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A PALAVRA FINAL

Durante a existência recebemos sentenças, veredictos, que podem paralisar ou findar sonhos, projetos e idealizações de uma vida. São palavras que carregam um poder de parecer à palavra final de nossas vidas. São muitas circunstâncias que parecem muitas vezes carregar o poder da sentença final. Entretanto, como servo de Deus, creia sempre que a Palavra Final é de Jesus e não do homem, e nem da circunstância. Confie nEle e apazigue seu coração.

A história da cura da filha de Jairo (Mc 5:21-43) mostra essa tensão entre as circunstâncias que parecem ser definitivas e a palavra final que vem de Jesus. Encontraremos na vida muitos sabe-tudo que declaram saber todos rumos da nossa vida sem considerar à vontade e poder de Deus, que pode mudar vidas e histórias. Vejamos na história de Jairo quem realmente tem a palavra final.

I – A ENFERMIDADE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:21-23 – Jairo procurou Jesus porque a filha dele estava nas últimas, moribunda. Há certas enfermidades, diagnósticos que carregam o peso de algo definitivo. Quando isto acontece façamos como Jairo e busquemos ao Senhor que é O Senhor que cura (Ex 15:26). Muitas vidas sofrem com enfermidades que parecem definitivas e não podem ser mudadas, mas não são elas que tem a palavra final em nossas vidas. Jairo pediu que Jesus fosse a casa dele para impor as mãos sobre ela para que fosse curada. Jesus se propôs a ir e foi com ele.

II – O TEMPO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:23-34 – Jairo estava certamente com pressa. Ele desejava que Jesus chegasse o mais rápido possível em sua casa. Sua filha estava à beira da morte. Mas, Jesus estava comprimido por uma multidão que fazia com que Jesus somente andasse em passos curtos. Ainda aconteceu de Jesus parar a caminhada porque alguém tinha tocado nele e de Jesus havia saído poder. Jesus perguntou quem o havia tocado. A multidão achou estranho a pergunta de Jesus, pois ele estava comprimido pela multidão. A mulher que tocou se manifestou e Jesus conversou com ela. Tudo isto fez com que Jesus se demorasse até a casa de Jairo. Mas, o tempo não teve a palavra final para a filha de Jairo e também não tem para nós servos de Deus.

III – O REALISMO DESESPERANÇOSO NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:35 – Assim, que terminou a conversa de Jesus com a mulher, que foi curada de hemorragia, alguém importante da sinagoga procurou Jairo e disse para ele não incomodar mais a Jesus porque a sua filha já estava morta. A notícia deste homem foi verdadeira, a filha de Jairo havia falecido, Ele foi realista, mas não considerou o poder de Jesus que podia mudar e como mudou aquela situação; Ele foi pragmático, realista, mas não havia esperança mais nenhuma em suas palavras. Quantas vezes em situações difíceis pessoas nos apresentam todos os fatos nus e crus sem ter esperança nenhuma abalando nossas expectativas. Mas, como nessa história a palavra final não está com o realismo desesperançoso,

IV – A PALAVRA FINAL NÃO ESTÁ COM O ALVOROÇO – Mc 5:38 – Jesus ao chegar à casa de Jairo com ele e seus discípulos Pedro, Tiago e João encontrou a casa toda agitada. Havia muito choro e desorganização. Muitos ambientes são afetados pelo luto, angústia e desesperança. Mas, o alvoroço não tem a palavra final. O desespero é vencido pelo poder de Jesus, pois é Ele que tem a palavra final. Ele é socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46:1).

V – A MORTE NÃO TEM A PALAVRA FINAL – Mc 5:39-43 – Aprendemos com a experiência da filha de Jairo que nem mesmo a morte tem a palavra final. Na ocasião da morte e ressurreição de Lázaro, Jesus disse a respeito de si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11:25). Aquele que crê em Jesus ainda que venha a morrer, estará imediatamente na presença de Deus desfrutando de uma vida plena.  A morte não é o fim daquele que crê em Jesus, porque a morte não tem a palavra final na vida do crente. Quando o luto vier, tenhamos confiança acerca da vida que partiu no Senhor, que ele está desfrutando das bênçãos incontáveis de Deus. A filha de Jairo foi ressuscitada por Jesus, que morreu a nossa morte para que tenhamos sua vida, que é eterna.

VI – AS MANIFESTAÇÕES DA INCREDULIDADE NÃO TÊM A PALAVRA FINAL – Mc 5:38-42 – Na caminhada de fé lidamos diretamente com manifestações da incredulidade. Jesus ao afirmar que a menina não estava morta, mas dormia, fez com que os incrédulos debochassem de Jesus rindo. Jesus disse que ela dormia, pois queria dizer, que ela não ficaria permanentemente morta, pois Ele a ressuscitaria. A casa de Jairo estava em turbulência, portanto Jesus fez que entrasse com Ele no quarto os discípulos Pedro, Tiago e João e os pais da menina. Os incrédulos não puderam ver a ressuscitação. Só viram depois a menina viva. A incredulidade é como um balde de água fria no corpo quente. Ela tende atacar diretamente a fé do crente, mas é Jesus que tem a Palavra final e Ele disse para Jairo e diz o mesmo para nós – “Não temas, mas crê somente” (Mc 5:36).

