Arquivo da categoria: Pecado

A CELEBRAÇÃO DO NATAL

No natal é pertinente lembrar que o primeiro milagre realizado por Cristo foi em uma celebração de casamento. A presença dEle fez diferença naquela festa (Jo 2:1-12). Quando você for celebrar o natal busque a presença dEle, pois Ele traz vida a quem crê nEle. Certifique-se que haverá um momento de celebração pelo nascimento de Cristo. Louvores, orações, reflexão da Palavra e o amor fraternal são características importantes que não devem faltar. Talvez haja em sua celebração ausências sentidas por você, mas se você tem Jesus como Senhor é certo que Ele estará presente com você na celebração do natal (Mt 28:20 b). 

Milagre traduz uma palavra grega, que literalmente, significa sinal. O milagre na boda foi um sinal que apontou para Jesus e quem de fato Ele é. No natal também se comemora milagres como a encarnação de Cristo (1 Jo 1:1-4) e o seu nascimento de uma virgem (Mt 1:18-25). Eles mostram a natureza Divina de Cristo e que apesar disto decidiu viver entre nós para redimir aqueles que creem nEle. Os sinais registrados nas Escrituras segundo João foram para testificar que de fato Jesus é o Messias e para quem crer em seu nome recebesse a vida eterna e abundante de Deus (Jo 20: 30-31).

Na celebração que Jesus participou em Caná houve a escassez de um elemento que era importante numa festa, o vinho, mas porque Jesus estava presente houve a provisão. No natal que você está celebrando pode acontecer de você enfrentar dificuldades e até crises em sua realização, mas se Jesus está presente em Espírito, a maior das provisões (Jo 6:35), que é a espiritual, não faltará no seu lar. Tenha certeza também que se Ele supre com o espiritual pode também suprir com o material (Fp 4:19).

Quando Maria comunicou a Jesus que estava faltando vinho Ele respondeu que havia um tempo determinado para que Ele manifestasse seus sinais. Sobre o natalício de Cristo, Paulo fala que jesus veio na Plenitude dos tempos, ou seja, no momento exato que Deus havia determinado (Gl 4:4-7). O ambiente histórico da época como o helenismo, a cultura romana e judaica propiciou que a mensagem de Cristo atingisse todo o mundo e por todas gerações seguintes. O nascimento de Cristo aconteceu no momento exato que tinha para acontecer.

Como escrevi a presença de Jesus na boda fez toda diferença, mas algo importante a ressaltar é que Jesus deixou de ser apenas um convidado do casamento para manifestar seu senhorio. Maria orientou aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse e por isso Jesus operou o milagre. Temos que confiar na Soberania de Deus. O natal também demonstra que Deus é O Senhor da história e que Ele realiza as coisas segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1 e 2). O nascimento de Jesus não foi um nascimento de mais um menino, mas o momento do maior evento da humanidade que foi Deus ter tomado a forma humana.

O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade nascendo numa estrebaria, deitado numa manjedoura entre os animais (Lc 2:6 e 7), visitado por pastores, mas o poder de Deus foi manifestado em meio a esse ambiente, como a estrela guiando os magos (Mt 2:1 e 2), o anúncio dos anjos aos pastores (Lc 2:8-20) etc. No casamento em Caná da Galileia Jesus usou seis potes de pedras e pediu que os enchessem de água e assim transformou água em vinho. As vasilhas eram usadas para a cerimônia de purificação, mas Jesus transformou a água no melhor vinho experimentado. A glória de Deus se manifestou e assim os discípulos creram nele. A mensagem que o natal mostra é que Deus habitou entre nós e em meio as coisas simples da vida Ele transforma vidas de forma semelhante a água que se transformou em vinho. Aleluia!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VENCENDO AS OPOSIÇÕES

Creio que seja difícil enfrentar uma situação, onde os inimigos sejam multiplicados, como Davi descreve no salmo 3, dentre os inimigos, o principal foi seu próprio filho Absalão. Entretanto, Davi afirmou que Deus era seu Escudo e que o sustentava durante o sono. Quando os problemas se multiplicarem, que a nossa confiança em Deus seja maior. Ele é o nosso General, a nossa Salvação em todas as épocas incluindo as épocas adversas que os inimigos se multiplicam.

Como no caso do salmo 3, o conflito pode ser com o da própria casa. Aquele que comia no prato contigo (Sl 41:9). Deus não é um expectador de inimizades, mas aquele que trabalha em favor dos que creem. As situações adversas são usadas por Ele para o aperfeiçoamento e preparo do crente em Jesus, para cumprir os propósitos dEle (Rm 8:28). Nada na vida do servo de Deus acontece por acaso, O Deus da providência atua cumprindo Sua vontade.

