Arquivo da categoria: Antigo Testamento

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR

Depois do povo de Israel ter atravessado um período de grave crise e o Senhor ter dado uma grande vitória, o profeta Samuel exclamou: “até aqui O Senhor nos ajudou” (1 Sm 7:12). É pertinente olhar para o ano que passou e fazer a mesma exclamação. Se não fosse O Senhor não teríamos chegado até aqui! A afirmação do profeta vem do entendimento que Deus não é um expectador impassível da história, ou ainda, um Deus sujeito as mudanças de humor, mas sim, o Deus que trabalha em favor dos seus. Como escreveu o profeta Isaías: “porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nEle espera” (Is 64:4). Trabalharemos neste texto os significados da expressão de Samuel.


Podemos todos dias afirmar que até aqui ajudou o Senhor. O trabalho de Deus é constante, incansável e perseverante. Não tem um dia que Ele deixe de realizar a vontade dEle na vida dos que creem nEle. Cada dia e momento vivido tem a mão de Deus. Ele é refúgio, fortaleza e socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1). O “até aqui” pode ser dito todos os dias. Não há lapsos de esquecimento ou de descuido de Deus em algum momento. O reconhecimento disto propiciará ambiência de gratidão, adoração e dependência de Deus. Jesus disse: “Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). Ele ensinou a pedir o pão de cada dia (Mt 6:9-13). Todos os dias devem ser contados considerando o agir de Deus neles (Sl 90:12). A providência, provisão e ajuda dEle aos seus servos são reais. Deus de fato reina, O Seu trono está firme desde a eternidade (Sl 93). As coisas que sucedem aos servos de Deus caminham para o propósito de Deus para com eles de leva-los até a semelhança de Cristo (Rm 8:28).


A ajuda do Senhor é de alguém que conhece e viveu no seu ministério terreno as dificuldades da vida humana. Como escreveu o autor de Hebreus Jesus foi semelhante aos homens até no sofrimento das tentações e por isto pode socorrer seus servos. “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2:18). A identificação de Jesus como homem foi a forma de cumprir a providência de Deus para os que creem, e se Ele se identificou de tal forma devemos confiar na ajuda dEle para com O Seu povo. “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4:15 e 16).


A consciência do Senhorio de Cristo deve nos levar ver o ano que passou de forma confiante, pois Ele é Soberano, e encararmos o próximo ano com convicção de que O Senhor cuida do Seu povo. A promessa de Salmos 37: 39 e 40 é justamente para aqueles que confiam no Senhor – “Mas a salvação dos justos vem do Senhor; Ele é a Sua fortaleza no tempo da angústia. E O Senhor os ajudará e os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto confiam nEle”. A esperança não faltará para aquele que crê no Deus Todo-Poderoso, pois mesmo não havendo impossíveis para Ele, seu olhar e trabalho estão voltados para seus filhos por adoção (Jo 1:12). Cada passo que dermos podemos dizer que “até aqui nos ajudou O Senhor”.
Samuel depois de uma vitória sobre os Filisteus pegou uma pedra e a chamou de Ebenézer, que quer dizer – pedra de ajuda e disse a frase do nosso escrito: “até aqui nos ajudou O Senhor” (2 Sm 7:7-14). Atravessemos mais uma virada de ano gratos por aquilo que passou e sejamos esperançosos por aquilo que ainda virá porque O Senhor será sempre conosco.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).


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O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

As experiências têm sua importância na vida cristã, mas elas precisam passar pelo filtro da Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e prática. Se tem alguma doutrina onde as experiências para alguns se tornam uma Bíblia paralela é a doutrina do Espírito Santo. É urgente que nos voltemos para a Palavra e assim vejamos com seus óculos nossas práticas.

No Antigo Testamento O Espírito Santo não habitava em cada um do povo de Deus, mas permanecia no meio do povo, atuando em pessoas específicas. No Novo Testamento houve a inauguração de um novo período de atuação do Espírito na história. No Antigo, o Espírito Santo era citado de uma forma discreta comparado ao Novo. Porém, no Antigo foi profetizado que na nova aliança O Espírito seria derramado nos últimos dias (Jl 2:28 e 29). O Novo testamento retrata o início desses últimos dias.

