por Ele e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém” (Rm 11:36). Não deve haver no servo de Deus uma área da vida neutra, onde não haja consagração ao Senhor. Tudo ao Senhor, nada a menos do que isto.
A santificação também acontece em decorrência da perspectiva da mordomia. O pecado é ato de rebeldia onde o pecador prefere viver ao seu modo do que o modo de Deus. Ao entender que tudo pertence a Deus, o crente cuida e multiplica com o entendimento das bênçãos que recebeu do Senhor. Além disso, o crente fiel sabe que vira o dia de se encontrar com O Senhor e ele não deseja ser achado em falta. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo. E todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:23).
A vida de quem reconhece a mordomia cristã entende que a vida com Cristo tem propósitos e que o desenvolvimento dela se torna um aferidor da qualidade ou não da vida cristã vivenciada. Ao perceber, que na vida há dons, que precisam ser mais trabalhados, o cristão buscará mais e dependerá mais do Senhor para que eles sejam desenvolvidos e multiplicados. “Por que Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13).
Mesmo o crente tendo a segurança da salvação ele terá amor e temor como motivações no exercício da mordomia. O amor, poque sem ele obra nenhuma tem valor, até as mais radicais, sem amor nada valerá (1 Co 13:1-3). O temor seria o respeito e reverência com que se lida com dádivas dadas por Deus. Paulo chama isto de zelo (1 Co 14:1). Não é medo, mas reverência grata ao Senhor por tantos benefícios. A Graça de Deus atua na vida do crente de ponta a ponta, cabe ele com zelo desenvolver as dádivas porque O Espírito Santo que é zeloso não deseja no servo uma ambiguidade entre Deus e o mundo. Tudo que temos e somos vem de Deus e para Ele deve ser dedicado.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A NECESSIDADE DO DISCIPULADO

Jesus não teve uma visão imediatista no estabelecimento do Seu ministério. Ele tinha o objetivo de preparar homens que depois as multidões seguissem e assim dedicou mais tempo aos discípulos do que as multidões. Seja qual for o seu ministério não tenha apenas uma visão do aqui e agora. Pense também no prosseguimento depois de você. Por isto a ordem de Jesus é fazer discípulos, que façam outros discípulos, pois a obra precisa prosseguir, e não parar em você (Mt 28:18-20). O princípio da multiplicação dos que creem em Jesus é alcançado através do discipulado. Tal propósito foi dado por Cristo e delegado a todos seguidores dEle até que venha o fim (Mt 24:14). Os apóstolos também fizeram discípulos (II Tm 2:2) e deve ser assim para todas as gerações que seguem a Jesus.

A questão é tão séria que O Senhor deixou este propósito estabelecido para Sua Igreja. Não o fazer é errar o alvo estabelecido por Ele. Tal propósito não caduca e não pode ser substituído por um ativismo desenfreado cujo o fim é si mesmo. A grande comissão de Mateus 28 não pode se tornar uma grande omissão. Em todo o planejamento que a Igreja estipula é preciso ter o discipulado como prioridade.

Uma questão importante é que o princípio do discipulado não deve ser restringido aos de fora, mas o de dentro também, ou seja os filhos, netos, sobrinhos etc devem receber a nossa influência discipuladora. A criança que é educada na admoestação do Senhor carregará essas sementes uma boa parte de suas vidas, que farão diferença na vida adulta (Pv 22:6). Quantos trabalham com afinco com os de fora, mas deixam suas famílias como um campo ainda não alcançado pelo evangelho. Certamente na prestação de contas diante do Senhor a forma como lidamos com os nossos familiares será cobrada por Deus.

Enquanto a faixa etária o discipulado deve incluir a todas podendo ter um trabalho específico com alguma faixa, mas que outros membros da igreja local trabalhem com outras faixas etárias. Trabalhos com crianças, adolescentes, jovens, adultos, homens, mulheres, terceira idade etc. devem ser feitos. Não há limite de idade para se formar um discípulo. Há trabalhos até com crianças do berçário que são muitos frutíferos. Na Igreja do Senhor as gerações se unem e cooperam umas com as outras.

Algo importante é destacar que os discípulos são ensinados e educados a se tornarem discípulos do Senhor. É natural que o discípulo tenha uma gratidão ao seu discipulador, mas ninguém deve discipular um discípulo de Cristo para si. O discipulado ocorre quando um discípulo do Senhor mais maduro discipula outros discípulo do Senhor que está iniciando a jornada de fé. Infelizmente há muitos abusos que pessoas chamam de discipulado, mas não é. Manipulações, explorações e outras atitudes são praticadas por certos discipuladores. Algumas seitas usam também o princípio do discipulado para divulgar suas crenças. É importante que o ministério de discipulado seja levado a sério com muita oração, humidade, sabedoria e amor porque na babel deste mundo secular a orientação na Palavra é fundamental para que haja o nascimento espiritual, a integração, o acompanhamento e a multiplicação de discípulos de Cristo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

As experiências têm sua importância na vida cristã, mas elas precisam passar pelo filtro da Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e prática. Se tem alguma doutrina onde as experiências para alguns se tornam uma Bíblia paralela é a doutrina do Espírito Santo. É urgente que nos voltemos para a Palavra e assim vejamos com seus óculos nossas práticas.