O crente em Jesus não deve estranhar o fato de ser desconsiderado, perseguido. Antes de Cristo ele pertencia ao reino das trevas. Ao se converter foi transportado para o reino do Senhor. Portanto, ele passa a ser confrontado pelo reino que deixou, mas ele recebe em Cristo a certeza da vitória sobre satanás e o sistema mundano deste mundo. É digno de destaque que Jesus inclui a perseguição por causa dEle como bem-aventurança (Mt 5:10-12). A identificação do crente com Jesus faz com que sofra com perseguição, mas isto deve ser motivo de alegria porque é pela causa de Cristo, que ele é perseguido (Jo 15:18-25). A carta de Paulo aos Filipenses foi escrito quando ele estava preso, mas apesar disto a sua ênfase e principal temática foi a alegria (Fp 4:4).

Algo digno de destaque é que as inimizades, perseguições não se resumem aos seus aspectos humanos, materiais, sociais e políticos. Enquanto há a inimizade aqui, algo acontece no mundo espiritual e por isto Paulo destacou que a nossa luta não é contra a carne e nem contra o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6:12). Não se deve alimentar o sentimento de antagonismo contra as pessoas, mas discernir os aspectos espirituais dos conflitos. Portanto, ore pelos seus relacionamentos e abençoe aqueles que não te querem bem.

As armas de combate do cristão são diferentes das armas que seus opositores usam. O mal não se combate com o mal, pois se assim for o crente seria derrotado. O cristão deve fazer de tudo o que é possível para ter paz. Não a alcançando, suas reações devem ser com o bem (Rm 12:17-21). Ao agir assim, o opositor poderá cair em si, pois sua consciência falará diante da reação positiva e propositiva do cristão. Ao combater com o bem estará agindo com graça, a mesma graça que recebeu de Deus na salvação de sua alma.

O amor de Deus pela humanidade revelado por Jesus (Jo 3:16; Rm 5:8) deve ser evidenciado pelo crente que recebeu de Jesus o mandamento de amar ao próximo como Deus lhe amou (Jo 15:12). Os discípulos são reconhecidos pela forma como amam (Jo 13:35). O amor é uma marca distintiva do cristão. Antigamente, igrejas davam aos seus membros uma carteirinha de identificação, os servos de Deus amando serão identificados como tais, Que não seja o temperamento explosivo, que não seja reconhecido pelas palavras duras, mas seja o amor na prática que se destaque em você. As habilidades, os dons são necessários, mas soarão desafinados se na sua vida todos os relacionamentos estão quebrados pela ausência do amor na prática. Vença pelo amor. Assim, aquele que hoje é seu adversário poderá ser transformado pelo seu exemplo.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

A VERDADEIRA LIBERDADE

Ser livre é fazer tudo o que se quer? Mas quem quer? O que se quer? O ato aprisiona ou liberta? O que muitos pensam ser liberdade na verdade é libertinagem. Muitos estão escravizados aos seus desejos e por isso fazem o que fazem. Para não encararem a sua escravidão dizem que assim fazem porque são livres. Mas esta liberdade, chamada por eles, é uma verdadeira prisão porque estão presos a essas atitudes pecaminosas.
Na verdade, nesta questão só existem dois lados: ou se é escravo do pecado ou se é servo de Cristo. Não existe um meio-termo. Ou é um, ou é outro. O escravo do pecado não é livre porque é um rendido a natureza pecaminosa que o domina. Ele é um preso (Jo 8:34).Mas, ser servo de Cristo é ser livre, porque foi liberto da escravidão do pecado, e do domínio da natureza pecaminosa (Gl 5:1). Agora, ele quer a Vontade de Deus de forma voluntária, pois tem O Espírito de Deus. E como diz a Palavra: onde o Espírito está aí à liberdade (2 Co 3:17).
Um exemplo de liberdade cristã são Paulo e Silas na ocasião em que foram presos em Filipos (At 16:16-40). Apesar da prisão injusta, dos açoites imerecidos, eles a meia-noite louvaram ao Senhor cantando hinos e de repente houve um grande terremoto que quebrou todos os grilhões. O carcereiro tomado de pavor com receio que todos fugissem tentou dar cabo da própria vida e foi justamente Paulo e Silas que impediram o suicídio daquele que os aprisionava. Paulo e Silvas estavam presos, mas eram verdadeiramente livres. Tanto que pregaram o evangelho ao carcereiro que se converteu com toda sua família. Eles mesmo estando numa situação limitante mostraram que os servos de Cristo são verdadeiramente livre mesmo numa prisão.
A verdadeira liberdade vem de Deus. O homem por si só não alcança esta liberdade. Os céus são abertos para quem crê em Jesus e a pessoa passa a viver na perspectiva celeste (Jo 1:51). A dimensão da concupiscência carnal não domina mais, pois o crente é um ser espiritual, nascido de novo pelo Espírito Santo. O velho homem foi sepultado com Cristo e ressuscitou com Jesus para uma nova vida. Não significa que não pecará mais, mas que o pecado não domina mais o seu ser que foi liberto (1 Jo 5:18),
A Palavra de Deus revela acerca da vida de liberdade em Cristo. Ela é a verdade e quem a crê e pratica viverá em liberdade (Jo 17:17. Jo 8:32). A cegueira espiritual não domina mais a vida daquele que compreende as coisas espirituais. As escamas caíram, e agora a pessoa que crê adentra no conhecimento profundo das coisas espirituais. Gerações e gerações têm experimentado a libertação que a Palavra de Deus traz. O pecado parece ser uma atitude libertária, mas é uma prisão. A Palavra de Deus, sim, quando compreendida os grilhões se quebram e a vida caminha em liberdade.
Algo que também aprisiona é a concepção de que a vida liberta é uma vida que desfruta de poucos limites ou até nenhum. Para eles a liberdade não traz frustrações ou limites, por essa visão, a liberdade é associada a riqueza, prosperidade e sucesso, Mas, na prática vemos que o índice de suicídio entre pessoas ricas e abastadas é grande. Pois, pensando elas que tendo alcançado o auge perceberam que o vazio continuava. A verdadeira liberdade não necessariamente é desfrutada por ricos e pessoas de sucesso. Ela começa dentro e se exterioriza nas atitudes e pensamentos. O amor ao dinheiro e ao sucesso são também prisões e o amor a eles são as raízes de todos os males (1 Tm 6:9 e 10).
A verdadeira liberdade vem de Deus por meio de Cristo. Aquele que crê no Jesus que a Bíblia revela é libertado das cadeias interiores e passa a viver na liberdade do Espírito Santo. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A ORAÇÃO, A VERDADE E A GRAÇA DE DEUS.