Logo no início do Novo Testamento, vemos que João Batista, primo de Jesus, era cheio do Espírito já no ventre de sua mãe (Lc 1:15-17) e que O Espírito esteve sempre associado a Jesus, o Messias, na concepção e em todo o tempo. No batismo das águas de Jesus desceu como pomba e repousou em Jesus (Lc 1:32 e 33). No ministério de Jesus Ele atuou desde o início levando Jesus para ser tentado pelo diabo (Mt 4:1). Jesus em Nazaré pregando afirmou ser o Messias, Ungido pelo Espírito em todas suas obras (Lc 4:16-21). A Bíblia mostra Jesus expulsando demônios pelo Poder do Espírito (Mt 12:28) mostrando que era chegado o reino de Deus. O autor de Hebreus escreve que Jesus ao se oferecer como sacrifício se ofereceu pelo Espírito (Hb 9:14). Na ressurreição de Jesus o poder que ressuscitou Jesus foi do Espírito Santo (Rm 8:11). A associação com Cristo ainda se mostra sobre o fato que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo (Mt 3:11).

A obra de evangelização que a igreja realiza está intimamente ligada ao trabalho do Espírito no mundo. Sem Ele não haveria conversões e nem haveria vigor na Igreja para a evangelização. O Espírito Santo é a Pessoa de Deus que habita naquele que crê em Jesus. Foi através do Espírito que o crente nasceu de novo e é O Espírito que reveste o crente de Poder para testemunhar (At 1:8). O Espírito é convencedor do mundo (Jo 16: 8-11), do pecado (Rm 3:23), da justiça (Rm 8:1 e II Co 5:21) e do juízo (Hb 9:27). Ele que impede o crescimento do pecado no mundo (II Ts 2:5-8) usando a Igreja como elemento preservador da sociedade. Jesus chamou a Igreja de sal e luz (Mt 5:13-16).

Na Igreja o Espírito foi que uniu os membros no corpo de Cristo (1 Co 12: 13 e 14). Pelo Espírito, Deus Pai e Jesus Cristo vive na Igreja e no crente (Ef 2:22; Mt 28:20; 1 Co 6:15-20) concedendo dons (I Co 12: 6 e 7). O Espírito Santo também na vida do crente é O Guia que conduz de acordo com a Palavra de Deus. Precisas de direção? Ore ao Senhor e peça que O Espírito te guie e Ele fará sempre de acordo com a Palavra. Há uma promessa (Rm 8:14). É o Espírito que transforma o crente cada vez mais parecido com Cristo (II Co 3:18) produzindo nele o Seu fruto (Gl 5:22).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

O PASTOR DO SALMO

O salmo de número 23 sem dúvida alguma é o mais conhecido dos salmos. Muitos o recitam sem entender, que se O Senhor não for O Pastor da vida, suas promessas não se cumprirão. Conta-se a história de uma noite de declamações poéticas onde vários artistas se apresentaram. Um bom ator declamou o Salmo 23 e houve uma explosão de aplausos. Depois dele, apareceu um senhor idoso que declamou o salmo também, mas o resultado foi o silêncio da plateia. Na verdade, todos estavam chorando emocionados pela declamação do salmo. O ator vendo a reação afirmou que a diferença era que ele conhecia o salmo do pastor, mas o idoso conhecia O Pastor do salmo. Como precisamos ser pastoreados pelo Pastor do salmo 23.

As palavras do Salmo não são ilusórias e mostram o quanto somos suscetíveis aos problemas durante a existência. As palavras de tranquilidade e refrigério mostram que na existência acontece pressão e cansaço (v. 2 e 3). Quando ele fala de ser guiado pelas veredas da justiça mostra que muitos estão sem direção (v.3). Quando ele fala do vale da sombra da morte, fala da violência e da densidade da sombra que ela projeta (v.4). Quando ele fala de banquete perante os inimigos ele mostra o quanto as inimizades e invejas nos espreitam (v,5). Perseguições, hostilidades e adversários enfrentaremos na vida, mas entendendo que O Senhor Jesus é Pastor e sendo conduzido por Ele desfrutaremos da segurança e conforto do seu pastoreio. Neste salmo Davi diz que os inimigos estarão, muitas vezes, diante de nós. Entretanto, Deus promete honra, alegria e cura em meio à hostilidade e à inveja dos inimigos. Deus promete ungir-nos que é um sinal de honra. Promete pôr óleo nas feridas e que a alegria transbordaria.