Eu já recebi sentenças, veredictos em minha vida. Uma que me marcou muito e que foi para mim como uma punhalada no estomago, eu senti um punhal em mim, foi quando a pessoa disse que desse jeito você nunca será pastor. Pouco dias depois meu nome foi levado a assembleia da igreja e eu fui aprovado. A história de Jairo nos ensina que devemos ficar com a Palavra de Deus – “Não temas, mas crê somente”. Diante de sentenças fique com a Palavra de Deus. “O justo viverá pela fé” (Rm 1:17). Ã justificação diante de Deus é por meio da fé e toda caminhada deve ser por fé. Não estou ensinando a irresponsabilidade, mas que a Palavra Final é de Jesus, e se Ele disse algo para você, fique com esta Palavra e não retroceda quando alguém vier com uma palavra que parece ser a última, mas não é. Apesar de estar enfatizando a palavra final verifique se você começou a caminhada com Jesus, pois Ele disse que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas (Ap 1:8). O que Jesus começa não deixa pela metade, mas conclui. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele em que vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1:6). Se você começou algo em Cristo tem a certeza que a Palavra Final também pertence a Ele.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog)

A CELEBRAÇÃO DO NATAL

No natal é pertinente lembrar que o primeiro milagre realizado por Cristo foi em uma celebração de casamento. A presença dEle fez diferença naquela festa (Jo 2:1-12). Quando você for celebrar o natal busque a presença dEle, pois Ele traz vida a quem crê nEle. Certifique-se que haverá um momento de celebração pelo nascimento de Cristo. Louvores, orações, reflexão da Palavra e o amor fraternal são características importantes que não devem faltar. Talvez haja em sua celebração ausências sentidas por você, mas se você tem Jesus como Senhor é certo que Ele estará presente com você na celebração do natal (Mt 28:20 b). 

Milagre traduz uma palavra grega, que literalmente, significa sinal. O milagre na boda foi um sinal que apontou para Jesus e quem de fato Ele é. No natal também se comemora milagres como a encarnação de Cristo (1 Jo 1:1-4) e o seu nascimento de uma virgem (Mt 1:18-25). Eles mostram a natureza Divina de Cristo e que apesar disto decidiu viver entre nós para redimir aqueles que creem nEle. Os sinais registrados nas Escrituras segundo João foram para testificar que de fato Jesus é o Messias e para quem crer em seu nome recebesse a vida eterna e abundante de Deus (Jo 20: 30-31).

Na celebração que Jesus participou em Caná houve a escassez de um elemento que era importante numa festa, o vinho, mas porque Jesus estava presente houve a provisão. No natal que você está celebrando pode acontecer de você enfrentar dificuldades e até crises em sua realização, mas se Jesus está presente em Espírito, a maior das provisões (Jo 6:35), que é a espiritual, não faltará no seu lar. Tenha certeza também que se Ele supre com o espiritual pode também suprir com o material (Fp 4:19).

Quando Maria comunicou a Jesus que estava faltando vinho Ele respondeu que havia um tempo determinado para que Ele manifestasse seus sinais. Sobre o natalício de Cristo, Paulo fala que jesus veio na Plenitude dos tempos, ou seja, no momento exato que Deus havia determinado (Gl 4:4-7). O ambiente histórico da época como o helenismo, a cultura romana e judaica propiciou que a mensagem de Cristo atingisse todo o mundo e por todas gerações seguintes. O nascimento de Cristo aconteceu no momento exato que tinha para acontecer.

Como escrevi a presença de Jesus na boda fez toda diferença, mas algo importante a ressaltar é que Jesus deixou de ser apenas um convidado do casamento para manifestar seu senhorio. Maria orientou aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse e por isso Jesus operou o milagre. Temos que confiar na Soberania de Deus. O natal também demonstra que Deus é O Senhor da história e que Ele realiza as coisas segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12:1 e 2). O nascimento de Jesus não foi um nascimento de mais um menino, mas o momento do maior evento da humanidade que foi Deus ter tomado a forma humana.

O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade nascendo numa estrebaria, deitado numa manjedoura entre os animais (Lc 2:6 e 7), visitado por pastores, mas o poder de Deus foi manifestado em meio a esse ambiente, como a estrela guiando os magos (Mt 2:1 e 2), o anúncio dos anjos aos pastores (Lc 2:8-20) etc. No casamento em Caná da Galileia Jesus usou seis potes de pedras e pediu que os enchessem de água e assim transformou água em vinho. As vasilhas eram usadas para a cerimônia de purificação, mas Jesus transformou a água no melhor vinho experimentado. A glória de Deus se manifestou e assim os discípulos creram nele. A mensagem que o natal mostra é que Deus habitou entre nós e em meio as coisas simples da vida Ele transforma vidas de forma semelhante a água que se transformou em vinho. Aleluia!