Davi é lembrado como um Grande Rei, Guerreiro, Músico e Profeta, mas devíamos lembra-lo também como um homem de oração. Muitos salmos foram compostos por ele, que são verdadeiras orações. Como Eugene Peterson escreveu nos livros de primeiro e segundo Samuel conhecemos a história de Davi, mas em Salmos conhecemos o coração de Davi. A oração é um desnudamento da alma. Onde colocamos todo nosso interior em nossas petições e louvor.


Quando você orar não use máscaras, ou não fique em algum esconderijo da alma, coloque-se inteiramente para o Senhor. Não pense, que qualquer tentativa de se esconder a verdade. ou ocultar algo. logrará êxito quando se ora. Jesus ensinou a mulher samaritana que a verdadeira adoração a Deus precisa ser em espírito e em verdade (Jo 4:24). Aquela mulher identificou em Jesus a capacidade de prescrutar o seu interior, quando Ele mostrou saber a situação conjugal irregular dela (Jo 4:16-19).


É importante ressaltar que a razão para Deus atender uma oração passa pela mediação de Cristo e a fé nEle. Muitas vezes, se atribui a oração respondida ao suplicante, mas sem Jesus não conseguimos nos achegar a Deus (At 4:12). Oramos em nome dEle não por mera formalidade, mas sim porque Ele é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5). Jesus afirmou claramente que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5).


A oração é mais do que proferir palavras, mas envolve o coração, porque o coração quebrantado Deus não despreza. Não se apresente a Deus confiando nas suas peripécias, nas suas habilidades, nos seus esforços, mas se aproxime diante dEle reconhecendo a Graça de Deus, como razão para Ele aceitar as nossas petições através de Jesus Cristo. Davi pecou gravemente, mas arrependeu-se verdadeiramente, e compôs os salmos 51 e 32, onde mostrou que se arrependeu e assim foi restaurado pelo poder de Deus. Ao se aproximar diante de Deus, esteja cônscio da misericórdia dEle e que não há nada em você, que o credencie a não ser o sangue de Jesus, Deus ouvirá sua oração por causa do caminho aberto por Cristo na cruz.


Tiago esclarece muito sobre o assunto afirmando que a súplica do justo pode muito em seus feitos (Tg 5:16), mas esclarece que o justo é humano e sujeito as paixões. Tiago cita o exemplo do profeta Elias, que orando fez com que não chovesse por três anos e seis meses e passando o tempo orou novamente e a chuva voltou. Tiago afirmou que o profeta era humano como os outros, mas orando realizou um grande sinal (Tg 5:17 e 18). Fica claro, que é por causa de Deus, o justificador daqueles que creem em Jesus, as orações são respondidas. As orações respondidas não são somente para pessoas especiais, mas para todos que creem em Jesus, cuja a mediação é responsável por tornar audível e aceitável a oração dos que creem. A oração é um meio de Graça. Os fracos e pequenos podem por meio dela acessar a força e o poder do Senhor. Grandes coisas acontecem quando o povo de Deus ora. Cultive sua vida de oração e assim experimentarás a abundância da vida em Jesus.


(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).