Confie no Senhor e não temas o que pode te fazer o teu perseguidor, Deus é contigo.  O Pastor do Salmo é o Bom Pastor de João 10, ou seja, Jesus Cristo e os que creem nEle são ovelhas dEle. As vidas das ovelhas do Senhor precisam ser vida de entrega, obediência e condução. O salmista diz: guia-me, refrigera-se, leva-me junto, prepara-me etc. O que faz diferença é ter O Senhor que é Pastor das nossas vidas. Ele diz que O Senhor é meu Pastor, não talvez seja ou ainda, será, mas Ele é. As consequências serão que não te faltarão:

  1. Descanso (v.2)
  2. Refrigério (v. 3)
  3. Rumo e caminho justo (v.3)
  4. Consolação nas perdas (v.4)
  5. Honra e alegria transbordante (v.5)
  6. Bondade e misericórdia hoje e sempre (v.6)

Neste mundo agitado, violento e complexo ter a certeza de que não está só e que Jesus te guia como Pastor, que Ele é, faz com que a caminhada seja segura e confiante. As ovelhas do Senhor são caçadas todos os dias pela misericórdia e bondade do Senhor, dia após dia, semanas após semanas, meses após meses e anos após anos.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

NOSSO SOCORRO VEM DO SENHOR

Salmos 121

Alguém que precisa de socorro está enfrentando algo ameaçador, maior que si. O salmista ao observar os montes de uma certa distância lembra dos tamanhos das suas dificuldades. E não é assim conosco? Quantas coisas são como gatilhos que evocam em nós lembranças das coisas que nos amedrontam e nos desafiam? Ele olha para os montes e pergunta: de onde virá o meu socorro?

O salmista afirma que Deus é o seu socorro. Não apenas o socorro de grandes nomes como Abraão, Moisés, etc. Não apenas socorro das gerações anteriores, mas um socorro no presente tempo em que ele vivia. O salmista olhou para os montes e viu as elevações como obra de Deus e assim pela fé percebeu que O criador dos céus e da terra era alguém que se importava com Ele e que Ele era e é O Todo-Poderoso Criador.

O socorro para o salmista não era mera possibilidade, mas algo concreto. A jornada que ele tinha para frente só poderia chegar ao destino se Deus fosse com Ele. As figuras que o salmista usa são de Deus como Guarda, como sua Sombra, como alguém que domina tudo, como alguém que vê tudo e nada lhe escapa.

As fobias têm se multiplicado. Há pessoas que sofrem de diversos distúrbios por causa da violência generalizada dos tempos contemporâneos. Viver com o senso da presença de Deus é necessário para o bem de nossas almas. Mas, o salmista não entende Deus apenas como um observador, mas como alguém que age na história da humanidade, como Alguém que age na sua história de forma tão próxima que Ele era a sua sombra. E algo de suma importância, O Senhor guardava também a sua alma.

O entendimento desse salmista é resultado de um relacionamento pessoal com Deus. Ele afirmou que o seu socorro viria do Senhor. Ele usa a palavra “meu socorro”. Através de Cristo Deus torna-se “meu Deus”, pois Jesus é Salvador pessoal. A promessa de Jesus em sua despedida foi que Ele estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28:20) e Ele está com todo aquele que crê nEle pela pessoa do Espírito Santo. Crês tu nisto?

Vivamos pela fé com este senso e confiança de ser Deus O nosso Senhor e Auxílio sobre tudo. Todos nós temos que sair de nossos lares para desempenhar nossas funções na sociedade. Por isto ter o entendimento que “Ele guarda a nossa entrada e saída” traz paz e confiança. Deus está sempre pronto. Nada o pega desprevenido. Ele nem ao menos cochila, pois Ele não tosqueneja. A confiança em Deus faz com que se vença o medo, que ganha formas e pensamentos que tendem paralisar e impedir que a vida seja usufruída com leveza e doçura. A angústia que ele traz afeta as emoções. É por isto e por mais aspectos, que o fato do Senhor está conosco na caminhada, e a nossa confiança repousar nEle, faz com que pisemos seguros nos caminhos da vida. Assim, quando visualizarmos os montes da vida e nos preocuparmos, prosseguiremos, pois temos a convicção que o nosso socorro vem do Senhor.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

OS NOSSOS RECURSOS NAS MÃOS DE DEUS

Normalmente quando alguém é chamado por Deus para a realização de uma obra o chamado olha para si e enxerga impossibilidades. O sentimento de inadequação se manifesta. Foi assim com vários servos do Senhor na Bíblia. A questão é que quando Deus chama, Ele capacita e potencializa os recursos que o chamado tem. A experiência de Moisés ilustra bem isto (Êxodo 3 e 4).


Deus chamou Moisés para uma grande obra falando-o em meio a uma chama que ardia numa sarça, que não se consumia. Moisés apresentou a Deus suas limitações para aceitar o chamado dando cinco tipos de desculpas diferentes. Em uma das respostas, Deus perguntou para Moisés o que ele tinha na mão. Ele respondeu: um bordão, que ele usava para cuidar do rebanho do seu sogro. O bordão deixou de ser um pedaço de madeira para tornar-se um grande instrumento nas mãos de Deus. Deus se utiliza e potencializa o que temos e o que somos para realizar a Sua Obra. Quando o chamado vê impossibilidades em si, Deus pega o que o chamado tem e usa para a Sua Glória.