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

PRESENTE INESQUECÍVEL

Creio que com o tempo passando vamos recordando fatos marcantes do passado, os Natais, por exemplo. O Natal sem dúvida alguma é uma data marcante. Nesta data é costume dar e receber presentes. Dentre os presentes, que ganhei e me recordo com nostalgia, foi um forte apache com soldados, índios, cavalos etc. Um aspecto importante é que o Natal, já é comemoração do maior presente, que a humanidade recebeu – Jesus. O costume de dar presentes no Natal não deve ofuscar o sentido do natal. A questão é tão séria que a maioria das pessoas julgam ser imprescindível ganhar presentes no natal, que não é. O Natal sempre será Natal pelo fato de Jesus ter nascido, desenvolvido seu ministério, morrido na cruz e ressuscitado ao terceiro dia. O Natal é a comemoração do maior dos presentes, que sem dúvida é o presente inesquecível, que dá vida ao homem ou mulher, se houver compreensão e fé nEles para obter vida eterna. Tenho o objetivo de escrever neste texto sobre o presente inesquecível que é Jesus me baseando em João 3:16.


A) O PRESENTE DADO POR AMOR – “Porque Deus amou o mundo (…)”. Nem todos presentes são dados por amor. Mas, o de Deus é. Ainda tem mais, o presente não foi dado porque o ser humano é amável, mas porque Deus é amor. Ele amou o ser humano em primeiro e o homem só vem amá-lo porque foi amado primeiro (1 Jo 4:19 e 20).


B) O PRESENTE PRÁTICO – “(…) de tal maneira (…)”. Nem todo presente necessariamente serve para ser usado no dia-a-dia, mas o de Deus é. O presente de Deus foi uma demonstração prática do amor dEle (Rm 5:8) e aquele que crê no presente terá a presença dEle todos os dias. A salvação obtida estará com o crente em toda sua vida prática. Ele passa a responder ao amor de Deus com a vivência do Evangelho em sua vida como um todo.


C) O PRESENTE MAIOR – “(…) que deu seu Filho unigênito (…)”. O presente dado por Deus foi o maior e incomparável que já foi dado. Ele deu Seu próprio filho. Deus tomou a forma humilde humana (Fp 2:5-11) e habitou entre nós. Ele viveu cumprindo a vontade do Pai (Jo 3:34) culminando com a sua entrega como cordeiro de Deus (Jo 1:29). Jesus morreu na cruz como sacrifício vicário e ressuscitou ao terceiro dia.


D) O PRESENTE GRACIOSO – “(…) para que todo aquele que nele crê (…)”. A salvação é pela graça (Ef 2:8 e 9). Não há nada no homem que tenha sido a origem da sua salvação. A salvação veio de Deus e a forma de recebe-la é crendo. A fé é como as mãos que estendemos para receber o presente de Deus. O homem que crê em Jesus é salvo.


E) 0 PRESENTE SALVADOR – “(…) não pereça (…) “. Jesus nos livra da ira futura, livra da condenação eterna (Jo 3:17 e 18). A partir do momento que se crê a pessoa recebe a salvação e é liberta do domínio de satanás. Aquele que vem ao Senhor nunca é mais lançado fora (Jo 6:37). Nunca mais há de perecer eternamente.


F) PRESENTE ETERNO – “(…) mas tenha a vida eterna (…)”. Jesus não somente dá sentido à vida, mas concede também a vida eterna, que como diz a palavra é para sempre. Uma vida sem Cristo vivencia uma morte, que é eterna, mas ao crer em Jesus, recebe a vida de Deus, que é eterna.


No natal não priorizemos os adereços da festa. O foco principal precisa ser Cristo. Presentes, mesas fartas não garantem um feliz natal, mas, a fé em Jesus como o presente inesquecível de Deus é que fará você ter um natal feliz. Não há presente maior. De todos, Ele é o inesquecível, eterno e cheio de significado.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

DEIXANDO O PAPEL DE VÍTIMA

Num olhar superficial você poderia pensar que é vítima das circunstâncias, mas não é o seu olhar, o parâmetro da verdade, tudo é visto pelos olhos de Deus e a verdade está com Ele. Se você está em Cristo, sempre tem que crer que há um propósito, um sentido nas circunstâncias e situações que lhe acontecem (Rm 8:28). Nada está fora do controle de Deus. Ele é soberano. A vida não é uma equação matemática. A lógica e mente humana não solucionam as histórias com seus acontecimentos. É preciso confiar em Deus e se agarrar pela fé nEle (Sl 37:5). A fidelidade dEle tem sido provada de geração em geração (Sl 90:1).


