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DUPLA CIDADANIA

O cristão é considerado um cidadão de duas Pátrias: a terrena e a celestial (At 16:35-39; Fp 3:20). A Pátria terrena é transitória, porém importante, temos compromissos com as leis que regem nosso sistema político e social. Exercício do voto, o direito de ir e vir, liberdade religiosa são algumas leis que compõem direitos e deveres do cidadão terreno. A cidadania celestial é definitiva, e mais importante, tendo como referência a Bíblia Sagrada. O crente a adquire porque tornou-se filho de Deus por adoção a partir do momento que creu e recebeu Jesus como Senhor. Ao recebe-lo a pessoa adentra no reino de Deus e torna-se cidadão dele.

Quando houver choque entre as duas cidadanias, deve prevalecer a celestial. Porém, num País democrático, tal choque não acontece com frequência, como num sistema ditatorial. Sendo bons cidadãos influenciaremos e usaremos os meios estabelecidos pela Lei do País, para que o nosso País não venha contrariar os valores estabelecidos na Palavra de Deus. Jesus comparou o seu povo como sal e luz (Mt 5: 13-16) mostrando a diferença e salutar característica dos cidadãos celestiais na terra onde vivem. As principais características do sal é dar sabor e preservar o alimento, a da luz vencer a escuridão e trazer uma visão aclarada das coisas. Assim o povo de Deus dá sabor, preserva e ilumina a sociedade onde está inserido.

Uma passagem bíblica esclarecedora do tema é Mateus 22: 15-22 onde os fariseus e os herodianos se juntam para fazer perguntas capiciosas a Jesus para pegarem ele em alguma falha. Eles perguntam a Ele se era lícito pagar impostos a César. Jesus pede a eles para mostrar a moeda do tributo e pergunta a eles de quem era a efígie e a inscrição. Eles respondem que é de César e Jesus brilhantemente afirma – “dai pois a César o que é de César. E a Deus o que é de Deus”. Com esta resposta Jesus mostra como o cidadão celestial deve lidar com a cidadania terrena. O imposto de César, para Jesus era lícito, mas não se deve conferir a César o que é divino como faziam os romanos considerando-o como uma divindade. A Deus o que é de Deus. Não se pode idolatrar o estado e nem considerar o seu governante um deus.

Infelizmente, vemos muitas pessoas que afirmam servir a Deus não cumprir seus deveres como cidadão terreno e nem usam bem os direitos que possuem como tal. São infiéis, mentirosos, desleixados enquanto Jesus ensinou que a palavra do cristão deve ser sim ou não, ou seja, não mentir, ser verdadeiro em tudo o que falar e prometer (Mt 5:37). Paulo, por sua vez, alertou que o servo do Senhor não deve dever nada a ninguém, só o amor, porque amando cumprirá a lei (Rm 13:8). O cidadão do céu deve levar a cidadania terrena a sério e só não obedecer como cidadão quando ordenarem a desobediência a Deus (At 4:19 e 20). A obediência as autoridades é um dever do servo de Deus, pois elas são instituídas por Deus. Suas vidas precisam ser irrepreensíveis para que o nome de Cristo seja glorificado (1 Pe 2:11-25). O exemplo de Cristo deve ser seguido. Ele sofreu o agravo, mas não pecou, deixando para nós suas pisadas para que possamos fazer o mesmo. A palavra cristão traz a ideia da pessoa ser um pequeno Cristo. O termo foi diluído, mas devemos honrá-lo porque não há maior glória do que ser servo e seguidor de Cristo. O Espírito Santo confere virtude para que os servos do Deus sejam testemunhas de Jesus aonde que possam ir até mesmo pagando com a vida por amor a Jesus (At 1:8).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).






A PALAVRA FINAL

Durante a existência recebemos sentenças, veredictos, que podem paralisar ou findar sonhos, projetos e idealizações de uma vida. São palavras que carregam um poder de parecer à palavra final de nossas vidas. São muitas circunstâncias que parecem muitas vezes carregar o poder da sentença final. Entretanto, como servo de Deus, creia sempre que a Palavra Final é de Jesus e não do homem, e nem da circunstância. Confie nEle e apazigue seu coração.

A história da cura da filha de Jairo (Mc 5:21-43) mostra essa tensão entre as circunstâncias que parecem ser definitivas e a palavra final que vem de Jesus. Encontraremos na vida muitos sabe-tudo que declaram saber todos rumos da nossa vida sem considerar à vontade e poder de Deus, que pode mudar vidas e histórias. Vejamos na história de Jairo quem realmente tem a palavra final.