Os exemplos se multiplicam. A viúva pobre, por exemplo, com parcos recursos foi usada como referência por Jesus como ofertante (Lc 21:1-4 e Mc 12:42-44). Davi ficou desajeitado com a armadura de Saul, lutou contra Golias usando parcos recursos como a funda, o cajado e cinco pedras e pelo poder de Deus venceu (I Sm 17:40). Lucas, médico, utilizando a habilidade com a escrita foi usado por Deus para escrever verdadeiros tratados históricos como Lucas e Atos (Lc 1;1-4 e At 1:1-3). Dorcas, que com sua agulha, abençoou muitas vidas carentes com variadas roupas (At 9:36-42). O menino que só tinha cincos pães e dois peixes viu seus recursos multiplicarem e alimentarem cerca de quine mil pessoas (Jo 6:5-13).


Deus, sendo Todo-poderoso, além de potencializar os recursos também acrescenta outros de forma natural e sobrenatural. Elias, sendo homem sujeito às mesmas paixões que nós, orou e parou de chover, anos depois orou novamente e voltou a chover (1 Rs 17:1; 18:1, 42-45 e Tg 5:17, 18). O bordão de Moisés foi usado por Deus em várias ocasiões de forma sobrenatural: na praga em que transformou água em sangue, na praga de gafanhotos e até para abrir o mar vermelho, etc.
Você que já foi chamado por Deus para Sua obra, tem colocado desculpas para não atender, entregue ao Senhor quem você é, os recursos que você tem para Ele usar, pois Ele tem poder para multiplicar e te acrescentar outras capacidades que você ainda não tem. Tire os olhos de si e olhe para quem te chamou, para Ele não há nada impossível. Se a sua hesitação tomar conta serás privado de uma vida marcada pela superação e proezas. Os planos de Deus são maiores que os seus. O servo de Deus só encontra sossego na alma quando está vivendo a vontade de Deus. Tome uma atitude de fé e busque cumprir o chamado de Deus para sua vida. Muitos serão abençoados por ti porque somos bênçãos do Senhor quando andamos no caminho da obediência. Deus se agrada dos seus servos, que pela fé vivem o propósito do Senhor. Moisés se tornou um dos grandes nomes da história, quando mesmo em meio as hesitações, tornou-se um líder muito usado por Deus. Que seja assim com você!


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

ESPERAR NO SENHOR

Vivemos na era do automatismo. Muitos trabalhadores estão sendo substituídos pela tecnologia. Não desejamos esperar, mas pelo contrário, desejamos tudo para ontem. Na Bíblia, entretanto, o imediatismo não é regra. Jesus, certa vez, curou um cego imediatamente (Mc 10: 46-52), mas um outro, tocou duas vezes para curá-lo (Mc 8: 22-26). Devemos pedir a Deus um coração paciente e perseverante, sabendo que Deus tem o Seu tempo para realizar em nós a Sua vontade.


Os patriarcas do Antigo Testamento são bons exemplos dessa forma de Deus agir. Abraão esperou muito tempo para que o filho da promessa Isaque nascesse. Sara não sabendo esperar sugestionou a Abraão um meio do seu próprio jeito para a promessa se cumprir, que trouxe problemas para seus descendentes. Deus foi cumprir a sua promessa a Abraão depois de vinte cinco anos. (Gn 12:4; 16: 3, 16; 21: 1 e 2). Depois do nascimento de Isaque ao monte Moriá foram quatorze anos. Ao total foi um empreendimento de 39 anos para depois Deus pedir a Abraão para abrir mão de Isaque (Gn 22:1 e 2).


Esperar em Deus é um exercício para nossa fé. Não devemos esquecer isto. Hoje em dia muitos querem determinar o tempo da bênção, mas Deus é Soberano. Ele é O Senhor do tempo. O impaciente manifesta sua impaciência no cotidiano, nos relacionamentos interpessoais e até no relacionamento com Deus, que não deve ser assim. A paciência e a perseverança se encontram numa pessoa que foi exercitada e amadurecida por Deus.