A história bíblica é cheia de exemplos da Providência Divina e como servos de Deus não cremos no “acaso” e nem na “solidão existencial”. Deus está conosco e cuida de nós (Sl 46:1). Como disse Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31). Deus faz tudo cooperar para o nosso bem e para Seu propósito em nossas vidas. Dê passos, vá em frente se for esta orientação de Deus, pois Ele dará o chão. Muitos já correram a carreira cristã. Estamos cercados por uma grande nuvem de testemunhas (Hb 12:1-3). Não deixe o desânimo te envolver. Olhe para o alvo que é Cristo e complete a carreira.


Aceitar o papel de vítima e não fazer nada para mudar é conformar-se com um fatalismo incrédulo. Não considerando a ação de Deus. Quem serve a Ele, mesmo vivendo um luto, deve viver um dia de cada vez, crendo que Deus proverá acerca do amanhã. Para andar com Deus é preciso fé, sem ela é impossível agradá-lo (Hb 11:6). Quem anda com fé ganha convicção das coisas que não se veem e convicção daquilo que espera em Deus (Hb 11:1). Percorre a vida com firmeza confiando nas promessas de Deus as quais se cumprem.
Aceitar o papel de vítima também é geralmente sempre culpar o outro não discernindo seus próprios erros no ocorrido. Quem faz assim alimenta a mágoa, o rancor e a tristeza. Pisa como que num terreno pantanoso onde se afunda submergindo na amargura, que acaba contaminando seus relacionamentos (Hb 12:15). A questão é que mesmo que você tenha sofrido pela ação do outro não pode deixar isto de dominar. Muitos ficam presos ao passado deixando de viver o hoje e ficam sem perspectiva de futuro. Atravesse o luto sem parar nele. Vença a depressão, a decepção, tendo convicção da soberania de Deus e perdoe aquele que lhe causou um grande mal. Mesmo que você não tenha provocado a situação pondere suas veredas, considerando seus erros, porque todos tem pecados e avance para um futuro mais amadurecido.


Descentralize a decepção da tuia vida. Não foque naquilo te fizeram. Quem semeia o mal colherá o mal. A questão é você confiar na soberania de Deus. Os planos de Deus caminham por lugares e acontecimentos que muitas vezes não compreendemos, mas o fato é que a soberania dEle está em execução. Saía do papel de vítima e atravesse o vale da decepção construindo com coragem um futuro mais alvissareiro para você. Os que semeiam em lágrimas colherão os frutos com alegria (Sl 126:5). Você que crê em Jesus, nunca esteve sozinho. Deus tem trabalhado em você o caráter de Cristo. A cada dia você se torna mais parecido com Ele. O trabalho de Deus em você te leva a ser mais frutífero. Você tem pelo Espirito Santo o fruto dEle em tua vida está sendo desenvolvido (Gl 5:22). Você é filho de Deus nas mãos do Pai.


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

AS BOAS OBRAS DE DEUS

Muitas pessoas foram trazidas a Jesus e voltavam de outro jeito. Jesus superava as expectativas. Certa ocasião em que Jesus curou um surdo e gago a multidão exclamou: Tudo Ele faz bem (Mc 7:31-37). A nossa confiança deve estar nisto: Tudo que Jesus faz, faz bem feito, faz o melhor. Os pensamentos do Senhor superam nossos pensamentos (Ef 3:20 e 21) e por isto devemos crer que ele sempre faz tudo cooperar para o bem (Rm 8:28). A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2).

A nossa visão imediatista não enxerga além do fato ocorrido. Nossas percepções focalizam o momento e não o quadro geral. É preciso não sentenciar e não fazer afirmações peremptórias, pois o que é hoje, pode não ser mais amanhã. Confiar no trabalho de Deus e na Soberania dEle é a melhor resposta para o aqui e agora. O que não entendemos neste momento, entenderemos mais tarde (Jo 13:7). José quando sonhou era ainda jovem, mas sofreu muitos reveses na vida, que pareceram o seu fim, mas não foi. Ao chegar à maturidade a promessa de Deus se cumpriu e ele se tornou governador do Egito.

É preciso ter uma mentalidade bíblica da vida. A visão de Deus acerca de tudo está nela. Está transformação de entendimento é o que se chama de santificação, que é um processo onde a salvação que ocorreu por meio de Cristo se desenvolve em todas as áreas do convertido. O crente em Jesus não vive do que vê, mas do que não vê (2 Co 5:7), que é a fé em Jesus. Na obra do Pequeno Príncipe tem uma frase que afirma, que o essencial é invisível aos olhos, e de fato é assim. Mas, isto não significa que o crente fique às escuras, pelo contrário, ele pela fé enxerga o espiritual e caminha para o alvo, que é Cristo.

Ao afirmar, que Deus faz tudo bem feito, precisamos lembrar que as obras de Deus demonstram quem Ele é. Ele faz tudo bem porque é perfeito, suas obras são boas, porque Ele é bom (Tg 1:17). Ele faz maravilhas, porque é Maravilhoso (Is 9:6). Como diz um cântico: “não há Deus maior, não há Deus melhor”. Nem sempre o maior é o melhor, mas com Deus não é assim. Ele é o maior e é o melhor. Não há ninguém semelhante a Ele. Podemos nos agarrar ao caráter de Deus, que é imutável. Em salmos muitas vezes Deus é comparado a uma rocha, devido a Sua Imutabilidade e Eternidade.