I – A ENFERMIDADE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:21-23 – Jairo procurou Jesus porque a filha dele estava nas últimas, moribunda. Há certas enfermidades, diagnósticos que carregam o peso de algo definitivo. Quando isto acontece façamos como Jairo e busquemos ao Senhor que é O Senhor que cura (Ex 15:26). Muitas vidas sofrem com enfermidades que parecem definitivas e não podem ser mudadas, mas não são elas que tem a palavra final em nossas vidas. Jairo pediu que Jesus fosse a casa dele para impor as mãos sobre ela para que fosse curada. Jesus se propôs a ir e foi com ele.

II – O TEMPO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:23-34 – Jairo estava certamente com pressa. Ele desejava que Jesus chegasse o mais rápido possível em sua casa. Sua filha estava à beira da morte. Mas, Jesus estava comprimido por uma multidão que fazia com que Jesus somente andasse em passos curtos. Ainda aconteceu de Jesus parar a caminhada porque alguém tinha tocado nele e de Jesus havia saído poder. Jesus perguntou quem o havia tocado. A multidão achou estranho a pergunta de Jesus, pois ele estava comprimido pela multidão. A mulher que tocou se manifestou e Jesus conversou com ela. Tudo isto fez com que Jesus se demorasse até a casa de Jairo. Mas, o tempo não teve a palavra final para a filha de Jairo e também não tem para nós servos de Deus.

III – O REALISMO DESESPERANÇOSO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:35 – Assim, que terminou a conversa de Jesus com a mulher, que foi curada de hemorragia, alguém importante da sinagoga procurou Jairo e disse para ele não incomodar mais a Jesus porque a sua filha já estava morta. A notícia deste homem foi verdadeira, a filha de Jairo havia falecido, Ele foi realista, mas não considerou o poder de Jesus que podia mudar e como mudou aquela situação; Ele foi pragmático, realista, mas não havia esperança mais nenhuma em suas palavras. Quantas vezes em situações difíceis pessoas nos apresentam todos os fatos nus e crus sem ter esperança nenhuma abalando nossas expectativas. Mas, como nessa história a palavra final não está com o realismo desesperançoso,

IV – A PALAVRA FINAL NÃO ESTÁ COM O ALVOROÇO – Mc 5:38 – Jesus ao chegar à casa de Jairo com ele e seus discípulos Pedro, Tiago e João encontrou a casa toda agitada. Havia muito choro e desorganização. Muitos ambientes são afetados pelo luto, angústia e desesperança. Mas, o alvoroço não tem a palavra final. O desespero é vencido pelo poder de Jesus, pois é Ele que tem a palavra final. Ele é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1).

V – A MORTE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:39-43 – Aprendemos com a experiência da filha de Jairo que nem mesmo a morte tem a palavra final. Na ocasião da morte e ressurreição de Lázaro, Jesus disse a respeito de si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11:25). Aquele que crê em Jesus ainda que venha a morrer, estará imediatamente na presença de Deus desfrutando de uma vida plena.  A morte não é o fim daquele que crê em Jesus, porque a morte não tem a palavra final na vida do crente. Quando o luto vier, tenhamos confiança acerca da vida que partiu no Senhor, que ele está desfrutando das bênçãos incontáveis de Deus. A filha de Jairo foi ressuscitada por Jesus, que morreu a nossa morte para que tenhamos sua vida, que é eterna.

VI – AS MANIFESTAÇÕES DA INCREDULIDADE NÃO TÊM A PALAVRA FINAL – Mc 5:38-42 – Na caminhada de fé lidamos diretamente com manifestações da incredulidade. Jesus ao afirmar que a menina não estava morta, mas dormia, fez com que os incrédulos debochassem de Jesus rindo. Jesus disse que ela dormia, pois queria dizer, que ela não ficaria permanentemente morta, pois Ele a ressuscitaria. A casa de Jairo estava em turbulência, portanto Jesus fez que entrasse com Ele no quarto os discípulos Pedro, Tiago e João e os pais da menina. Os incrédulos não puderam ver a ressuscitação. Só viram depois a menina viva. A incredulidade é como um balde de água fria no corpo quente. Ela tende atacar diretamente a fé do crente, mas é Jesus que tem a Palavra final e Ele disse para Jairo e diz o mesmo para nós – “Não temas, mas crê somente” (Mc 5:36).