O salmo 40 em seus três versículos iniciais afirma que Deus age da seguinte forma para quem espera nEle:
1) Ele se inclina para o suplicante
2) Ele ouve o clamor
3) Ele o ergue
4) Ele o purifica da lama do mundo
5) Ele o estabelece
6) Ele o sustenta
7) Ele o harmoniza em salmos de alegria
8) Faz do suplicante um testemunho das obras de Deus


Vale esperar e confiar no Senhor. Não escrevo como se fosse fácil, mas é muito melhor esperar no Senhor do que agir de forma sem confiar em Deus. Quem confia nEle, exercitando a sua fé e esperando nEle tem “suas forças renovadas; subirá com asas como águias. Correrá e não se cansará e andará e não se fatigará” (Is 40:31). Este versículo mostra que esperar em Deus não é ficar de braços cruzados, mas fazer a sua parte sabendo que Deus fará a dEle.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A PUREZA DA PALAVRA DE DEUS.

palavra pura

Há uma preocupação crescente da sociedade com a pureza dos alimentos que são ingeridos e deve ser assim. Muitas das doenças têm origem em nossa má alimentação. Como acontece fisicamente conosco nós temos a necessidade de alimentar também o nosso espírito. Pensando assim, Pedro recomendou que os nascidos de novo recentemente se alimentassem do leite espiritual não falsificado (1 Pe 2:2). Ele estava se referindo a Palavra de Deus. Ela é um alimento puro vindo de Deus. É por meio dela que crescemos. Como um recém-nascido necessita do leite materno assim os crentes necessitam do alimento puro que é a Palavra de Deus.

Ela é pura porque não foi por vontade humana, mas pela inspiração divina, que foi escrita. Apesar de ter sido escrita por cerca de 40 homens, Deus, que é na verdade Seu autor. O próprio apóstolo Pedro afirmou que nenhuma profecia que foi escrita na Bíblia foi produzida por vontade de homem, mas sim pela vontade de Deus, que inspirou seus autores (2 Pe 1:21). Davi no salmo de número 12 versículo seis afirma que a Palavra é semelhante a prata que é refinada em fornalha de barro purificada sete vezes. O número sete indica plenitude. A Palavra do Senhor é perfeitamente pura. Suas palavras transcendem a sabedoria humana, pois é Divina. Como está escrito em Tiago 3:17: Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura…”. Para compreendê-la é preciso do discernimento dado pelo Espírito Santo. O homem natural não compreende as coisas espirituais, pois tem o entendimento cegado pelas trevas, somente os iluminados pelo Espírito. Se O Senhor não abrir os nossos olhos não entenderemos suas palavras.

Tal pureza é a resposta para o anseio do coração do homem pela pureza e integridade. Quem viver se guiando por ela andará em veredas retas e agradáveis a Deus. Quem foi lavado e remido pelo sangue de Jesus tem a Bíblia como guia para uma vida pura. Davi arrependido do seu pecado pediu a Deus um coração puro identificando que Deus ama a verdade no íntimo, e a verdade é a Palavra de Deus (Salmos 51). Não podemos nos apresentar diante de Deus sujos e maltrapilhos. Precisamos usar vestes limpas e adequadas que obtiveram sua purificação pelo sangue de Jesus e que trilham pelos caminhos puros da Palavra de Deus.

A justiça do homem é como o trapo da imundícia, mas aquele que foi justificado pela fé tem na Palavra de Deus caminhos justos e puros para andar. A Palavra de Deus é a verdade e por esta verdade o crente é santificado. Umas das figuras da Palavra de Deus é a água que sacia e limpa. É preciso passar pela lavagem purificadora da Palavra para ter uma vida sem mácula e sem mancha. Foi na oração sacerdotal que Jesus intercedeu que seus discípulos para que fossem santificados pela Palavra (Jo 17).

Jesus prometeu nunca abandonar aqueles que vem a Ele e prometeu que voltaria para buscar os seus. Quem tem esta esperança precisa da Palavra de Deus para se purificar num mundo dominado pelo pecado (1 Jo 3:2 e 3). O supremo alvo do cristianismo para os cristãos é que cada crente chegue à glorificação e veja Deus face a face. Tal alvo faz com que o crente ande por veredas preparadas pelo Senhor – justas e puras. Como está na Palavra: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14).