As boas obras de Deus na vida dos Seus servos têm o propósito de tornar o crente mais e mais parecido com Jesus. Este é o supremo propósito de Deus. Todo o Seu trabalho coopera para que Sua boa vontade se cumpra. Então, mesmo quando não parecer, o propósito está em execução. Nada, é por acaso. Não existe para o crente sorte ou azar, mas sim a Providência Divina em ação. Quando pedirmos bênçãos a Deus peçamos para que o Pai seja glorificado no Filho, pois quando parecermos mais semelhantes a Cristo, Ele será glorificado em nós (Jo 13;13 e 14).

A paz advirá da certeza que Deus faz tudo bem. A convicção da Soberania de um Deus bom trará a certeza que tudo que virá dEle será bom. Nem sempre as circunstâncias demonstram isso, mas que a convicção seja maior do que a dúvida. Que a fé na Palavra de Deus suplante as circunstâncias e assim a paz de Deus guardará os pensamentos e os sentimentos do crente (Fp 4: 7). Aquele que dúvida é semelhante as ondas que são levadas pelos ventos, mas o que crer ficará firme agarrando-se as promessas do Deus, que faz tudo bem (Tg 1:6 e 7). Como é bom viver nas mãos de Deus cuja paz independe das circunstâncias. A segurança que advém dEle é real e exequível na vida de quem crê porque ela é miraculosa.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A CONSOLAÇÃO DA RESSURREIÇÃO

As mensagens centrais do cristianismo são o sacrifício vicário de Cristo (1 Co 2:2) e sua ressurreição (1 Co 15:22). São elementos diferenciadores do cristianismo comparado com as outras religiões. A crucificação foi o modo de Jesus redimir a todo aquele que crê nEle. O Túmulo vazio é um grande brado para a humanidade (Jo 20:6-10)! Jesus ressuscitou! A morte não derrotou Jesus. Consolado por Deus é aquele que crê e fundamenta a sua vida no perdão dos pecados ocorridos na cruz e na ressureição que outorga poder para uma nova vida a todo aquele que crê em Jesus.

Os grandes líderes que a humanidade conheceu, morreram, mas Jesus morreu e ressuscitou! Paulo viu Cristo ressurreto e afirmou que vã seria nossa fé se Jesus não ressuscitasse (1 Co 15:14). A ressurreição de Cristo deve sempre nos animar, pois nos dá a certeza que o nosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co 15:58), e que também nós ressuscitaremos no dia que Cristo voltar, ou seremos arrebatados se estivermos vivos. A morte não tem a palavra final para o crente, porque aquele que crê em Cristo também ressuscitará e estará para sempre com Deus (Jo 11:25). A partir do momento que creu o crente recebeu a vida eterna, que o fará permanecer em Cristo para sempre.

O consolo que a ressurreição traz é impar. Entender que a morte não tem a palavra final faz com que a vida tenha propósito, pois há um além em Jesus onde todas as dificuldades e lutas desaparecerão e os que estão nEle terão alegria e paz incomparáveis com as terrenas. O pó voltará ao pó, mas o espírito a Deus, que o deu (Ec 12:7). Os salvos desfrutarão dos céus, os perdidos da condenação eterna. Deus ao enviar Jesus foi o deu a todos, mas somente aqueles que recebem Jesus como Senhor será salvo (Rm 10:9).

A esperança em Cristo é viva (1 Pe 1:3) porque Ele está vivo e quem o recebe ganha vida eterna abundante (Jo 10:10). Como entoa o cântico “porque Ele vive posso crer no amanhã”. A vida eterna flui para sempre. Nada a interrompe. A morte não a extingue. Pelo contrário, a morte quando acontece em Cristo há um desfrute da vida plena imediatamente. É fechar os olhos na terra e imediatamente abrir na presença de Deus. Na vida enfrentamos muitas dificuldades, mas todas elas serão vivenciadas com esperança para aqueles que creem em Cristo. Porque as tribulações neste mundo não podem ser comparadas com a glória que terão os que creem nEle (Rm 8:18).