Eu já recebi sentenças, veredictos em minha vida. Uma que me marcou muito e que foi para mim como uma punhalada no estomago, eu senti um punhal em mim, foi quando a pessoa disse que desse jeito você nunca será pastor. Pouco dias depois meu nome foi levado a assembleia da igreja e eu fui aprovado. A história de Jairo nos ensina que devemos ficar com a Palavra de Deus – “Não temas, mas crê somente”. Diante de sentenças fique com a Palavra de Deus. “O justo viverá pela fé” (Rm 1:17). Ã justificação diante de Deus é por meio da fé e toda caminhada deve ser por fé. Não estou ensinando a irresponsabilidade, mas que a Palavra Final é de Jesus, e se Ele disse algo para você, fique com esta Palavra e não retroceda quando alguém vier com uma palavra que parece ser a última, mas não é. Apesar de estar enfatizando a palavra final verifique se você começou a caminhada com Jesus, pois Ele disse que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas (Ap 1:8). O que Jesus começa não deixa pela metade, mas conclui. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele em que vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1:6). Se você começou algo em Cristo tem a certeza que a Palavra Final também pertence a Ele.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR

Depois do povo de Israel ter atravessado um período de grave crise e o Senhor ter dado uma grande vitória, o profeta Samuel exclamou: “até aqui O Senhor nos ajudou” (1 Sm 7:12). É pertinente olhar para o ano que passou e fazer a mesma exclamação. Se não fosse O Senhor não teríamos chegado até aqui! A afirmação do profeta vem do entendimento que Deus não é um expectador impassível da história, ou ainda, um Deus sujeito as mudanças de humor, mas sim, o Deus que trabalha em favor dos seus. Como escreveu o profeta Isaías: “porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nEle espera” (Is 64:4). Trabalharemos neste texto os significados da expressão de Samuel.


Podemos todos dias afirmar que até aqui ajudou o Senhor. O trabalho de Deus é constante, incansável e perseverante. Não tem um dia que Ele deixe de realizar a vontade dEle na vida dos que creem nEle. Cada dia e momento vivido tem a mão de Deus. Ele é refúgio, fortaleza e socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1). O “até aqui” pode ser dito todos os dias. Não há lapsos de esquecimento ou de descuido de Deus em algum momento. O reconhecimento disto propiciará ambiência de gratidão, adoração e dependência de Deus. Jesus disse: “Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). Ele ensinou a pedir o pão de cada dia (Mt 6:9-13). Todos os dias devem ser contados considerando o agir de Deus neles (Sl 90:12). A providência, provisão e ajuda dEle aos seus servos são reais. Deus de fato reina, O Seu trono está firme desde a eternidade (Sl 93). As coisas que sucedem aos servos de Deus caminham para o propósito de Deus para com eles de leva-los até a semelhança de Cristo (Rm 8:28).


A ajuda do Senhor é de alguém que conhece e viveu no seu ministério terreno as dificuldades da vida humana. Como escreveu o autor de Hebreus Jesus foi semelhante aos homens até no sofrimento das tentações e por isto pode socorrer seus servos. “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2:18). A identificação de Jesus como homem foi a forma de cumprir a providência de Deus para os que creem, e se Ele se identificou de tal forma devemos confiar na ajuda dEle para com O Seu povo. “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4:15 e 16).


A consciência do Senhorio de Cristo deve nos levar ver o ano que passou de forma confiante, pois Ele é Soberano, e encararmos o próximo ano com convicção de que O Senhor cuida do Seu povo. A promessa de Salmos 37: 39 e 40 é justamente para aqueles que confiam no Senhor – “Mas a salvação dos justos vem do Senhor; Ele é a Sua fortaleza no tempo da angústia. E O Senhor os ajudará e os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto confiam nEle”. A esperança não faltará para aquele que crê no Deus Todo-Poderoso, pois mesmo não havendo impossíveis para Ele, seu olhar e trabalho estão voltados para seus filhos por adoção (Jo 1:12). Cada passo que dermos podemos dizer que “até aqui nos ajudou O Senhor”.
Samuel depois de uma vitória sobre os Filisteus pegou uma pedra e a chamou de Ebenézer, que quer dizer – pedra de ajuda e disse a frase do nosso escrito: “até aqui nos ajudou O Senhor” (2 Sm 7:7-14). Atravessemos mais uma virada de ano gratos por aquilo que passou e sejamos esperançosos por aquilo que ainda virá porque O Senhor será sempre conosco.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).