Uma das maiores figuras na Bíblia acerca da Palavra é a da espada. Ela é arma de defesa e ataque. Num mundo cujo sistema é maligno e impuro precisamos desembainhar a espada e manuseá-la eficientemente como um obreiro aprovado que não tem que se envergonhar. O salmista perguntou: como purificará o jovem o seu caminho? A resposta que ele encontrou foi: Observando-o conforme a Tua Palavra (Sl 119:9).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

QUEM É QUE ALCANÇA O PRAZER ESPIRITUAL? 

salmo 1

Creio que é para o crente em Jesus o prazer espiritual é uma descoberta. Fui criado no evangelho e aceitei Jesus aos sete anos de idade e me tornei afiado no manuseio da Bíblia. Mas confesso que só na maturidade entendi o que é ter prazer na lei do Senhor. Por isto afirmo que o prazer espiritual na meditação da Bíblia, na oração e jejum é uma descoberta que o crente faz. Muitas vezes os crentes praticam as disciplinas espirituais sem experimentarem a alegria do prazer espiritual. Praticam por obrigação, por costume, por causa das demandas ou por religiosidade. Tendo até experiências, mas sem o deslumbramento da prática. Sem descobrir as maravilhas da lei. Sem recreia-se na presença de Deus. Trataremos neste pequeno artigo baseando-nos no salmo capítulo um quem são as pessoas que encontram o prazer espiritual. 

A pessoa que encontra o prazer espiritual é aquela que não é influenciada pela impiedade dos homens. Segundo o salmista o bem-aventurado é aquele que não anda segundo o conselho dos ímpios. Sem dúvida, o frescor da vida espiritual não é compatível com uma vida influenciada pelo mau caminho. A intimidade com Deus é para aqueles que o temem. A Palavra de Deus tem tudo que o homem necessita para guiar a sua vida pelo caminho de Deus. Portanto, o homem que tem o prazer nela não aceitará a impiedade e os conselhos do mal. 

A pessoa que encontra o prazer espiritual é aquela que não peca de forma recorrente. Segundo o salmista o bem-aventurado é aquele que não se detêm no caminho dos pecadores. Acontece eventualmente de pecar, mas é algo ocasional. Ele não se detém, não se fixa na prática do pecado. Segundo o apóstolo João “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca” (1 Jo 5:18). Portanto, quem tem o prazer espiritual é alguém que nasceu de novo, arrependeu-se dos seus pecados e tem segurança em Deus. 

Andando pelo salmo um percebemos que aquele que encontra prazer espiritual é aquele que não se alegra no escarnecimento. O escarnecedor é aquele que profana e zomba das coisas sagradas. Usa de linguagem chula para tratar o alvo do escárnio. Sem dúvida, se alguém senta na roda dos escarnecedores também não se sentará aos pés de Jesus para receber sua instrução. São incompatíveis tais posturas. Não se encontra na mesma fonte o amargo ou o doce. Quem tem prazer do Senhor bebe da fonte doce então não beberá também da fonte amarga. 

Pode até parecer que estou ensinando um estilo de vida espiritual ermitão. Ensinado que só aqueles que se isolam alcança o prazer pela Palavra. Mas, o salmo um fala que há uma congregação dos justos. Portanto, aquele que tem prazer espiritual na Palavra será uma pessoa que tem comunhão com os irmãos de fé. Será a pessoa que não abandona a congregação apesar de meditar na Palavra. Não é autêntica a vida com Deus se o próximo não estiver incluído. O salmista afirma que os maus não congregarão com os servos de Deus no céu. Os servos que congregam aqui também congregarão no ceú, mas os pecadores não arrependidos serão condenados.  

A vida de quem tem prazer na lei do Senhor não será descuidada. Ele sabe que Deus conhece o caminho dos justos e ele vive sobre esta perspectiva. O caminho dos ímpios é de condenação, mas o caminho dos justos é de temor, prosperidade e prazer espiritual. Eles sabem que a Palavra de Deus não é somente para o deleite espiritual, mas é a orientação de Deus para que eles possam caminhar no caminho que é Jesus e por isto ser aprovado por Deus. Quando o salmista fala que Deus conhece o caminho dos justos está como que dizendo que Deus aprova o caminho que eles seguem porque a Palavra de Deus é a bússola que o orienta no caminho que é Jesus. 

Portanto, chegamos à conclusão que o prazer espiritual que a pessoa sente na Palavra de Deus não é um emocionalíssimo barato e passageiro, mas é algo em consonância a vontade de Deus. As emoções desta pessoa estão submissas a vontade boa, perfeita e agradável de Deus. Por isto, devemos cultivar cada vez mais a nossa comunhão com Deus para que nossas vidas se deleitem em Suas Palavras e Vontade todos os dias e assim seremos bem-aventurados. Deus quer que tenhamos vida em abundância e ela necessariamente passa pelo prazer espiritual. A alma que descobriu o prazer da presença de Deus anseia por mais de Deus todos os dias. 

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

JESUS E O SUMO SACERDOTE.

 

sumo sacerdote

O tema de Hebreus é: Jesus é melhor. Melhor do que Moisés, Josué, Arão, anjos etc. Quero analisar aqui que Jesus é superior ao sumo-sacerdote. A função essencial do sacerdote era a de mediador entre Deus e o homem e exercia três funções básicas: Primeiro, ministrar no santuário diante de Deus. Em segundo, ensinar a lei. Terceiro, tomar conhecimento e revelar a vontade divina.