Uma questão fundamental que a ressurreição traz é a certeza da presença de Jesus com a Sua Igreja e com cada crente que participa dela. Jesus está presente por meio do Espírito Santo que habita naquele que crê em Jesus (1 Co 6:19 e 20; Rm 8:14-16). Esta presença é garantia que a Igreja, e por sua vez o crente, terá poder para cumprir a obra de Deus na terra. Na proclamação, na missão de fazer discípulos e na prática da vida de Deus no crente há a presença poderosa e confortadora de Jesus. (Mt 28:18-20). A ressurreição de Cristo traz a certeza inabalável que todo crente que descansa no Senhor também ressuscitará e será semelhante a Cristo, pois só assim poderá vê-lo (1 Jo 3:2). Quem crê em Jesus pode estruturar toda a sua vida nesta esperança, pois é fiel e verdadeira. Creia na obra de Jesus realizada na crucificação, na ressurreição e receba a consolação.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A VERDADEIRA LIBERDADE

Ser livre é fazer tudo o que se quer? Mas quem quer? O que se quer? O ato aprisiona ou liberta? O que muitos pensam ser liberdade na verdade é libertinagem. Muitos estão escravizados aos seus desejos e por isso fazem o que fazem. Para não encararem a sua escravidão dizem que assim fazem porque são livres. Mas esta liberdade, chamada por eles, é uma verdadeira prisão porque estão presos a essas atitudes pecaminosas.
Na verdade, nesta questão só existem dois lados: ou se é escravo do pecado ou se é servo de Cristo. Não existe um meio-termo. Ou é um, ou é outro. O escravo do pecado não é livre porque é um rendido a natureza pecaminosa que o domina. Ele é um preso (Jo 8:34).Mas, ser servo de Cristo é ser livre, porque foi liberto da escravidão do pecado, e do domínio da natureza pecaminosa (Gl 5:1). Agora, ele quer a Vontade de Deus de forma voluntária, pois tem O Espírito de Deus. E como diz a Palavra: onde o Espírito está aí à liberdade (2 Co 3:17).
Um exemplo de liberdade cristã são Paulo e Silas na ocasião em que foram presos em Filipos (At 16:16-40). Apesar da prisão injusta, dos açoites imerecidos, eles a meia-noite louvaram ao Senhor cantando hinos e de repente houve um grande terremoto que quebrou todos os grilhões. O carcereiro tomado de pavor com receio que todos fugissem tentou dar cabo da própria vida e foi justamente Paulo e Silas que impediram o suicídio daquele que os aprisionava. Paulo e Silvas estavam presos, mas eram verdadeiramente livres. Tanto que pregaram o evangelho ao carcereiro que se converteu com toda sua família. Eles mesmo estando numa situação limitante mostraram que os servos de Cristo são verdadeiramente livre mesmo numa prisão.
A verdadeira liberdade vem de Deus. O homem por si só não alcança esta liberdade. Os céus são abertos para quem crê em Jesus e a pessoa passa a viver na perspectiva celeste (Jo 1:51). A dimensão da concupiscência carnal não domina mais, pois o crente é um ser espiritual, nascido de novo pelo Espírito Santo. O velho homem foi sepultado com Cristo e ressuscitou com Jesus para uma nova vida. Não significa que não pecará mais, mas que o pecado não domina mais o seu ser que foi liberto (1 Jo 5:18),
A Palavra de Deus revela acerca da vida de liberdade em Cristo. Ela é a verdade e quem a crê e pratica viverá em liberdade (Jo 17:17. Jo 8:32). A cegueira espiritual não domina mais a vida daquele que compreende as coisas espirituais. As escamas caíram, e agora a pessoa que crê adentra no conhecimento profundo das coisas espirituais. Gerações e gerações têm experimentado a libertação que a Palavra de Deus traz. O pecado parece ser uma atitude libertária, mas é uma prisão. A Palavra de Deus, sim, quando compreendida os grilhões se quebram e a vida caminha em liberdade.
Algo que também aprisiona é a concepção de que a vida liberta é uma vida que desfruta de poucos limites ou até nenhum. Para eles a liberdade não traz frustrações ou limites, por essa visão, a liberdade é associada a riqueza, prosperidade e sucesso, Mas, na prática vemos que o índice de suicídio entre pessoas ricas e abastadas é grande. Pois, pensando elas que tendo alcançado o auge perceberam que o vazio continuava. A verdadeira liberdade não necessariamente é desfrutada por ricos e pessoas de sucesso. Ela começa dentro e se exterioriza nas atitudes e pensamentos. O amor ao dinheiro e ao sucesso são também prisões e o amor a eles são as raízes de todos os males (1 Tm 6:9 e 10).
A verdadeira liberdade vem de Deus por meio de Cristo. Aquele que crê no Jesus que a Bíblia revela é libertado das cadeias interiores e passa a viver na liberdade do Espírito Santo. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).


(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

PERDÃO : RESPONDENDO A GRAÇA DE DEUS COM GRAÇA.

Qual é a maior referência que temos de perdão? Vem do homem? Não, vem de Deus. O padrão do perdão não é humano, mas Divino. Como Deus nos perdoou em Jesus devemos perdoar. Para obtermos o perdão de Deus, Ele enviou Seu Filho Jesus. Deus, que nunca pecou, poderia ter destruído a humanidade ou a largado a própria sorte, mas pelo Seu caráter amoroso providenciou a remissão através de Jesus. Só com Deus está o perdão e por isto devemos teme-lo (Sl 130:4).