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A CELEBRAÇÃO DO NATAL

No natal é pertinente lembrar que o primeiro milagre realizado por Cristo foi em uma celebração de casamento. A presença dEle fez diferença naquela festa (Jo 2:1-12). Quando você for celebrar o natal busque a presença dEle, pois Ele traz vida a quem crê nEle. Certifique-se que haverá um momento de celebração pelo nascimento de Cristo. Louvores, orações, reflexão da Palavra e o amor fraternal são características importantes que não devem faltar. Talvez haja em sua celebração ausências sentidas por você, mas se você tem Jesus como Senhor é certo que Ele estará presente com você na celebração do natal (Mt 28:20 b). 

Milagre traduz uma palavra grega, que literalmente, significa sinal. O milagre na boda foi um sinal que apontou para Jesus e quem de fato Ele é. No natal também se comemora milagres como a encarnação de Cristo (1 Jo 1:1-4) e o seu nascimento de uma virgem (Mt 1:18-25). Eles mostram a natureza Divina de Cristo e que apesar disto decidiu viver entre nós para redimir aqueles que creem nEle. Os sinais registrados nas Escrituras segundo João foram para testificar que de fato Jesus é o Messias e para quem crer em seu nome recebesse a vida eterna e abundante de Deus (Jo 20: 30-31).

Na celebração que Jesus participou em Caná houve a escassez de um elemento que era importante numa festa, o vinho, mas porque Jesus estava presente houve a provisão. No natal que você está celebrando pode acontecer de você enfrentar dificuldades e até crises em sua realização, mas se Jesus está presente em Espírito, a maior das provisões (Jo 6:35), que é a espiritual, não faltará no seu lar. Tenha certeza também que se Ele supre com o espiritual pode também suprir com o material (Fp 4:19).

Quando Maria comunicou a Jesus que estava faltando vinho Ele respondeu que havia um tempo determinado para que Ele manifestasse seus sinais. Sobre o natalício de Cristo, Paulo fala que jesus veio na Plenitude dos tempos, ou seja, no momento exato que Deus havia determinado (Gl 4:4-7). O ambiente histórico da época como o helenismo, a cultura romana e judaica propiciou que a mensagem de Cristo atingisse todo o mundo e por todas gerações seguintes. O nascimento de Cristo aconteceu no momento exato que tinha para acontecer.

Como escrevi a presença de Jesus na boda fez toda diferença, mas algo importante a ressaltar é que Jesus deixou de ser apenas um convidado do casamento para manifestar seu senhorio. Maria orientou aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse e por isso Jesus operou o milagre. Temos que confiar na Soberania de Deus. O natal também demonstra que Deus é O Senhor da história e que Ele realiza as coisas segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1 e 2). O nascimento de Jesus não foi um nascimento de mais um menino, mas o momento do maior evento da humanidade que foi Deus ter tomado a forma humana.

O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade nascendo numa estrebaria, deitado numa manjedoura entre os animais (Lc 2:6 e 7), visitado por pastores, mas o poder de Deus foi manifestado em meio a esse ambiente, como a estrela guiando os magos (Mt 2:1 e 2), o anúncio dos anjos aos pastores (Lc 2:8-20) etc. No casamento em Caná da Galileia Jesus usou seis potes de pedras e pediu que os enchessem de água e assim transformou água em vinho. As vasilhas eram usadas para a cerimônia de purificação, mas Jesus transformou a água no melhor vinho experimentado. A glória de Deus se manifestou e assim os discípulos creram nele. A mensagem que o natal mostra é que Deus habitou entre nós e em meio as coisas simples da vida Ele transforma vidas de forma semelhante a água que se transformou em vinho. Aleluia!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

PRESENTE INESQUECÍVEL

Creio que com o tempo passando vamos recordando fatos marcantes do passado, os Natais, por exemplo. O Natal sem dúvida alguma é uma data marcante. Nesta data é costume dar e receber presentes. Dentre os presentes, que ganhei e me recordo com nostalgia, foi um forte apache com soldados, índios, cavalos etc. Um aspecto importante é que o Natal, já é comemoração do maior presente, que a humanidade recebeu – Jesus. O costume de dar presentes no Natal não deve ofuscar o sentido do natal. A questão é tão séria que a maioria das pessoas julgam ser imprescindível ganhar presentes no natal, que não é. O Natal sempre será Natal pelo fato de Jesus ter nascido, desenvolvido seu ministério, morrido na cruz e ressuscitado ao terceiro dia. O Natal é a comemoração do maior dos presentes, que sem dúvida é o presente inesquecível, que dá vida ao homem ou mulher, se houver compreensão e fé nEles para obter vida eterna. Tenho o objetivo de escrever neste texto sobre o presente inesquecível que é Jesus me baseando em João 3:16.