No Antigo Testamento O Espírito Santo não habitava em cada um do povo de Deus, mas permanecia no meio do povo, atuando em pessoas específicas. No Novo Testamento houve a inauguração de um novo período de atuação do Espírito na história. No Antigo, o Espírito Santo era citado de uma forma discreta comparado ao Novo. Porém, no Antigo foi profetizado que na nova aliança O Espírito seria derramado nos últimos dias (Jl 2:28 e 29). O Novo testamento retrata o início desses últimos dias.

Logo no início do Novo Testamento, vemos que João Batista, primo de Jesus, era cheio do Espírito já no ventre de sua mãe (Lc 1:15-17) e que O Espírito esteve sempre associado a Jesus, o Messias, na concepção e em todo o tempo. No batismo das águas de Jesus desceu como pomba e repousou em Jesus (Lc 1:32 e 33). No ministério de Jesus Ele atuou desde o início levando Jesus para ser tentado pelo diabo (Mt 4:1). Jesus em Nazaré pregando afirmou ser o Messias, Ungido pelo Espírito em todas suas obras (Lc 4:16-21). A Bíblia mostra Jesus expulsando demônios pelo Poder do Espírito (Mt 12:28) mostrando que era chegado o reino de Deus. O autor de Hebreus escreve que Jesus ao se oferecer como sacrifício se ofereceu pelo Espírito (Hb 9:14). Na ressurreição de Jesus o poder que ressuscitou Jesus foi do Espírito Santo (Rm 8:11). A associação com Cristo ainda se mostra sobre o fato que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo (Mt 3:11).

A obra de evangelização que a igreja realiza está intimamente ligada ao trabalho do Espírito no mundo. Sem Ele não haveria conversões e nem haveria vigor na Igreja para a evangelização. O Espírito Santo é a Pessoa de Deus que habita naquele que crê em Jesus. Foi através do Espírito que o crente nasceu de novo e é O Espírito que reveste o crente de Poder para testemunhar (At 1:8). O Espírito é convencedor do mundo (Jo 16: 8-11), do pecado (Rm 3:23), da justiça (Rm 8:1 e II Co 5:21) e do juízo (Hb 9:27). Ele que impede o crescimento do pecado no mundo (II Ts 2:5-8) usando a Igreja como elemento preservador da sociedade. Jesus chamou a Igreja de sal e luz (Mt 5:13-16).

Na Igreja o Espírito foi que uniu os membros no corpo de Cristo (1 Co 12: 13 e 14). Pelo Espírito, Deus Pai e Jesus Cristo vive na Igreja e no crente (Ef 2:22; Mt 28:20; 1 Co 6:15-20) concedendo dons (I Co 12: 6 e 7). O Espírito Santo também na vida do crente é O Guia que conduz de acordo com a Palavra de Deus. Precisas de direção? Ore ao Senhor e peça que O Espírito te guie e Ele fará sempre de acordo com a Palavra. Há uma promessa (Rm 8:14). É o Espírito que transforma o crente cada vez mais parecido com Cristo (II Co 3:18) produzindo nele o Seu fruto (Gl 5:22).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O ESPÍRITO SANTO E O CRENTE

O Espírito Santo não é uma força ou energia. É um ser pessoal. Todos os atributos de uma pessoa são atribuídos ao Espírito Santo como: pensar, sentir, querer, consciência própria e direção própria (Ef 4:30). Portanto, precisamos ter relacionamento e comunhão com Ele. Muitos ao enfatizar o poder do Espírito, que Ele realmente tem, Ele é Todo-Poderoso, deixam de aprofundar o relacionamento com O Espírito vivendo uma vida mais emocional do que espiritual. Buscando sensações e assim deixando de fundamentar a vida no que a Palavra revela acerca do Espírito.

O Espírito Santo é a Pessoa de Deus que habita naquele que crê (1 Co 6:19 e 20). Ele é a terceira pessoa da Trindade (2 Co 13: 13). Quando Jesus prometeu aos seus seguidores, estar com eles até a consumação dos séculos (Mt 28:18-20) estava se referindo ao Espírito Santo habitando no crente.  Tal presença é real e transformadora. Quero ressaltar as implicações da presença do Espírito na vida do crente para que tenhamos profundidade no relacionamento com Ele.

A questão é lembramos que foi O Espírito Santo que nos convenceu dos pecados (Jo 16:8-11) e nos fez nascer de novo para a vida eterna (Ez 36:26 e 27). Sendo assim, a partir da conversão O Espírito passou habitar em nós e iniciou-se o processo de santificação que cresce até a estatura de varão perfeito em Cristo, que se concretizará no céu. Afastemo-nos do pecado para não entristecermos Deus, que quer ter comunhão e relacionamento conosco através do Espírito de Deus.