Diante da ofensa não se baseie em raciocínio e lógica humana, aja pela fé, perdoe, depois o sentimento acompanhará. Se tentares perdoar baseando no que você sente não conseguirá. Nossas emoções são inconstantes e variam de acordo com o momento. O perdão é uma questão de fé (Lc 17:1-6) na obra sacrificial de Cristo, que perdoa os que creem e se arrependem.

Por mais que a pessoa seja de índole tranquila e mansa ela por si não tem a natureza perdoadora. A natureza humana é vingativa e tende a guardar mágoa e rancor. Muitas vezes situações, que evocam a mágoa ocorrida, faz com que se reviva as situações mal resolvidas fazendo com que o ofendido lance acusações acerca da mágoa. A ausência de perdão impede que nossas orações sejam atendidas por Deus (Mt 6:14 e 15). Deus deixa de perdoar porque o suplicante não perdoa. A questão é não nos concentrarmos nas ofensas, mas no amor de Deus pelos homens que foi provado na cruz (Jo 3:16). Não é questão de merecer ou não o perdão. O perdão é por graça. Graça que foi manifestada por Cristo.

As doenças causadas pela falta de perdão é uma realidade. A amargura adoece e contamina as pessoas ligadas diretamente e até indiretamente as situações mal resolvidas (Hb 12:15). Uma família inteira, uma igreja, uma cidade, um País, um continente e até a história mundial pode sofrer consequências da falta de perdão. Na Bíblia, vemos isto acontecer. Por exemplo, as questões entre Esaú e Jacó perduraram nas nações decorrentes deles por gerações. O conflito entre Isaque e Ismael perduram até os dias de hoje. Jesus contou a parábola do credor incompassivo em Mateus 18: 23 a 35 que ilustra o efeito do não perdão. O credor devia ao Rei uma dívida impagável. O Rei misericordioso o perdoou. O credor depois encontrou alguém que lhe devia muito menos e não agiu de misericórdia com ele lançando-o na prisão. Quando o Rei soube disto, chamou o credor e o repreendeu duramente, recobrando a dívida, que lhe foi perdoada e o lançou na prisão para sofrer nas mãos dos carcereiros. Quem tem consciência do perdão Divino deve perdoar seus ofensores, que o devem muito menos que ele devia a Deus. É agir com Graça, como ele recebeu de Deus. O contrário disto é ingratidão. As orações daquele que não perdoa não serão atendidas por Deus enquanto a falta de perdão permanecer.

A graça de Deus não só se manifesta na salvação de alguém, mas também no desenvolvimento da salvação da pessoa. É preciso crescer na graça e vivenciar a graça de Deus em seus relacionamentos. Se assim não for cairá no erro do credor incompassivo. A vida de Deus não pode ser vivida usando um conta-gotas, mas sim de forma transbordante como é a Graça na vida de quem crê.

Faça uma autoavaliação sobre sua vida e encare o problema do perdão nos relacionamentos que você vivenciou. Jesus afirmou que bem-aventurados são os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mt 5:7). Portanto, nada de combater o mal a ferro e fogo, mas aja com as armas do bem. Quem combate o mal com mal é derrotado pelo mesmo (Rm 12:17-21).

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

A MISSÃO DAQUELE QUE CRÊ EM JESUS

Assim que Felipe passou a seguir a Jesus procurou Natanael (Jo 1:43-51). Uma das marcas do novo nascimento é o desejo de falar a outros sobre Cristo. Natanael foi preconceituoso em relação a Jesus porque vinha de Nazaré. Felipe não desistiu de Natanael e o convidou: “Vem e vê”. Natanael foi e passou a seguir a Jesus. Você não enfrenta preconceitos quando fala de Cristo? Não enfrenta descrença? Não seja um motivo para você desistir, O Espírito é que convence. As recepções ao evangelho serão diferentes. É assim que aprendemos com a parábola do semeador (Mt 13:1-23). Nem todos crerão e nem todos frutificarão ao receberem a semente da Palavra.  É importante que tenhamos convicção de que a Palavra que pregamos é o Evangelho de Cristo. O Evangelho é poder de Deus para salvação daquele que crê (Rm 1:16). A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

A missão daquele que crer em Cristo é levar a Palavra de Deus que ele creu. Essa atitude é a resposta que o crente dá diante da mudança e transformação que lhe ocorreu. Levi, mas conhecido como Mateus, estava na coletoria de impostos, trabalhando, quando Jesus o chamou para lhe seguir. Levi deixou tudo e seguiu a Jesus. O interessante é que depois Mateus organizou um lauto banquete em sua casa para que Jesus participasse com seus amigos de coletoria. Quem conhece a Jesus quer fazê-lo conhecido (Lc 5:27-32). Jesus foi criticado por comer com publicanos, pecadores e respondeu aos seus críticos de uma forma magistral – “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento”.