A) O PRESENTE DADO POR AMOR – “Porque Deus amou o mundo (…)”. Nem todos presentes são dados por amor. Mas, o de Deus é. Ainda tem mais, o presente não foi dado porque o ser humano é amável, mas porque Deus é amor. Ele amou o ser humano em primeiro e o homem só vem amá-lo porque foi amado primeiro (1 Jo 4:19 e 20).


B) O PRESENTE PRÁTICO – “(…) de tal maneira (…)”. Nem todo presente necessariamente serve para ser usado no dia-a-dia, mas o de Deus é. O presente de Deus foi uma demonstração prática do amor dEle (Rm 5:8) e aquele que crê no presente terá a presença dEle todos os dias. A salvação obtida estará com o crente em toda sua vida prática. Ele passa a responder ao amor de Deus com a vivência do Evangelho em sua vida como um todo.


C) O PRESENTE MAIOR – “(…) que deu seu Filho unigênito (…)”. O presente dado por Deus foi o maior e incomparável que já foi dado. Ele deu Seu próprio filho. Deus tomou a forma humilde humana (Fp 2:5-11) e habitou entre nós. Ele viveu cumprindo a vontade do Pai (Jo 3:34) culminando com a sua entrega como cordeiro de Deus (Jo 1:29). Jesus morreu na cruz como sacrifício vicário e ressuscitou ao terceiro dia.


D) O PRESENTE GRACIOSO – “(…) para que todo aquele que nele crê (…)”. A salvação é pela graça (Ef 2:8 e 9). Não há nada no homem que tenha sido a origem da sua salvação. A salvação veio de Deus e a forma de recebe-la é crendo. A fé é como as mãos que estendemos para receber o presente de Deus. O homem que crê em Jesus é salvo.


E) 0 PRESENTE SALVADOR – “(…) não pereça (…) “. Jesus nos livra da ira futura, livra da condenação eterna (Jo 3:17 e 18). A partir do momento que se crê a pessoa recebe a salvação e é liberta do domínio de satanás. Aquele que vem ao Senhor nunca é mais lançado fora (Jo 6:37). Nunca mais há de perecer eternamente.


F) PRESENTE ETERNO – “(…) mas tenha a vida eterna (…)”. Jesus não somente dá sentido à vida, mas concede também a vida eterna, que como diz a palavra é para sempre. Uma vida sem Cristo vivencia uma morte, que é eterna, mas ao crer em Jesus, recebe a vida de Deus, que é eterna.


No natal não priorizemos os adereços da festa. O foco principal precisa ser Cristo. Presentes, mesas fartas não garantem um feliz natal, mas, a fé em Jesus como o presente inesquecível de Deus é que fará você ter um natal feliz. Não há presente maior. De todos, Ele é o inesquecível, eterno e cheio de significado.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

DEIXANDO O PAPEL DE VÍTIMA

Num olhar superficial você poderia pensar que é vítima das circunstâncias, mas não é o seu olhar, o parâmetro da verdade, tudo é visto pelos olhos de Deus e a verdade está com Ele. Se você está em Cristo, sempre tem que crer que há um propósito, um sentido nas circunstâncias e situações que lhe acontecem (Rm 8:28). Nada está fora do controle de Deus. Ele é soberano. A vida não é uma equação matemática. A lógica e mente humana não solucionam as histórias com seus acontecimentos. É preciso confiar em Deus e se agarrar pela fé nEle (Sl 37:5). A fidelidade dEle tem sido provada de geração em geração (Sl 90:1).


A história bíblica é cheia de exemplos da Providência Divina e como servos de Deus não cremos no “acaso” e nem na “solidão existencial”. Deus está conosco e cuida de nós (Sl 46:1). Como disse Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31). Deus faz tudo cooperar para o nosso bem e para Seu propósito em nossas vidas. Dê passos, vá em frente se for esta orientação de Deus, pois Ele dará o chão. Muitos já correram a carreira cristã. Estamos cercados por uma grande nuvem de testemunhas (Hb 12:1-3). Não deixe o desânimo te envolver. Olhe para o alvo que é Cristo e complete a carreira.