APRENDENDO A VENCER AS TENTAÇÕES COM CRISTO

Mt 4:1-11

Jesus é o maior exemplo. Ao tomar a forma humana podemos ter acesso a Deus por meio dEle e sermos seus imitadores, pois foi homem perfeito. Ele é o nosso grande Sumo Sacerdote, que se compadece dos seus servos, pois em tudo foi tentado e venceu as tentações (Hb 4;15). Separamos o texto de Mateus 4, que mostra as tentações sofridas no início do ministério de Jesus, onde Ele venceu, não sucumbindo as artimanhas satânicas. Extrairemos as lições do ocorrido para aplicarmos em nossa vida espiritual.

I – SER GUIADO PELO ESPÍRITO SANTO v.1 – Jesus foi ao deserto guiado pelo Espírito e foi tentado por satanás a agir de forma independente do Espírito. Mas, Ele priorizou a vontade de Deus e continuou a ser guiado pelo Espírito, sem pecar. Paulo escrevendo aos servos de Deus ensinou que a maneira dos crentes vencerem as concupiscências da carne é andando em Espírito (Gl 5:16). Os filhos de Deus por adoção têm como característica ser guiado pelo Espírito (Rm 8:14). Agora, observamos por este trecho bíblico e para a Bíblia como um todo, que ser guiado pelo Espírito de Deus não significa que não terá dificuldades e nem provas. Jesus foi guiado e foi tentado, mas continuou sendo guiado e venceu as tentações.

II – PRIORIZE O ESPIRITUAL, MAS AJA COM RESPONSABILIDADE E ZELO AS COISAS MATERIAIS v.4-7 – Jesus afirmou que o homem é um ser espiritual cujas necessidades não são apenas físicas, mas também espirituais. As palavras que saíram da boca de Deus e foram registradas na Bíblia são alimento para o homem. Antes, nas escolas se ensinavam que o homem é um animal racional, porém o homem é um espirito que possui uma alma e habita num corpo. É bom que se diga que nesta tentação Jesus trata de forma responsável as questões físicas e materiais envolvidas. Ele não caiu na armadilha de se colocar em perigo e assim mesmo pedir ajuda de Deus. Mas, agiu com prudência e afirmou que O Espiritual tem prevalência. Porém, não tentou a Deus agindo irresponsavelmente se precipitando do pináculo do templo.

III – TENHA CONSCIÊNCIA DE QUEM VOCÊ É EM DEUS v, 3 e 6 – Por duas vezes o diabo provocou Cristo no sentido dele se autoafirmar, mas Jesus sabendo quem era, não caiu na armadilha. O inimigo é astuto e muitas vezes ele age assim. A pessoa querendo mostrar quem é e se auto justificar age destemperadamente pecando. O importante é ter consciência de quem a pessoa é em Deus. Sendo filho de Deus por adoção (Jo 1:12) mesmo que não seja reconhecido como tal a situação espiritual não muda diante de Deus. Mesmo quando se afastou do Pai o filho pródigo não deixou de ser filho e foi recebido de volta pelo Pai com festa (Lc 15:11 -32). Tão bom saber que a segurança da nossa identidade em Deus por meio de Cristo é eterna.

IV – ALIMENTE-SE DA PALAVRA TODOS OS DIAS E GUARDE A PALAVRA NO CORAÇÃO v. 4, 7 e 10 – Fica patente no trecho escolhido que a Palavra de Deus é arma contra as astutas ciladas do inimigo. Jesus por três vezes citou as Escrituras falando: Está escrito. Já aos doze anos de idade Jesus discutia sobre as Escrituras com os doutores da lei (Lc 2:41-52). João afirma que Jesus é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:1-5, 14). Ele é a própria Palavra. É necessário para o crente o alimento diário da Palavra (Js 1:8; Sl 1:2 e 3). A Palavra também deve ser guardada no coração para que o servo de Deus não venha pecar (Sl 119:11). É do interior do homem que surgem os maus desígnios se ele tiver a Palavra no coração o pecado não encontrará espaço (Mt 15:17-20).

V – APLIQUE A PALAVRA NO COTIDIANO, OBEDEÇA A SEUS PRINCÍPIOS E DISCIRNA A PALAVRA COM A PRÓPRIA PALAVRA v. 4, 7 e 10 – Jesus se utilizou das Escrituras para enfrentar as tentações. Mostrando que a Palavra não é só para ser conhecida, mas posta em prática. O Senhor Jesus aplicou-a no seu dia a dia resolvendo questões e situações (Sl 119:105). A aplicação das Escrituras de dá com a obediência aos princípios da Palavra (2 Tm 3:16 e 17). Algo bem elucidativo neste trecho de Mateus 4 é que na segunda tentação o diabo usou a Palavra de forma distorcida e Jesus respondeu com a própria Palavra. Mostrando que a Bíblia deve ser comparada com a própria Bíblia, Jesus ensinou em outros trechos que as Escrituras devem ser examinadas como um todo e não usarmos versículos isolados sem considerar o restante das Escrituras (Jo 5:39).