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10). E o Seu povo tem que buscar as ovelhas desgarradas para levá-las ao aprisco do Senhor. João escrevendo no capítulo quatro do seu Evangelho descreve a transformação ocorrida numa mulher samaritana que conheceu Jesus. Jesus inicialmente pede a ela água, pois ela foi ao poço munida de um cântaro para pegar água, e assim aconteceu uma conversa em que a mulher reconheceu em Jesus o fato dele ser o Messias prometido. A primeira atitude dela foi abandonar o cântaro e sair ao encontro dos seus conterrâneos afirmando que havia conhecido o Messias e que eles deviam conhece-lo também.

Percebemos pelos exemplos citados, que a pregação do evangelho é uma resposta, daquele que crê no Evangelho de Cristo às pessoas que ainda não creram. A salvação quando acontece irradia a luz onde o convertido está. A missão de quem crê em Jesus é trabalhar para que outros creiam também. Dificuldades, preconceitos e até perseguições são consequência ocorridas num mundo hostil a Cristo, mas não quem crê não deve se acovardar e testemunhar acerca de Cristo. Como Jesus falou não se pode esconder uma cidade edificada no monte, pois de longe será visto suas luzes brilhantes (Mt 5:14). Em outra ocasião, Jesus falou que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6:45). A presença de Jesus na vida de alguém transborda, ilumina outros e até influencia o ambiente.

(O autor do artigo é o Pr. Eber Jamil, dono do blog).

VIVENDO NO REINO DE DEUS

Desejar o avanço do Reino de Deus aqui na terra é desejar que a Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo estejam acima dos valores terrenos em nossa vida (Rm 14:17). Os interesses espirituais devem ser maiores que os terrenos. Paulo escreveu que as questões periféricas, não essenciais, não deveriam dominar a nossa vida cotidiana, a ponto de prejudicar a presença da Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo. É um bom termômetro espiritual para nossa vida espiritual, observar se essas características estão prevalecendo em nossa vida, ou se estamos envolvidos com questões menores que prejudicam a nossa vida espiritual e a comunidade. O capítulo 14 de Romanos trata da questão da intolerância de crentes, mais experimentados, para com aqueles que eram mais suscetíveis ao escândalo, no tocante a observância da lei como as restrições alimentares, a guarda do sábado e de outros dias especiais.

Vejamos a característica da justiça. Sem dúvida tal justiça não é a proveniente dos homens, que tem o seu papel na sociedade, mas sim, aquela que provém da justificação por Cristo recebida pela fé (Rm 1:17).  A ética cristã tem como essencial a justiça de Deus. Sem a justificação permanece a condenação eterna, que impede o acesso ao reino de Deus (Jo 3:17-21). No reino o servo de Deus não tem balança enganosa (Pv 11:1). O crente em Jesus está aliançado com O Senhor e assim a justiça se evidenciará em suas relações. Os relacionamentos são lugares onde os servos de Deus são testados para que possam praticar a justiça semeando as virtudes do reino de Deus na terra.

Vejamos agora a paz proveniente do Espírito Santo. A paz é uma das características do fruto do Espírito no crente (Gl 5:22). Ela independe das circunstâncias, mas influencia o ambiente e as pessoas que tem o contato com o crente pacificador. Jesus ressaltou que a Paz que Ele dá não é a paz que o mundo conhece, mas é sobrenatural vinda de Deus para quem crê em Jesus (Jo 13:27). O crente em Jesus deve buscar sempre a paz com todos os homens fazendo o que for possível para alcança-la (Rm 12:18). O autor de Hebreus coloca a paz juntamente com a santificação como característica daqueles que um dia verão o Senhor (Hb 12:15). Fica entendido, que a paz de Deus é aliançada com a verdade, com a justiça. O pacificador segundo Deus não transige com o pecado. Não é porque ele seja pacífico, que ele abrirá mão da santificação para ter paz, pelo contrário, a paz que ele tem será aliançada com a justiça e verdade presente na santificação.

Também algo marcante no reino de Deus é a alegria proveniente do Espírito Santo. Uma vida, que entende que o reino de Deus consiste em regras e preceitos, sem a Graça de Deus viverá uma vida legalista sem desfrutar da alegria. Paulo ressalta, que o reino de Deus tem como uma das características a alegria, que independe das circunstâncias (Hc 3:17-19). Ela é possível de ser vivenciada até em momentos adversos como a escassez. A carta aos Filipenses escrita por Paulo, quando ele estava preso deixou o imperativo: alegrai-vos no Senhor (Fp 4:4). A palavra foi dirigida a uma Igreja mostrando que uma das marcas da vida em comunidade com irmãos de fé é alegria.  

Os crentes mais experimentados precisam agir com fraternidade com aqueles que se escandalizam com mais facilidade sem os desprezarem. Paulo esclarece: “sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Rm 14:19). No capítulo posterior, Paulo esclarece: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação” (Rm 15:1 e 2). Quando acontecer pontos divergentes em coisas não essenciais lembremos que a justiça, paz e alegria no Espírito devem prevalecer.

(O artigo foi escrito pelo Pr. Eber Jamil, dono do blog).