Aceitar o papel de vítima e não fazer nada para mudar é conformar-se com um fatalismo incrédulo. Não considerando a ação de Deus. Quem serve a Ele, mesmo vivendo um luto, deve viver um dia de cada vez, crendo que Deus proverá acerca do amanhã. Para andar com Deus é preciso fé, sem ela é impossível agradá-lo (Hb 11:6). Quem anda com fé ganha convicção das coisas que não se veem e convicção daquilo que espera em Deus (Hb 11:1). Percorre a vida com firmeza confiando nas promessas de Deus as quais se cumprem.
Aceitar o papel de vítima também é geralmente sempre culpar o outro não discernindo seus próprios erros no ocorrido. Quem faz assim alimenta a mágoa, o rancor e a tristeza. Pisa como que num terreno pantanoso onde se afunda submergindo na amargura, que acaba contaminando seus relacionamentos (Hb 12:15). A questão é que mesmo que você tenha sofrido pela ação do outro não pode deixar isto de dominar. Muitos ficam presos ao passado deixando de viver o hoje e ficam sem perspectiva de futuro. Atravesse o luto sem parar nele. Vença a depressão, a decepção, tendo convicção da soberania de Deus e perdoe aquele que lhe causou um grande mal. Mesmo que você não tenha provocado a situação pondere suas veredas, considerando seus erros, porque todos tem pecados e avance para um futuro mais amadurecido.


Descentralize a decepção da tuia vida. Não foque naquilo te fizeram. Quem semeia o mal colherá o mal. A questão é você confiar na soberania de Deus. Os planos de Deus caminham por lugares e acontecimentos que muitas vezes não compreendemos, mas o fato é que a soberania dEle está em execução. Saía do papel de vítima e atravesse o vale da decepção construindo com coragem um futuro mais alvissareiro para você. Os que semeiam em lágrimas colherão os frutos com alegria (Sl 126:5). Você que crê em Jesus, nunca esteve sozinho. Deus tem trabalhado em você o caráter de Cristo. A cada dia você se torna mais parecido com Ele. O trabalho de Deus em você te leva a ser mais frutífero. Você tem pelo Espirito Santo o fruto dEle em tua vida está sendo desenvolvido (Gl 5:22). Você é filho de Deus nas mãos do Pai.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

RELACIONAMENTO COM DEUS

É necessário que tenhamos um relacionamento pessoal com Deus, sejam quais forem as circunstâncias: boas ou más. A intimidade com Deus nos ajudará a vencer os desafios que as circunstâncias trazem. A vida com seus desafios e complexidades precisa ser vivenciada com sabedoria. As atitudes, reações e escolhas vão cooperar muito para que tenhamos uma vida sábia ou não.  O pedido a Deus de Moisés no Salmo 90, versículo 12, faz todo sentido nesta vida desafiadora: “Ensina-nos a contar os dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”

Muita gente se acostuma se relacionar com Deus através de terceiros, usando a fé do outro como uma espécie de muleta. Entretanto, Deus deseja que cada um tenha um relacionamento pessoal com Ele. Deus precisa ser o Nosso Deus e não apenas o Deus do outro. A vida não é um ensaio. Ela é a vera, real. Uma atitude pode mudar toda uma trajetória. Ter Deus como guia e Senhor fará toda diferença como é a diferença entre a vida e morte (Ef 2:1-10). Sem Cristo a morte espiritual permanece. Com Cristo há vida espiritual.

A questão é que se precisa tomar uma posição em relação a vida espiritual. Aquele que busca uma neutralidade na vida está do lado oposto de Deus. Não tomar uma posição ao lado de Cristo é permanecer na morte espiritual (Jo 3:36). A separação de Deus é a realidade da humanidade. Só aqueles que creem em Cristo são aproximados de Deus por meio do Espírito Santo que convence (Jo 16:8-11) da obra expiatória de Cristo na cruz. Jesus pagou o preço com a Sua própria vida para reconciliar o homem a Cristo (2 Co 5:18-21). A Igreja dEle recebeu a mensagem da reconciliação que uma vez crida aproxima o homem de Deus.

Cada pessoa prestará conta de si mesma a Deus (Rm 14:12). Mas, aquele que alcançar a salvação deve pregar as boas-novas a outros para que tenham um relacionamento com Deus. Compartilhar a fé é a marca de que a pessoa foi transformada por Deus e passou ter um relacionamento com Ele. A ação do Espírito naquele que crê são os rios de águas vivas que fluem no interior fazendo com que a mensagem de salvação seja vivenciada e compartilhada nos relacionamentos do crente (Jo 7:37 e 38). Não se pode calar acerca do que se vê e se experimenta no relacionamento com Deus, pois importa mais obedecer a direção do Espírito do que ceder as pressões dos homens (At 5:29). É importante ressaltar que relacionar-se com Deus não tem apenas o sentido vertical, ou seja, com Ele, mas também tem o sentido horizontal, com o próximo. Quem conhece a Deus por meio de Jesus quer fazê-lo conhecido.