VI – VIGIE EM ORAÇÃO SEUS PASSOS v,2, 6 e 7 – Jesus passou quarenta dias orando, jejuando e mesmo quando a fome apertou Ele agiu com destreza diante das tentações satânicas. Ele aplicou o princípio que depois ensinaria aos seus discípulos – “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41). Paulo escrevendo sobre a volta de Cristo escreveu: “Não durmamos, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5:6). Ele no contexto diz que os servos de Deus são filhos do dia e por isso deviam viver de forma sóbria e segura em Cristo. Pedro alertou em sua primeira carta: “Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão bramando, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5:8). Como costumo dizer: “quem não quer cair na tentação não fica perto dela”. É importante a vigilância, prudência e as orações para que possamos dirigidos pelo Espírito agir com poder e graça diante das tentações.

VII – VIVA UM ESTILO DE VIDA DE ADORADOR A DEUS, SIRVA-O E NÃO ACEITE AS BARGANHAS DO MUNDO E DO DIABO v.8-10. Fica claro que o crente em Jesus não pode sucumbir a idolatria da cobiça as coisas deste mundo. Adoração deve ser exclusiva à Deus. Sou daqueles que pensa que a palavra adorar deve ser somente usada em relação a Deus. O diabo usa as coisas deste mundo para que o crente deixe de ter um estilo de vida de adorador para que deseje avaramente usufruir as coisas deste mundo (Cl 3:5). O trono do nosso coração deve pertencer a Deus. Se as outras coisas predominarem em nossas vidas nunca chegaremos ao contentamento. Os reinos deste mundo passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2:17). Quanto deixam de adorar para servirem aos seus próprios desejos, mas que o crente não aceite nenhuma barganha porque só Jesus satisfaz.

Jesus seja nossa fonte de inspiração, sempre. Sigamos seus passos. Sejamos adoradores do Senhor em Espírito e em Verdade (Jo 4;23). “Sujeita-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). Use a oração, a vigilância e a Palavra de Deus para a cada dia obedecer a Deus e não ceder as concupiscências da carne. Pelo poder e ação do Espírito Santo em ti, tu serás aperfeiçoado nas provas e tentações. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10:13).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A TERCEIRA TENTAÇÃO DE CRISTO NO DESERTO

A terceira tentação de satanás a Cristo no deserto foi a tentação do atalho, da cobiça e da priorização de si mesmo (Mt 4:8-11). Nessa terceira tentação satanás transportou Cristo mais uma vez, só que agora foi para um monte muito alto com uma vista privilegiada. Dali satanás mostrou-lhe os reinos deste mundo, a glória deles e disse-lhe: Tudo isto lhe darei se, prostrado, me adorares.

A tentação foi a do oferecimento de um atalho para Cristo atingir o Seu objetivo. João escreveu que Jesus se manifestou para desfazer as obras de satanás (1Jo 3:8). Sabendo disso satanás fez a proposta de entregar tudo o que tinha sobre o seu domínio a Jesus se Ele o adorasse. A proposta foi de Jesus não aceitar seu próprio sacrifício na cruz e conseguir o objetivo de vencer a satanás do modo proposto por ele. É bom que se diga que o que satanás tem domínio não é o planeta, as pessoas, mas o que ele domina é o sistema pecaminoso deste mundo que perpassa pelos reinos deste mundo, que jaz no maligno (1 Jo 5:19). Do Senhor é a terra e a Sua plenitude (Sl 24:1), mas o sistema caído pecaminoso deste mundo pertence ao diabo. O diabo queria que Jesus não chegasse até a cruz oferecendo-lhe um atalho. Satanás faz o mesmo com os seguidores de Jesus oferecendo um evangelho sem cruz. Mas Jesus deixou-nos esta palavra: “Se alguém quiser vir após mim, renuncia-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me (Mt 16:24).

A tentação foi também a tentação da cobiça. Satanás mostrou uma bela visão dos reinos da terra e ofereceu-os a Jesus. Ele tentou incitar a cobiça em Jesus. Mas, Jesus não cobiçou. Neste ponto essa tentação lembra a tentação que Adão e Eva tiveram. O fruto do conhecimento do bem e do mal era agradável aos olhos (Gn 3:6). O autor de Hebreus destaca que Jesus em tudo foi tentado, mas jamais sucumbiu a ele. “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4:15). Muitos servos de Deus pousam os olhos em belezas insinuantes e cobiçam. Temos que vigiar quando as coisas que observamos. Jesus alertou: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o corpo terá luz” (Mt 6:22).