O sumo-sacerdote no antigo testamento ocupava um lugar de destaque entre os sacerdotes, pois era o único que anualmente, poderia entrar no lugar santíssimo do tabernáculo ou do templo, para oferecer sacrifício pelo pecado do povo e pelos próprios pecados.

Vejamos algumas diferenças entre Jesus e o sumo-sacerdote do Antigo Testamento:

  1. O valor do sacrifício dos sumo-sacerdotes era temporário e sempre era repetido anualmente (Hb 9:7) no dia da expiação (Yom Kippur). Os sacrifícios oficiais feitos pelos sacerdotes prescritos pela lei chegam a ser mais de mil sacrifícios por ano. Já o Cristo se sacrificou uma vez conseguindo uma eterna redenção (Hb 9:12 e 25). O sacrifício de Jesus é suficiente. Não havendo necessidade de Jesus morrer novamente. Aquele que crê nEle recebe a salvação que não tem necessidade de ser completada porque já está consumada em Cristo.
  2. O sacerdote entrava num Templo feito pelas mãos dos homens (Hb 9:11), mas o tabernáculo de Cristo não era dessa criação. Depois de Cristo o povo de Deus ganhou o entendimento que Deus não está confinado ao Templo, mas é maior do que ele. Portanto, é possível se viver em Cristo na presença de Deus em qualquer lugar.
  3. O sacerdote oferecia sangue alheio de um animal irracional e (Hb 9:12-14 e 25). Cristo ofereceu seu próprio sangue. Os animais não se doavam para o sacrifício, mas eram sacrificados compulsoriamente. Mas, Jesus se entregou. Ele poderia ter descido da cruz, mas lá permaneceu porque era a vontade de Deus que assim ele morresse para toda humanidade.
  4. O sacerdote tinha que oferecer sacrifício pelos seus próprios pecados (Hb 9:7 e 5:1-3). Cristo foi tentado em tudo, mas não pecou (Hb 4:15). Nenhum homem até Cristo e nem depois dele conseguiu cumprir toda lei. Jesus conseguiu. Não houve pecado em Jesus. Ele teve toda condição de religar os homens a Deus, por ter tomado a natureza humana sendo Deus e por ter obedecido a Deus até a morte de cruz sem pecado algum.

Hoje não temos mais necessidade de sumo-sacerdotes, porque pela fé em Jesus obtemos o perdão dos nossos pecados. Cristo é superior e mediador de uma nova aliança. Havia três personagens no ato do sacrifício: o animal, o sacerdote e o homem. Hoje passou a ser dois Jesus Cristo (sacerdote e animal) e o homem. Havia um véu no templo que separava o santuário do santíssimo lugar onde o sumo-sacerdote entrava na ocasião apropriada. Quando Cristo morreu esse véu foi rasgado de alto a baixo (Mt 27:51).

Jesus é o caminho para se achegar a Deus. Hoje podemos adorar a Deus além do véu porque Jesus abriu este caminho. A perfeição da mediação de Cristo (1 Tm 2:5) nos purifica a consciência (Hb 9;14) e assim podemos prestar verdadeira adoração sem intermediários e sem rituais. O sumo sacerdócio, o tabernáculo e outras características da Antiga Aliança apontam para o advento de Cristo que abriu o acesso a Deus por intermédio dEle. Percebemos as vezes os homens confiarem em suas estratégias para provocarem a manifestação de Deus nos cultos e cerimônias etc. Tudo isto é arrogância. Se não for por intermédio da mediação de Cristo mediante a fé não chegaremos a presença de Deus. Ele e o único caminho.

( O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VENDO A FACE DE DEUS NO IRMÃO.

jaco e esau

Jacó estava temeroso de se reencontrar com Esaú, seu irmão, depois de vinte anos, tanto que faz planos especiais para o reencontro com ele. Quando ele saiu de casa, anos atrás, seu irmão pretendia mata-lo porque ele seguiu o conselho de sua mãe Rebeca e recebeu a benção de seu pai que deveria ser dado a Esaú, mas através do engano Jacó tomou a benção do irmão. Esaú já havia numa ocasião antes trocado o direito da primogenitura com Jacó por um prato de lentilhas, mas tinha esperança de receber a benção da primazia pelo pai, mas Jacó foi astuto e enganou seu pai Isaque recebendo a benção de Esaú.