Outro aspecto importante é, que o relacionamento com Deus só é possível por causa dEle, pois a iniciativa de redenção foi do próprio Deus. A Graça de Deus é a causa da vida espiritual em Cristo porque nada há no homem de mérito ou ação para alcança-lo. Mas, como afirmou Billy Graham a salvação é pela Graça, mas o discipulado custa tudo. O crente como discípulo tem que viver com as prioridades acertadas e ser disciplinado em cultivar uma vida devocional com Deus. O “a sós com Deus”, que é um momento que se dedica para oração e leitura da Palavra, precisa ser cultivado. A vida precisa ser consagrada a Deus e a reserva de um tempo com Deus é essencial. Priorize um tempo adequado, verdadeiro e exclusivo para que você desfrute da intimidade com Deus e assim cresças e prossiga neste crescimento de Deus em tua vida.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

PERDÃO : RESPONDENDO A GRAÇA DE DEUS COM GRAÇA.

Qual é a maior referência que temos de perdão? Vem do homem? Não, vem de Deus. O padrão do perdão não é humano, mas Divino. Como Deus nos perdoou em Jesus devemos perdoar. Para obtermos o perdão de Deus, Ele enviou Seu Filho Jesus. Deus, que nunca pecou, poderia ter destruído a humanidade ou a largado a própria sorte, mas pelo Seu caráter amoroso providenciou a remissão através de Jesus. Só com Deus está o perdão e por isto devemos teme-lo (Sl 130:4).

Diante da ofensa não se baseie em raciocínio e lógica humana, aja pela fé, perdoe, depois o sentimento acompanhará. Se tentares perdoar baseando no que você sente não conseguirá. Nossas emoções são inconstantes e variam de acordo com o momento. O perdão é uma questão de fé (Lc 17:1-6) na obra sacrificial de Cristo, que perdoa os que creem e se arrependem.

Por mais que a pessoa seja de índole tranquila e mansa ela por si não tem a natureza perdoadora. A natureza humana é vingativa e tende a guardar mágoa e rancor. Muitas vezes situações, que evocam a mágoa ocorrida, faz com que se reviva as situações mal resolvidas fazendo com que o ofendido lance acusações acerca da mágoa. A ausência de perdão impede que nossas orações sejam atendidas por Deus (Mt 6:14 e 15). Deus deixa de perdoar porque o suplicante não perdoa. A questão é não nos concentrarmos nas ofensas, mas no amor de Deus pelos homens que foi provado na cruz (Jo 3:16). Não é questão de merecer ou não o perdão. O perdão é por graça. Graça que foi manifestada por Cristo.

As doenças causadas pela falta de perdão é uma realidade. A amargura adoece e contamina as pessoas ligadas diretamente e até indiretamente as situações mal resolvidas (Hb 12:15). Uma família inteira, uma igreja, uma cidade, um País, um continente e até a história mundial pode sofrer consequências da falta de perdão. Na Bíblia, vemos isto acontecer. Por exemplo, as questões entre Esaú e Jacó perduraram nas nações decorrentes deles por gerações. O conflito entre Isaque e Ismael perduram até os dias de hoje. Jesus contou a parábola do credor incompassivo em Mateus 18: 23 a 35 que ilustra o efeito do não perdão. O credor devia ao Rei uma dívida impagável. O Rei misericordioso o perdoou. O credor depois encontrou alguém que lhe devia muito menos e não agiu de misericórdia com ele lançando-o na prisão. Quando o Rei soube disto, chamou o credor e o repreendeu duramente, recobrando a dívida, que lhe foi perdoada e o lançou na prisão para sofrer nas mãos dos carcereiros. Quem tem consciência do perdão Divino deve perdoar seus ofensores, que o devem muito menos que ele devia a Deus. É agir com Graça, como ele recebeu de Deus. O contrário disto é ingratidão. As orações daquele que não perdoa não serão atendidas por Deus enquanto a falta de perdão permanecer.