Jesus sendo Deus, tomou a forma do homem, foi concebido sem pecado pelo Espírito no ventre de Maria (Mt 1:18) e não nasceu com concupiscência, que é a inclinação humana para o pecado. Mas, Jesus tinha livre arbítrio, portanto se tivesse desejado poderia desobedecer a Deus. A terceira tentação também foi a tentação de Jesus para priorizar a si mesmo e deixar de alcançar a salvação daquele que crê. Satanás propôs se você me adorar, eu me renderei e você me vencerá, o que era mentira. Para Jesus fazer a vontade de Deus e passar pela morte de cruz era o seu alimento espiritual (Jo 4:34). Esta tensão em Jesus se mostra mais claramente no jardim de Getsêmani onde Jesus orou três vezes assim: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26;39). Jesus não aceitou a proposta de satanás no deserto e no Getsêmani não priorizou a si mesmo, mas a vontade do Pai. A resposta de Jesus ao diabo foi: vai-te, satanás, porque está escrito. Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás” (Mt 4:10). Só Deus é digno de adoração. A vontade dEle tem que estar em primeiro lugar. O si mesmo deve ser negado e a vontade de Deus ser cumprida.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A SEGUNDA TENTAÇÃO DE CRISTO NO DESERTO

A segunda tentação de satanás a Cristo foi do exibicionismo, do sofisma e da precipitação (Mt 4:5-7). Nessa tentação o diabo transporta Jesus até a Jerusalém e o coloca no pináculo do templo. Então o diabo desafia a Cristo – “Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra”. Satanás usou a Palavra de Deus de forma distorcida citando Salmos 91:12.

Satanás tentou a Cristo no sentindo de Jesus optar por exibir-se com uma grande manifestação do poder de Deus. Foi uma proposta de exibicionismo. Os religiosos nos tempos de Jesus faziam de tudo para serem vistos pelos homens. Orações, jejuns, ofertas, esmolas, tudo eles faziam para se exibir (Mt 6:1-18). A busca pelo reconhecimento do povo era prioritário para eles (Mt 23:1-12). Satanás fez uma proposta para que Jesus se adequasse a esse estilo de exibicionismo, mas Jesus não caiu em busca de popularidade. O objetivo dEle era humilhar-se obedecendo ao Pai até a morte de cruz (Fp 2:8). Ele andou contra o fluxo da religião vigente. Satanás tentou a Jesus para que ele fosse mais do mesmo. Se Jesus tivesse aceitado Ele estaria se desviando do propósito de ser cordeiro de Deus (Jo 1:29) para um perfil mais baseado em sinais estrondeantes e assim desviaria de ser o servo de Deus que veio para servir (Mc 10:45)

O diabo lançou um sofisma para Cristo. Usando a verdade da Palavra de Deus, mas com um propósito enganoso e deturpado. O sofisma é um argumento lógico com o objetivo de usar a verdade e produzir uma verdade ilusória e enganadora. Certamente O Senhor protege os seus, mas isso não significa que a pessoa não deve ser prudente colocando-se em perigo. O inimigo é astuto e aproveitou a fome e o cansaço de Jesus para que Ele se autoafirmar-se agindo de forma irresponsável. Jesus usou as armas de Deus para desbaratar argumentos distorcidos que o levariam para longe da cruz.  (II Co 10:4).

Essa tentação também foi a tentação da precipitação. Jesus estava sendo guiado em todo o tempo pelo Espírito Santo e o diabo o tentou para que agisse precipitadamente e se lançasse do pináculo do templo realizando um sinal despropositado, pois Ele estava em todo o tempo sendo dirigido pelo Espírito, e isso seria uma atitude independente do Espírito. A tentação também foi um estímulo de um atentado contra si mesmo. O argumento do diabo é que Deus protegeria a Jesus sendo filho de Deus mesmo que Ele intentasse contra si mesmo. O que é uma mentira. Jesus não se precipitou e disse a satanás: também está escrito – Não tentarás o Senhor teu Deus, citando Deuteronômio 6:16.

Aprendemos que quando alguém distorcer a Palavra de Deus para nos enlaçar devemos da mesma maneira usar a Palavra com verdade e em verdade para refutar o sofisma. A Palavra de Deus é a verdade e por ela devemos nos santificar (Jo 17:17). Como servos de Deus devemos ser prudentes e não colocar Deus em prova por tomadas de decisões precipitadas e descabidas. Não se pode com as atitudes se colocar em risco e depois pedir proteção a Deus. Muitos agem de uma forma contrária e depois pedem para O Senhor abençoar. Essa tentação nos mostra que precisa haver uma sintonia fina entre nossas atitudes e nossas orações. Do contrário, será colocar Deus em prova em algo que cooperamos para o mal com nossas atitudes.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A PRIMEIRA TENTAÇÃO DE CRISTO NO DESERTO

A primeira tentação de satanás a Cristo foi da independência de Deus, da autoafirmação e da supressão do espiritual por causa do material (Mt 4:1-4). O Espírito havia levado Jesus ao deserto e ao jejum. Satanás tentou induzir a Cristo a agir por si de forma independente e transformar pedras em pães. O dever de Jesus era ser obediente ao chamado, como o foi, e não decidir por si próprio quanto à maneira de terminar seu jejum. Para uma pessoa deste século a maturidade significa que ela tem autonomia e independe de terceiros, só confiando em si. A pessoa deste mundo tem como base o si mesmo, e para muitos isso é o indício que a pessoa chegou à idade adulta. No reino de Deus é diferente a maturidade, ela é caracterizada pela fé, obediência, paciência e dependência do Espírito que lhe guia em tudo. Ao invés da independência, no reino de Deus é a dependência e confiança em Deus, que caracterizam a maturidade.