É o Espírito Santo que nos imerge no corpo de Cristo, que é a Igreja Viva de Cristo (1 Co 12:13). E é Ele que confere os dons espirituais dos membros do corpo de Cristo (1 Co 12:11) buscando a edificação, consolação, a exortação do corpo e a evangelização do mundo. O Espírito distribui como deseja, pois, Ele é Soberano. Mas, Paulo pelo Espírito incentivou aos servos de Deus buscar os melhores dons (1 Co 12:31).

Algo de também fundamental, que o crente recebe do Espírito é a intercessão dEle, pois por mais que achemos saber o que necessitamos, sabe mais o Espírito, conhecedor de tudo. Ele intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8:26). Pratiquemos mais e mais a oração para buscarmos sermos mais íntimos do Espírito Santo. Ele nos assiste em nossas fraquezas,

O entendimento das Escrituras e do Evangelho como um todo também é obra do Espírito. Foi o Espírito que inspirou as Escrituras e é Ele que abre o entendimento para que se possa entender o que Deus diz (At 16:14).  É o Espírito que guia a prática do crente na Palavra de Deus. A vida cristã não é desenvolvida sozinha. Se o Espírito não tivesse com os servos de Deus eles não dariam nenhum passo (Rm 8:14).

O Pr. David Gomes em saudosa memória escreveu um livro chamado de Espírito Santo, o executivo de Deus, de fato O Espírito trabalha na vida do crente a vontade de Deus. Busquemos a intimidade com O Espírito através de uma vida devocional e submissa a vontade dEle e assim cresceremos numa vida que agrada a Deus.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

NÃO ESCONDA SUA LUZ

A Igreja não deve visar à própria glória, mas a Glória de Jesus. Ela não deve ser ensimesmada, mas influenciar a sociedade onde está inserida. A Igreja é comparada a luz do mundo, não porque pertença a ele, mas porque reflete a Luz de Jesus, iluminando, orientando e revelando o caminho da verdade ao mundo.

A metáfora da luz foi usada por Jesus para comparar o Seu povo no mundo. A metáfora é muito significativa e mostra que a Igreja tem uma missão intransferível.  A luz da igreja não é uma luz própria, mas a luz de Jesus que ela reflete como um luzeiro. Ela brilhando se opõe as trevas e dá uma visão aclarada das coisas. Como o apóstolo Paulo escreveu é dever da Igreja andar como filho da luz (Ef 5:8). Ela não deve abster-se de iluminar escondendo-se para não o fazer. Quando Jesus ensinou sobre isto enfatizou que não se deveria esconder a luz em determinados lugares, mas estar no lugar próprio que era o velador. Os lugares possíveis de se esconder são citados por Jesus. Devemos analisar esses lugares para não incorremos no erro de também nos escondermos. Vejamos:

Não se deve colocar debaixo do alqueire (Mt 5:15), que era uma vasilha de 8,5 litros, usada para medição no comércio.   Ele representa a tendência de se ofuscar a luz no exercício da vida profissional ou ainda ser envolvido pelo materialismo, que é ambicionar mais as coisas materiais do que as espirituais. Muitos no exercício de sua profissão não refletem a luz do Senhor. É importante ressaltar que não é pregar no horário de trabalho, mas refletir mesmo que silenciosamente a fragrância do evangelho. A conduta correta fala muitas vezes por si.

Não se deve esconder a luz debaixo da cama (Mc 4:21). A sensualidade deve ser vista nos padrões bíblicos. Infelizmente pessoas se envolvem com a sensualidade no molde do mundo e assim deixam de brilhar a luz do Senhor. O senhorio de Cristo no crente deve envolver o cristão em sua vida como um todo, incluindo também a vida sexual. Muitos querem viver uma vida cristã permissiva na sexualidade, o que necessariamente desagrada ao Senhor. Não coloque sua luz debaixo da cama.

Não se deve esconder a luz no vaso (Lc 8:16), que tinha utilidade no âmbito doméstico e religioso. A luz de Cristo em nós precisa também brilhar no lar e não brilhar somente no ambiente religioso. O lar é o primeiro campo missionário. O templo não deve ser um lugar de confinamento, mas um ponto de irradiação da luz do Senhor para todo mundo.

Não se deve esconder a luz num lugar oculto ou sótão (Lc 11:33). Quem oculta a luz do Senhor mostra que está sendo envolvido pelo medo e receio de manifestar a sua fé. Porém, como escreveu Paulo: “porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16).

Tendo este entendimento a igreja deve ocupar lugares estratégicos na sociedade, e não se esconder dentro de si mesma. Quando a igreja local não cumpre a sua vocação no mundo está desobedecendo a Deus e deixando de levar a mensagem da salvação aos que estão longe de Deus em seus delitos e pecados.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).