Numa tentativa de aplacar a possível ira do irmão, que vinha ao seu encontro juntamente com 400 homens, e se proteger, ele divide sua família e toda caravana que ia com ele em grupos, pensando que, se um grupo fosse atacado, o outro poderia escapar. Também separou muitos animais para dar de presentes a Esaú e enviou em grupos para ele.

Depois de atravessar sua família e seus bens pelo vau de Jaboque ele fica só e um homem da parte de Deus, que é o próprio Senhor, trava uma luta corporal com ele mudando sua vida e seu nome. Depois deste encontro, ele não foi chamado mais de Jacó, o suplantador, mas Israel, aquele que luta com Deus. Jacó chamou aquele lugar de Peniel, que quer dizer face a face com Deus. Ele disse: Eu vi Deus face a face, mas ainda fiquei vivo.

Muitos quando pensam no encontro de Jacó com O Senhor ressaltam apenas este momento divisor na vida dele onde viu Deus face a face. Mas, me inspirou o fato de que no reencontro com Esaú seu irmão lhe trata bem como um querido e Jacó exclama que ver o rosto de Esaú é como ver o rosto de Deus. Jacó sabia o que era ver Deus. Ele tinha tido a experiência. Ele não usou de lisonja quando falou isto com Esaú. Ele foi verdadeiro. Portanto, ele viu o agir de Deus naquela reconciliação com o irmão. A vida com Deus não tem apenas o sentido vertical, ou seja, com Ele, mas inclui o próximo, que é o aspecto horizontal da vida com Deus. O homem que havia visto Deus face a face estava dizendo que ver o rosto do seu irmão era como ver o rosto de Deus. Tal fato lembra o apóstolo João que afirmou: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (1 João 4:20).

Quantos dizem servir a Deus, mas seus relacionamentos interpessoais estão dominados pela mágoa, rancor, vingança, amargura e outros sentimentos nocivos.  Muitos que já tiveram o encontro com Deus precisam reconciliar-se com o irmão e assim ver a face de Deus também no irmão. Jesus ao responder sobre o questionamento sobre qual seria o maior dos mandamentos resume toda a lei em dois mandamentos. Veja Mateus 22:34-40: E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Ele ensinando aos discípulos disse que deixava um novo mandamento que esclarece que o amor ao próximo deveria ter como base o amor que Ele nos amou em João 13:34: Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Ele continuando a falar disse que se amassem seriam reconhecidos por causa do amor. “Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).

Quando Jacó afirmou que ver a face de Esaú era como ver a face de Deus não estava se referindo ao caráter piedoso de Esaú, ou sua santificação, mas o que ele via era o significado daquele encontro depois de 20 anos onde os irmãos se abraçaram e tiveram um momento de reconciliação. Nós que fomos reconciliados com Deus por meio de Cristo temos também a mensagem da reconciliação por meio de Cristo (2 Co 5: 17 – 20). Portanto, não devemos ter os relacionamentos interpessoais em frangalhos, destroçados. Deus é visto em nós quando nos reconciliamos com aqueles que nos magoaram e nos ofenderam. O amor é a principal marca identificadora do crente. Jesus no sermão do monte ensina que se algum irmão tiver algo contra nós antes de entregar a oferta no altar deveríamos ir até para que houvesse reconciliação (Mateus 5:23-26). A reconciliação com Deus é a base para que busquemos o concerto com o irmão também.

A experiência de Jacó com o reencontro com Esaú também nos ensina que o relacionamento com Deus não é somente de grandes encontros, de grandes lutas, como foi em Peniel, mas também vemos Deus no reencontro com o próximo. Jesus falando sobre o juízo final disse que os seus escolhidos em vida deram de comer a Ele, deram de beber, o visitaram e vestiram-no. Falando mais, Jesus disse que os escolhidos perguntarão: quando fizemos estas coisas a Ti Jesus? E Jesus respondeu: “Eu afirmo a você que é verdade, quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram” (Mateus 25:31-46). Creio que você quer ver a face de Deus então ame a seu irmão, perdoe seu irmão e ajude ele em sua necessidade porque ao fazermos isto com os pequeninos estaremos fazendo ao próprio Cristo.

Creio que seja oportuno em falarmos sobre este assunto porque estamos acostumados a ouvir sempre sobre as experiências com Deus, que são imprescindíveis, inesquecíveis, mas esta experiência de Jacó abre o nosso entendimento de que se queremos uma vida abundante em todas as áreas o próximo precisa ser incluído. Não podemos ser daqueles que dizem: eu quero Deus e o próximo é que exploda, não é assim. Se amarmos o irmão, se nos reconciliarmos com os desafetos teremos a experiência de ver a face de Deus no irmão.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).