Um dos grandes segredos para não se cair na tentação é depender de Deus, é confiar que Deus tem o tempo certo e a hora certa para agir. Sejamos sempre dependentes do Espírito Santo e não façamos as coisas a nossa maneira, mas no modo de Deus. A sociedade mundanizada pressiona a uma vida independente de Deus. Coloca a prioridade da vida a felicidade, que para ela é alcançar o sucesso, riqueza e sexo. Deus só é lembrado nas horas de emergência. O fato é, que o si mesmo não é um bom fundamento. A vida é frágil. Muitos constroem a tão almejada segurança, que não resistirá as intempéries da vida. Mas, aquele que constrói sua vida fundamentada em Cristo tem o alicerce na eternidade.
A primeira tentação a Cristo explorou também a necessidade humana de autoafirmação. Quando alguém confronta o outro acerca da sua identidade o confrontado tem o impulso de provar quem de fato é. Satanás falou para Jesus: “Se tu és o Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães”. Estava ali Jesus fragilizado fisicamente pelo jejum e satanás o tentou na identidade, pois afinal Ele era o filho de Deus, por isto o inimigo o incitou a provar de fato quem era. Mas, Jesus, sendo fiel ao Pai, não caiu na armadilha, de provar a sua divindade, pois a característica maior que Ele tinha é ter a vontade de Deus como o seu maior alimento (Jo 4:34).


Essa tentação também provou a escala de valores de Cristo. Ele estava seguindo a direção do Espírito e quando cansado e com fome, satanás fez a proposta de que ele colocasse o espiritual em segundo plano e priorizasse o material. Muitos buscam o material sem levar em conta o espiritual e a vontade de Deus e por isso até conseguem o material, mas espiritualmente estão mortos nos pecados (Ef 2:1-3). E como Jesus afirmou certa feita – é melhor não perder a sua alma do que ganhar o mundo inteiro (Mt 16:26). O espiritual em Cristo é eterno. O material sempre é finito. É claro que não estou dizendo que não devemos trabalhar, suar a camisa para ganhar o sustento, mas o fato é que nada que conquistemos neste mundo levaremos para a eternidade, mas a vida com Cristo, esta sim permanecerá porque é eterna. Muitos nesta vida agem como o jovem rico que queria alcançar a vida eterna, mas amava mais as riquezas do que o espiritual e por isto ficou com o material sem receber o espiritual (Mt 19: 16-26).


A resposta de Jesus para essa tentação foi que o homem não vive só de pão, mas sim, também do espiritual, das palavras de Deus. O homem não é só um corpo físico, que tem uma alma, mas também tem o espírito que precisa das palavras de Deus. Não negligencie a sua vida espiritual por causa do seu eu, por causa da pressão da autoafirmação e não priorize o material em detrimento do espiritual. Como homens precisamos do material, mas como possuidores da parte espiritual precisamos de Deus.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

ASPECTOS QUE ENVOLVEM O ARREPENDIMENTO

Aquele que crê em Jesus está livre do domínio do pecado (Rm 6:14). Mas, isto não significa que o servo de Deus não peque mais, mas o pecado não é mais recorrente, ele acontece eventualmente, porque a concupiscência que está na carne cede as iscas pecaminosas. O salvo consegue dizer não ao pecado porque foi liberto por Jesus (Jo 8:31 e 32). Não era assim antes de Cristo porque ele era escravo do pecado (Jo 8:34). Mas, um dia ouviu a Palavra de Cristo e com seu coração creu (Rm 10:17), se arrependeu (Mc 1;15) e nasceu de novo através do Espírito Santo (Jo 3:1-8).

O pecado tem um elemento de engano, quem comete acha que conseguirá fugir das consequências. O pecador fica meio entorpecido, se sentindo imune. Mas, aquilo que parece trazer vantagens cobra a conta e mostra o seu veneno. O salário do pecado é a morte (Rm 6:23)

Algo que acontece com a pessoa que se arrepende verdadeiramente é que ela cai em si depois e percebe o mal que cometeu. Assim aconteceu com o filho pródigo, que depois de gastar tudo e ver a sua penúria, caiu em si acerca do seu pecado e ingratidão ao pai (Lc 15:17). O cair em si é quando a pessoa toma consciência do pecado cometido. Davi depois de cometer adultério e planejar a morte de Urias demorou um certo tempo para cair em si. Precisou que o profeta Natã o confrontasse contando uma história que despertou a ira de Davi. O profeta contou a história de homem muito rico que tinha muitas ovelhas, mas apesar disso pegou a ovelha única de um homem pobre. Natã disse a Davi: “tu és o homem” (2 Sm 12:7). Neste exato momento Davi caiu em si e se arrependeu.