A graça de Deus não só se manifesta na salvação de alguém, mas também no desenvolvimento da salvação da pessoa. É preciso crescer na graça e vivenciar a graça de Deus em seus relacionamentos. Se assim não for cairá no erro do credor incompassivo. A vida de Deus não pode ser vivida usando um conta-gotas, mas sim de forma transbordante como é a Graça na vida de quem crê.

Faça uma autoavaliação sobre sua vida e encare o problema do perdão nos relacionamentos que você vivenciou. Jesus afirmou que bem-aventurados são os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mt 5:7). Portanto, nada de combater o mal a ferro e fogo, mas aja com as armas do bem. Quem combate o mal com mal é derrotado pelo mesmo (Rm 12:17-21).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

SENDO OBREIRO ÚTIL

O que fazemos com os que vacilam? O que fazemos com os que titubeiam? A Igreja é lugar de infalíveis? É lugar de super-heróis? Aprendamos com o filho da consolação, Barnabé, que investiu no jovem Marcos, e o resultado foi que o jovem se tornou reconhecidamente um obreiro útil (2 Tm 4:11) pelo próprio apóstolo Paulo que havia tido uma dissenção com Barnabé por causa de Marcos (At 15:36-41).


Não pensemos que na Igreja todas as coisas fluem sem tensões e dificuldades. Seus membros se desenvolvem fazendo a obra de Deus, aprendendo a crescer no conhecimento de Deus e amadurecendo nas relações uns com os outros. Marcos, de fato, é um exemplo de alguém que foi amadurecendo no processo dos relacionamentos e tornou-se útil a ponto de ter escrito o Evangelho que leva seu nome que serviu de base para os outros evangelhos sinóticos. Ele conviveu de forma muito próxima ao apóstolo Pedro e isto possibilitou um maior conhecimento da vida de Jesus escrevendo assim o evangelho.


É característica do servo de Deus ser útil, pois é vaso de honra (2 Tm 2:21). A utilidade será destaque para quem vive uma vida piedosa na fé e aliançada com a santificação. Sem dúvida, o pecado é um desvio e quem vive nEle não se apartando da iniquidade será pedra de tropeço. Aquele foi preparado por Deus para toda boa obra é conhecido pelo Senhor e apartar-se da iniquidade (2 Tm 2:19). Quem quer seguir a Jesus, nega a si mesmo e toma a sua cruz (Mt 16:24). Não é cheio de si, mas cheio do Espírito Santo. O caráter do servo de Deus precisa ser adequado a obra de Deus. Não basta ter habilidade, mas viver em santidade e assim será útil e profícuo na obra do Senhor. A adequação e conformação a vontade de Deus é obra do Espírito Santo e o crente precisa apresentar a Deus seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12:1 e 2) não se conformando ao mundo e sendo transformado pela vontade de Deus.


O obreiro útil também precisa conhecer a Palavra de Deus, manejá-la bem e a praticá-la como manual para sua vida e prática do ministério. Paulo afirmou que a Palavra é proveitosa para ensinar e preparar o homem de Deus para toda boa obra (II Tm 3:16 e 17). Ele ainda afirmou também que o obreiro precisa ser aprovado, não ter de que se envergonhar e manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2:15). Jesus termina o seu célebre sermão do monte com a parábola das duas edificações. Uma edificação foi construída na areia, veio a tempestade e ela desabou. A outra edificação foi edificada na rocha, veio a tempestade e ela permaneceu de pé porque tinha um bom fundamento. Jesus falou que todo aquele que ouve a Palavra e a edifica constrói sua casa na rocha, pois assim estará preparado para as intempéries da vida. Assim é com o obreiro útil. Ao praticar a Palavra ele edifica a sua vida num bom fundamento, que resiste as dificuldades. Quem ouve e não pratica constrói na areia e por isto cai quando vem as tempestades existenciais (Mt 7:24-27).


É preciso sempre lembrar que o obreiro se torna útil à medida que ele convive com Senhor em comunhão, Servir é imprescindível, mas estar aos pés de Jesus aprendendo é essencial (Lc 10:38-42). Jesus chamou de melhor parte, porque se não houver relacionamento com Deus, aquele que é útil perde a utilidade. O sal se torna insípido (Mt 5:13). A luz é escondida (Mt 5:14-16). Sigamos a Jesus de perto e Ele nos fará pescadores de homens (Mt 4:19). O primeiro chamado do discípulo é estar com Jesus (Mc 3:13) e depois disto ele é enviado. Sem estar com Jesus, não sendo transformado, não seremos úteis. Poderemos até sermos usados porque Deus é Soberano, mas sem a nossa parte sendo feita.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).