 Diante do pecado cometido a pessoa que se arrepende tem uma tristeza, que Paulo chama de tristeza segundo Deus, que leva ao arrependimento (2 Co 7:10). Bem-aventurados os que passam por isto, porque encontram o perdão do Senhor. Quem nos dá a tristeza segundo Deus é O Espírito Santo e assim recorremos a Jesus e obtemos o perdão dos pecados.

O arrependimento também envolve confissão (1 Jo 1:9). Confessar é falar a mesma coisa. A ideia é que o pecador chama de pecado aquilo que também Deus chama. O pecador sem desculpas se expõe a luz do Senhor e reconhece seu pecado. A tendência do homem é se justificar, mas a confissão do pecado precisa reconhecer que nada e nem ninguém pode tirar a culpa a não ser o sangue de Jesus.

A pessoa que se arrepende deixa de praticar o pecado. Afinal, arrependimento é mudança de mente ou mudança de pensamento. Aquilo que ele praticava, ele agora desaprova e não deseja cometer novamente. O sábio asseverou: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28:13).

Finalmente, a pessoa que se arrepende muda de atitude se houver tempo hábil para fazê-lo. Um grande exemplo é o Zaqueu, que era um publicano desonesto, ele ao conhecer Jesus e receber Jesus em sua casa, decidiu restituir quatro vezes mais ganhos ilícitos e doou metade dos seus bens aos pobres (Lc 19: 1-10). De fato, o arrependimento não é algo que atue somente na área emocional, mas muda também o pensamento e vontade do penitente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

As experiências têm sua importância na vida cristã, mas elas precisam passar pelo filtro da Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e prática. Se tem alguma doutrina onde as experiências para alguns se tornam uma Bíblia paralela é a doutrina do Espírito Santo. É urgente que nos voltemos para a Palavra e assim vejamos com seus óculos nossas práticas.

No Antigo Testamento O Espírito Santo não habitava em cada um do povo de Deus, mas permanecia no meio do povo, atuando em pessoas específicas. No Novo Testamento houve a inauguração de um novo período de atuação do Espírito na história. No Antigo, o Espírito Santo era citado de uma forma discreta comparado ao Novo. Porém, no Antigo foi profetizado que na nova aliança O Espírito seria derramado nos últimos dias (Jl 2:28 e 29). O Novo testamento retrata o início desses últimos dias.

Logo no início do Novo Testamento, vemos que João Batista, primo de Jesus, era cheio do Espírito já no ventre de sua mãe (Lc 1:15-17) e que O Espírito esteve sempre associado a Jesus, o Messias, na concepção e em todo o tempo. No batismo das águas de Jesus desceu como pomba e repousou em Jesus (Lc 1:32 e 33). No ministério de Jesus Ele atuou desde o início levando Jesus para ser tentado pelo diabo (Mt 4:1). Jesus em Nazaré pregando afirmou ser o Messias, Ungido pelo Espírito em todas suas obras (Lc 4:16-21). A Bíblia mostra Jesus expulsando demônios pelo Poder do Espírito (Mt 12:28) mostrando que era chegado o reino de Deus. O autor de Hebreus escreve que Jesus ao se oferecer como sacrifício se ofereceu pelo Espírito (Hb 9:14). Na ressurreição de Jesus o poder que ressuscitou Jesus foi do Espírito Santo (Rm 8:11). A associação com Cristo ainda se mostra sobre o fato que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo (Mt 3:11).

A obra de evangelização que a igreja realiza está intimamente ligada ao trabalho do Espírito no mundo. Sem Ele não haveria conversões e nem haveria vigor na Igreja para a evangelização. O Espírito Santo é a Pessoa de Deus que habita naquele que crê em Jesus. Foi através do Espírito que o crente nasceu de novo e é O Espírito que reveste o crente de Poder para testemunhar (At 1:8). O Espírito é convencedor do mundo (Jo 16: 8-11), do pecado (Rm 3:23), da justiça (Rm 8:1 e II Co 5:21) e do juízo (Hb 9:27). Ele que impede o crescimento do pecado no mundo (II Ts 2:5-8) usando a Igreja como elemento preservador da sociedade. Jesus chamou a Igreja de sal e luz (Mt 5:13-16).

Na Igreja o Espírito foi que uniu os membros no corpo de Cristo (1 Co 12: 13 e 14). Pelo Espírito, Deus Pai e Jesus Cristo vive na Igreja e no crente (Ef 2:22; Mt 28:20; 1 Co 6:15-20) concedendo dons (I Co 12: 6 e 7). O Espírito Santo também na vida do crente é O Guia que conduz de acordo com a Palavra de Deus. Precisas de direção? Ore ao Senhor e peça que O Espírito te guie e Ele fará sempre de acordo com a Palavra. Há uma promessa (Rm 8:14). É o Espírito que transforma o crente cada vez mais parecido com Cristo (II Co 3:18) produzindo nele o Seu fruto (Gl 5:22).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).